Thomas Piketty provou no livro “O Capital no Século XXI” que as elites donas de fortunas com suas respectivas aplicações no mercado financeiro vivem como os senhores feudais no feudalismo; transferindo riquezas de geração para geração sem se preocupar em serem competitivos, produtivos, e inovadores. O nome disto é Capitalismo e eles vivem como reis!
O pior disto tudo é
que eles vendem uma ideia de Meritocracia para grande maioria da humanidade que
quem se destacar pelo talento no mercado alcança o paraíso e lógico que tudo
começa pelas Escolas, Universidades, Empreender um negócio e finalmente o
sucesso!
Acho que para
completar sua teoria Piketty terá que escrever um volume 2 agora sobre o
Capital político no Século XXI e a falácia da Democracia.
Existem vários fenômenos
a serem estudados do tipo a necessidade de muito dinheiro para ser eleito nos
EUA ou no Brasil, passando pela parceria entre Think tank, Empresas, Políticos
e Mercado Financeiro.
No Brasil tem políticos
que tem uma poupança de votos gerada em várias eleições e mandatos aonde os
poupadores “economizam” suas vidas investindo nos políticos e continuam
vivendo na pobreza e em condições de extremas desigualdades. Como os políticos formam
grupos entre si, fazendo acordos por regiões, cidades ou outras divisões de
currais eleitorais dividem o Estado entre eles em forma de votos, cargos, contratos,
obras...Esta divisão e acordos tornam os pobres reféns de suas ditaduras pois
em muitas coisas suas vidas dependem deles e perpetuam assim as desigualdades. Algum dúvida ler Atlas
da exclusão social no Brasil - dez anos depois tem os dados por cidade. http://www.cortezeditora.com.br/DetalheProduto.aspx?ProdutoId=%7B39363CE2-A518-E411-BE34-842B2B1656E4%7D
Quando chega as eleições
os novatos ou outros que estão fora destes acordos não conseguem competir com
eles pois sua poupança de votos, cargos, contratos está sendo fortalecida
pelos Governos muitas vezes há anos. Dando lhes uma vantagem enorme que torna
as eleições fictícias, desiguais e brutais. Lógico que tem o espetáculo durante
as eleições, eles fazem campanha, promessas, discursam mas não revelam seus segredos
as teias ou “capital político” roubado em forma de privilégios como outra
nobreza sustentada e fortalecida pelo Estado público. Dizer que isto é
Democracia é uma grande mentira que ilude até mesmo aqueles que dizem entender
de política.
Agora imaginem quando
estes dois mundos das elites se unem o das Fortuna e seus negócios com os nobres
herdeiros do Capital político. Bem segundo Dante depois do purgatório vem o
Inferno pois são estes nobres que vão proteger os donos das Fortunas que agora também
vão elege-los em troca de negócios. E no meio deste circo o Judiciário tem seu
preço, e em troca de dinheiro e espaços políticos no Estado, também a
Universidade vai fabricar teses para legitima-los ou trocar por diplomas. Os
feudos trocam moedas entre si muitas vezes entre parentes enquanto os artistas
cantam e dançam, os jogadores nos fazem torcer pelos seus times viabilizando o caixa
dois, a mídia negocia os escândalos, e a grande maioria excluída sofrem a
pobreza e desigualdades à espera da próxima revolução.
No centro das elites um
mundo vazio, cheio de fugas, delírios, podres poderes, vaidades, cercados pela
violência, crimes, misérias, e a falta de educação, saúde e trabalho dignos por
todos os lados. Os ricos hoje não aparecem mais estão fechados em mundos vips
enquanto os políticos de vez em quando representam seus teatros mas sem falar em
como os milhões foram gastos, seus impactos na mudança de vida das pessoas, a
origem de seus votos e seus grupos, negócios, troca de moedas e a perpetuação a
décadas como os Faraós cercados em seus palácios.
Viva o Mercado e a
Democracia enquanto as pessoas morrem.
Eu prefiro pensar,
sonhar e lutar por outra sociedade que não se resume ao socialismo ou comunismo
mas outras formas de viver e superar nossos desafios coletivos. Fortalecer as comunidades,
as trajetórias de vidas e sonhos das pessoas, a criação de novas ideias,
organizações, projetos que são sementes do Capital político do Século XXI.
Quanto mais aproximarmos
o poder da vida real, transformando no poder das pessoas em construir suas vidas
e cidades, e lógico criando formas de tomar decisões coletivas como a
Democracia Direta. Vamos inviabilizando os poderes roubados das elites e dos
nobres políticos. Este modelo de
Capitalismo e de Estado estão em declínio e com eles seus senhores feudais numa
revolução sem saída a francesa.
No século XXI a
felicidade significa que os bens públicos como Educação e Saúde de qualidade sejam
oferecidos a todos de forma gratuita. Devemos eliminar os poderes de monopólio dos
meios de comunicação. A compra de eleições deve ser considerada
inconstitucional. A privatização do conhecimento e da cultura devem ser
proibidas. A liberdade para explorar e desapropriar os outros devem ser severamente
punidas, e em última instancia, declarada ilegal. Este é o Feliz Século XXI que
desejamos a todos independentemente de cor, etnia, gênero e principalmente
classe. Um natal de todas as espiritualidades, culturas, diante de uma
diversidade ambiental sustentável e compartilhada por todos.