De 9 milhões de habitantes no Ceará, 60 % ou seja 5 milhões e 400 mil NÃO concluíram o ensino médio apesar de uma política educacional intitulada “TODOS COM EDUCAÇÃO DE QUALIDADE PARA TODOS” comandada por uma Oligarquia há mais de 3 décadas no poder. Assim como foi Sarney no Maranhão, ACM na Bahia e outras no Nordeste Brasileiro. O Ceará também é o quinto pior Estado em analfabetismo do Brasil. Os principais indicadores de educação de qualquer país, estado ou cidade é o percentual da população que conclui o ensino médio e o acesso à Universidade. No Ceará se foca no marketing do IDEB com as melhores notas em português e matemática para o ensino médio que mantém um pouco mais de 300 mil pessoas matriculadas de milhões de jovens sem emprego, reféns do crime organizado e mesmo os que vão concluir o ensino médio poucos chegam a Universidade, e a maioria voltaram para as mesmas comunidades pobres excluídas de diversas formas pelo poder público para manter os privilégios de alguns as custas de muita publicidade com a mídia e os cofres públicos.
Avaliar uma política pública é abrir a planilha de quanto, em que e como o dinheiro foi gasto para medir o impacto do que deu certo e o que deu errado. Porque outros Países como Japão e Coréia, Estados e Cidades brasileiras economizam em Prédios, Estradas, priorizando de verdade a educação de todos, isso sem falar na absurda corrupção cearense não investigada pela Assembleia Legislativa (pedidos de CPI) como Aquário e outros; como foi no caso do Rio do ex Governador Sérgio Cabral, além dos incentivos fiscais como a JBS e outras empresas que o Governo do Ceara não divulga os números mas que podem aumentar a arrecadação tendo mais dinheiro para educação. A nossa maior "indústria" tem o foco no turismo em benefício dos estrangeiros como em Jericoacoara, onde o povo cearense participa com muito pouco dessa economia, gerando poucos empregos para os jovens que se formam nas escolas profissionalizantes nas cidades ao redor. Enfim, como todos sabemos a educação é o principal eixo estratégico de desenvolvimento de qualquer País, Estado ou Cidade e não apenas direito de poucos às custas da maioria. Esse mesmo processo é o que aconteceu no Chile com os primeiros protestos dos estudantes chilenos até agora com as recentes mobilizações populares e mudança constitucional. Os jovens perceberam que as desigualdades são profundas e que a educação foi uma promessa não cumprida que ia melhorar suas vidas, comunidades e cidades.
O Ceará é um projeto para Inglês ver porque para a maioria dos cearenses é brutal exclusão e desigualdades. Apesar dos empréstimos de bilhões do Banco Mundial em nome da pobreza e dos Bilhões anuais nas ultimas décadas do Fundo para o Nordeste gerido pelo Banco do Nordeste; o que observamos além do forte crescimento do crime organizado, a não formação de uma classe média, a concentração de renda nas mãos de 1 %, a morte de milhares de jovens mais do que a Pandemia sobre o silêncio dos governantes, e o deslocamento da população cearense e nordestina para periferias de São Paulo, Rio, Brasília, Porto Alegre, e outras. Nesse período as populações dos 6 estados do Sul e Sudeste brasileiro cresceram e hoje é o dobro dos 9 Estados nordestinos, sendo que a bancada nordestina no Congresso e no Senado mantém os privilégios de poucos como os financiamentos do Banco do Nordeste para Empresas que diferente do BNDES não torna pública quais empresários e que montante receberam nas últimas décadas. O dinheiro em nome dos pobres sustenta Banco e Estados com dinheiro público às custas das vidas dos cearenses e serve para enriquecer alguns mantendo as mesmas oligarquias há décadas no poder com seu projeto político nacional. Já os discursos são diferentes para o Brasil das práticas feudais e corruptas que mantém as Oligarquias no poder com campanhas milionárias proporcionalmente mais caras que São Paulo.
O Ceará foi o primeiro estado brasileiro a adotar políticas neoliberais com a gestão fiscal e excluir a maioria da população do acesso à política pública como o caso da educação já citado, além de saúde e outras. O problema é que as elites econômicas e governamentais cearenses, nordestinas e brasileiras aprenderam a enriquecer pelo Estado público. Nenhum país se desenvolveu de verdade sem tirar as pessoas da pobreza, foi o caso dos EUA, Europa, Japão, Coreia, tigres asiáticos e mais recente a China tirou 300 milhões de pessoas da pobreza, fato que está levando ela a liderar a economia mundial com investimentos, poupança e consumo. Nenhum desses Países excluiu a maioria de sua população do acesso e do direito a educação, crédito, habitação, nem a política educacional foi tratada de forma isolada com foco em melhorar a nota em duas matérias , e sim foi integrada à política social, nutricional, trabalho, saúde e outros. No Ceará nunca a política de segurança resolveu o aumento do crime e violências, apesar da compra de carros Hilux e farda feita por estilistas. Nessas horas o Ceará não é um estado pobre e tem dinheiro para delírios como Aquário, Tatuzões e outros mas não para educação da maioria da população.
O pior do Ceara é a ignorância e esperteza de nossos políticos e oligarquias, os Juniores que herdam o Estado de pai para filhos e netos, como são as mesmas famílias mudando 8 vezes de partidos, discursos e aliados, erram e desperdiçam várias vezes os recursos públicos sem nenhuma consequência afinal foi o irmão, pai, primo ? Por exemplo Ciro Gomes critica a todos menos a oligarquia e família que faz parte ? Esta pode roubar e errar a vontade há décadas, privilegiando seus interesses eleitorais, inviabilizando a democracia diante da ditadura da corrupção e brutais desigualdades. É fácil ver pelos números de analfabetos e os que não concluíram seus estudos, que vendem para o Brasil um Ceara que não existe para a maioria da sua população vivendo abaixo da linha de pobreza. Há décadas e séculos o Ceara continua dominado por Coronéis como Ciro. E muito políticos, empresários, professores, burocratas governamentais, artistas e outros se calam imperando a lei do silencio para não perder sua pequena fatia do bolo e do pacto.
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