SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Inventar novos lideres para infinitas possibilidades.


Inventar novos lideres para infinitas possibilidades.

Sim podemos inventar novos líderes para nossa sociedade porém esta liderança tem que ser conquistada numa jornada de formação humana que o capacite a ser ponte entre os desafios coletivos que hoje enfrentamos. A tarefa não é simples, este ser só torna possível o equilíbrio mínimo das diversas forças e interesses em nossa sociedade, se ele for sustentável em sua compreensão das diversas dimensões da vida como a econômica, política, social, educacional, ambiental, artística, espiritual e outras além dos jogos de poder que impactam em nossas vidas e desta busca constante pelo sonho, futuro e valores que podem unir a todos. São raros e preciosos como diamantes mas precisam ser lapidados pela formação, experiências e histórias de vida.


Hoje o mais difícil diante de tantos “modelos de liderança” é descartar e denunciar alguns. Por exemplo se torna cada vez mais fácil conquistar adeptos com dinheiro ou pela força devido as condições brutais e desiguais de nossas cidades. O pior é que entre as pessoas que buscam projetos de vaidade ou conquistas de interesses a qualquer preço o caminho é muito fácil. Se usam jogos de poder para gerar intrigas e lideres conciliadores sem propósitos que abre mão de enfrentar os problemas, se vendem ameaças fictícias como reais para levar todos aos extremos, propaga-se a violência como arma de sobrevivência e o mais bruto como líder da selva, divulga-se mentiras para apagar e reconstruir histórias como um conto de fadas aptos a enganar a bobos que não enxergam o que se reduz a propaganda que nunca se realizou.Diante deste jogos como podemos voltar a acreditar em algo?

Primeiro desaprender os esquemas da mídia, política, educação ou de lideres que interpretam estas histórias por nós para que o mundo esteja aberto a outras soluções e infinitas possibilidades. Viver experiências aonde se pode escutar os que não tem voz, em que se pode ler o não lido, lidar com as tensões de onde surgem novas vontades e desejos. Elevar cada ser mais alto que a si mesmo para que eles possam se enxergar e ir além de si mesmos possibilitando que cada um de nós chegue a ser aquilo que é, a partir da formação e transformação daquilo que somos juntos como sociedade.

Neste horizonte precisa desenvolver seu próprio currículo na jornada. Compreender pelo Direito a ideia de ordem deste mundo porém ao mesmo tempo temos que enxergar a trajetória dos outsiders que geram outras ordens independentes dos Governos e Judiciário pelos caminhos da tecnologia, das crises ambientais e sociais, de novos saberes, da arte e milhares de injustiças que arrebentam as ordens de baixo para cima em novas liberdades e formas de viver, ser, imaginar, o que antes era desordens.

Sim as pessoas precisam ser seduzidas pelos lideres com suas infinitas possibilidades e diversas visões de mundos. Neste novo currículo de um ser sustentável é preciso ousar e viver as várias dimensões da vida econômica, política, social, educacional, ambiental, artística, espiritual e lidar com os desafios e questões sistêmicas que se formam entre elas definindo novas ordens. Eu preciso entender meu corpo pela medicina ao compreender a natureza pelas ciências ambientais, o corpo que me forma e do qual sou parte. A Psicologia pelas relações sociais que constroem o ser estudadas pela Sociologia e ela pela personalidade que configuram suas relações na Sociedade , a Robótica pelo Designer e a Arte que nos redesenha atribuindo novas funções e sentidos todos os dias, a Economia pela Administração de cada atitude que gera a Economia e impacta sobre a Administração num processo de Feedback cíclicos, enfim a Historia se inscreve por várias pedagogias que contam suas histórias e filosofias nas diversas dimensões da vida. Desta forma se podermos vivenciar este saberes em novas resistências, outsiders, tecnologias sociais e realidades múltiplas que emergem ao nosso lado, poderemos apreender rápido na medida que potencializamos nosso ser diante da diversidade de desafios, saberes e soluções interagindo com elas.

Nós somos os livros que lemos e as experiências que vivemos mas tem algo mágico que transcende tudo isto, o acaso, as incertezas e as novidades. Aonde podemos interromper coisas que fazemos e desviar por novos caminhos, desrealizar o real e criar o ideal, se abrir ao desconhecido, se transformar como ser e coletividade, reinterpretar os livros e as experiências, abandonar as seguranças do mundo que nos prendem incluindo nossa própria identidade.


Buscamos lideres mais plurais e mais abertos, com menos acordos e menos consensos, escapando de totalidades e sínteses, valorizando as diferenças de interpretações e as pontes que nos conectam em desafios comuns, que constroem os lideres, as palavras e os tempos por vir. Fujamos dos sonhos totalitários seja conservador ou revolucionário, não devemos buscar fabricar indivíduos, e sim lidar com o novo e o imprevisível indo além do que sabemos, queremos, podemos ou esperamos.

É hora dos liderados reafirmarem suas alteridades e resistirem aos lideres fajutos de nossa sociedade, não afirmando seus projetos e vaidades, questionando seus saberes e poderes, só assim surgem novos lideres e infinitas possibilidades, não reproduzindo o mesmo de nossos pobres modelos. Afirmando as Diferenças, Autonomias, Sinergias, Direitos, Imaginações múltiplas e vivas capazes de nos reinventar como uma nova civilização para além dos robôs, genética e viagens espaciais. Existem dentro de nós capacidades para infinitas possibilidades desde que possamos ser personagens e lideres de nossa própria História. 



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