SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

POR QUE EMPREENDER E LUTAR ?







DIÁLOGO MATRIX

[SMITH]
Por que, Sr. Anderson? Por que você faz isso? Por que levantar-se? Por que se manter lutando? Você acredita que está lutando por alguma coisa? Por algo mais que sua sobrevivência? Você pode me dizer o que é? Você sabe o que é? Por liberdade? Ou verdade? Talvez paz? Sim? Não? Poderia ser por amor? Ilusões, Sr. Anderson. Caprichos da percepção. Construções temporárias de um intelecto humano fraco, tentando desesperadamente justificar uma existência sem significado ou propósito. Vidas tão artificiais quanto a própria matrix. Embora somente a mente humana poderia ter inventado algo tão insípido como o amor. Você deve ser capaz de enxergar. Você deve saber disso agora. Você não pode vencer. Não há sentido em continuar lutando. Por que Sr. Anderson? Por que? Por que você persiste?
[
NEO]
Porque eu escolhi fazê-lo.

Pelo meu filho, a vida e em mudar cada sentido do mundo em que vivemos ; de um pequeno grão de terra à Terra da Sabedoria.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Não importa se não acreditam em seu potencial. A luz ilumina o caminho !



Se ainda existe esperança neste mundo ela começa por nossa capacidade de amar, de sonhar, lutar , se indignar....Sei que não é simples para muitos ter coragem de dizer eu te amo ou de dar um grito de liberdade diante das inúmeras injustiças que sofre.

Sei que é mais fácil se calar, fingir, mentir, ser indiferente diante do que pulsa em tua alma e coração.  

Se adequar a normalidade, a falsa segurança de não incomodar, de ficar preso aos limites que te impuseram mesmo que isso te ensine a não sentir mais nada.

Triste fim de uma vida que ainda não acabou mas que muitos impõe o fim do amor , das lutas, dos sonhos, de tudo que pulsa e de verdade significa viver. 

Qual o problema de perder o controle ? de dar um passo em outra direção que seu corpo se nega mas que sua alma busca transgredir os limites apertados que castram tuas liberdades e a evolução do seu ser ? de sua sociedade ? 

Como faz falta escutar esta voz que emerge de dentro de ti e pode conquistar o que sonha, o que ama e o que busca ? 

Estas palavras pouco importa seu eco apenas se escuta-las e inaugurar um dialogo entre você  e o mundo em que vive. 

Quando elas penetram ao mesmo tempo tua consciência, pele e coração. É neste momento que aquele segundo faz toda diferença e te faz sentir o que há muito tempo estava guardado pronto para despertar.

Despertar tua mágica, teu encanto, tua voz, teu sorriso, brilhar o que ao mesmo tempo é energia pura  e que agora coloca em movimento.

Sim começa agir, vai lá e beija, da um abraço, diz que ama, reivindica, luta, mas não fica ai parado. Esperando o que ? se do outro lado da porta esta tua alegria, felicidade, tua paz , tuas conquistas. 

O que espera ? 

Desculpe se te chamo de amor, se te convido para dançar, sonhar, o que espera de mim ? que eu negue teus sonhos, liberdades, que me adeque ao sistema e sirva aos poderosos ? que babe gente superficial que sempre teve um vida fácil regada por luxos mas que não dá nada em troca ao mundo ?

Desculpe eu não vim para o mundo fingir, ser hipócrita, dançar conforme a musica dos poderosos. Estou aqui para fazer minha parte e ela sempre foi e sempre será conectar boas ideias com pessoas dispostas a acreditar em si e que podem mudar o mundo.

Não importa se não acredita em seu potencial sempre existira pessoas que acreditaram em você, que lhe ajudaram a despertar deste sono profundo que sociedade nos coloca e nos obriga a viver dormindo. 

Mesmo que voçe diz que nada ama é meu dever andarmos juntos e talvez algum filme, musica, garoto, garota, causa ...sem esperar conquiste teu olhar, teu cheiro, toque, tua inteligência mas tem que dialogar, se permitir, sentir, chorar ou sorrir...

Porem só quero te lembrar uma coisa muitos vão te convidar para destruir ,  para matar sonhos, vidas, para prejudicar pessoas, para ficar quieta, no seu lugar, o nome disto é o mal. Simples assim o mal , algo que não é do bem , e que nega a vida como ela é feita para ser assim como criança que nasce e desperta seus horizontes com perguntar simples e afetos sinceros. 

Nesta encruzilhada que a vida nos coloca sempre terá uma escolha entre usar teu ser para outros fins que não te realizam nem melhora sua vida ou viver suas escolhas de forma digna enfrentando seus medos e angustias para transformar esta energia no teu bem e dos outros.

Não te esquece que sempre terá uma vida, caminhos e luzes sempre abertos para ti se souber procurar aquela voz que guarda e como o tesouro transformar com alquimia tuas atitudes em novos destinos e sonhos a realizar. Esta Alquimia é a canção que toca teu coração segue seu ritmo e se conecta com outras pessoas para transformar em musica , convidando todos a dançar principalmente os que estão parados e ainda não consegue escutar a musica de seu coração. 

Não importa se não acreditam em seu potencial.  A luz ilumina o caminho !
De um pequeno grão de terra á Terra da Sabedoria.  

domingo, 20 de agosto de 2017

VIVA EDISCA! VIVA DORA ANDRADE! VIVA SIT/ UNESERES ! VIVA BILL CALHOUN ! VIVA PRECE ! VIVA MANOEL ANDRADE! VIVA MH2O ! VIVA JOHNSON SALES !VIVA MANDALLA! VIVA WILLIAM! PESSOA . VIVA EMAUS !. VIVA AIRTON BARRETO !VIVA A SOCIEDADE CIVIL












Algumas jornadas muito mais do que dinheiro envolve vidas, ideias, lutas e compromissos.  Elas não são ações fruto da decisão de um politico mas de um conjunto de pessoas e instituições que dão vida a ela.  Projetos como EDISCA, UNESERES, MANDALLA, PRECE, MH2O, EMAUS e milhares de outros emergem de baixo para cima e ilumina vidas, outras ONGs , Políticas públicas, Pesquisas nas Universidades transformando milhares de vidas.  O valor de tudo isto é incalculável pois quanto vale sonhos e vidas destruídas por falta de direitos e políticas publicas que através da jornadas vividas nas ONGs se emancipa com autonomia , altera as trajetórias e seus destinos para sua inclusão econômica e social através da educação, economia, arte..  

O que mantém a sociedade viva não são os prédios públicos que muitas vezes atende gente como se não fossem nada e sim os laços sociais, comunitários, o amor de quem convive com pessoas que mais sofrem as brutalidades e as desigualdades em nosso Brasil.  Não são os números dos Governos que fingem transformar vidas mesmo depois de muito dinheiro gasto em nome dos pobres o que se observa são comunidades excluídas de direitos básicos, dominadas pela violência, enquanto os discursos dos políticos falam em modernidade, mais o que predomina é o investimentos em prédios, corrupção, troca de favores, privilégios para famílias sócias do Estado, e falta de impacto das políticas publicas e suas incapacidades de transformar vidas. 

Incapacidades pois o olhar das políticas publicas quando se abre as metodologias e a planilha financeira não são focadas na trajetória de vidas das pessoas atendidas mas naquilo que querem empurrar de cima pra baixo como solução quer seja mais hospitais, remédios, policiais, cursos e outros sem se preocupar em saber e compreender estas vidas e as comunidades onde moram.  

Infelizmente temos poucas noticias que incentivem as pessoas a acreditar que é possível mudar suas vidas e as cidades onde moram, somos dominados pelo jornalismo das violências e do medo, talvez para aceitar como normal a brutal exclusão que vivemos de milhões de pessoas e a nossa exclusão sozinhos em nossas casas sem sonhos nem objetivos coletivos. É preciso novas leis que nos apontem em que direções podemos transformar vidas e cidades pelos caminhos de Instituições como UNESERES, Edisca, PRECE, MH2O,MANDALLA que nunca prometeram preparar gente para ser milionários e sim tornar suas vidas mais felizes.

É preciso que ao invés de oligarquias e políticos corruptos que reproduzem as desigualdades e mantém privilegios concentrando riquezas e poder possamos como sociedade construir novas formas de ser, viver e auto governar nossa sociedade de baixo para cima emergindo caminhos da sociedade civil que provam que com muito menos recursos proporcionalmente ao que é gastos pelas ditas políticas publicas possamos de verdade transformar vidas compreendendo suas trajetórias superando juntos desafios coletivos. 

O nosso objetivo não é fundar um partido ou achar que uma ideologia quer seja capitalista, socialista ou comunista vai resolver nossos problemas muito menos um politico fechado em seu escritórios cercado por burocracia que tentam evitar a todo custo a participação efetiva da sociedade no desenho e desenvolvimento das políticas publicas.  Não somos o novo nem o antigo refletimos de verdade como as pessoas vivem , suas vozes, sonhos e afetos.  Por isso que acreditamos no caminho de conhecer e transformar trajetórias de vidas atuando juntos em desafios coletivos. É isso que o Game Terra da Sabedoria ajuda a organizar a oferta de projetos de ONGS, políticas publicas de governos, projetos de pesquisa e extensão das Universidades e ações de responsabilidade social das empresas para que atendam demandas dos planos de vidas das pessoas e de suas comunidades invertendo a lógica de empurrar de cima para baixo seus projetos. Buscamos escutar as diversas vozes, educamos e fortalecemos os sonhos que cantam em suas almas.

O nosso caminho de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria visa unir seres sistêmicos e sustentáveis que orquestram e potencializam todas as dimensões e atuação dos seres humanos  no trabalho, educação, arte, espiritualidade, saúde, participação política, relacionamentos com a família, acesso as novas tecnologias e atuação efetiva nas questões sociais e ambientais onde vivem. Os caminhos da sociedade civil passam pelo ampliar a nossa compreensão de forma critica do mundo em que vivemos e de quem somos porem não vamos apreender apenas pela teoria a lidar com os diferentes e com a diversidade. Necessitamos de missões coletivas que une os diferentes e não apenas os iguais em vivências que a UNESERES propõe e acompanha as diversas sinergias educacionais e sociais integrando de forma sistêmica todos os setores de nossa sociedade de uma forma justa de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria. 

Nós não podemos mudar a sociedade sem conhecer como foram e são produzidas as desigualdades e as injustiças lembrando sempre que estas desigualdades e injustiças somos nós e somos nós que produzimos sociedades injustas e desiguais e portanto somos nós independente do setor que atuamos que devemos viver a nossa jornada que começa em conhecer como infelizmente chegamos ate aqui pois somos nós que mantemos estas desigualdades e injustiças e através da autocrítica podemos encontrar novos caminhos para justiça social e a igualdade de oportunidades para todos. 

VIVA EDISCA! VIVA DORA ANDRADE! VIVA SIT/ UNESERES ! VIVA BILL CALHOUN ! VIVA PRECE ! VIVA MANUEL ANDRADE! VIVA MH2O ! VIVA JOHNSON SALES !VIVA MANDALLA! VIVA WILLIAM! VIVA A SOCIEDADE CIVIL  isto é pouco do que apreendi como Conselheiro destas ONGS e Fellow Ashoka nos últimos 15 anos.  Por isso que estamos construindo caminhos porque estas ONGs não pertencem somente ao Ceara são caminhos para o Brasil e o Mundo. 




terça-feira, 15 de agosto de 2017

Não quero ser feliz. Quero é ter uma vida interessante



Psicanalista defende que deveríamos nos preocupar em tornar interessante nossa vida de todo dia. Isso implica ter curiosidade, aventurar-se, arriscar mais, lamentar menos e não se proteger das inevitáveis tristezas.

Mais do que buscar permanentemente felicidade máxima, um arrebatamento mágico, deveríamos nos preocupar em tornar interessante nossa vida de todo dia.

É o que defende o doutor em psicologia clínica e psicanalista Contardo Calligaris. Italiano de Milão, depois de mais de duas décadas em conexão direta com o Brasil, já morou na Inglaterra, Suíça, França e nos Estados Unidos e fez muitas viagens. Escreveu mais de dez livros, incluindo dois romances.

Criou até uma série para TV, Psi, no canal a cabo HBO. Diz que, semanalmente, abre mão de “parecer inteligente aos olhos dos pares” e publica toda quinta-feira uma coluna no jornal Folha de S.Paulo. Mais de 100 delas estão no livro Todos os Reis Estão Nus (Três Estrelas). Filmes, fatos, casos de amigos, tudo vira pretexto para traduzir um pouco das teorias da psicanálise, filosofar e provocar reflexão. “Não sou de dourar a pílula”, avisa. Não estranhe, portanto, se sentir um impulso diferente ao terminar de ler esta entrevista. Entrevista concedida a Dagmar Serpa/ revista Claudia.

O que é felicidade hoje?

Não gosto muito da palavra felicidade, para dizer a verdade. Acho que é, inclusive, uma ilusão mercadológica. O que a gente pode estudar são as condições do bem-estar. A sensação de competência no exercício do trabalho, já se sabe, é a maior fonte de bem-estar, mais que a remuneração. Nós temos um ideal de felicidade um pouco ridículo.

Um exemplo é a fala do churrasco. Você pega um táxi domingo ao meio-dia para ir ao escritório e o taxista diz: “Ah, estamos aqui trabalhando, mas legal seria estar num churrasco tomando cerveja”. Talvez você ou o taxista sofram de úlcera, e não haveria prazer em tomar cerveja. Nem em comer picanha.

Mesmo que não vissem problema, pode ser que detestassem as pessoas lá e não se divertissem. Em geral, somos péssimos em matéria de prazer. Por exemplo, estamos sempre lamentando que nossos filhos seriam uma geração hedonista, dedicada a prazeres imediatos, quando, de fato, vivemos numa civilização muito pouco hedonista. Por isso, nos queixamos de excessos e nos permitimos prazeres medíocres ou muito discretos.

Mas continuamos acreditando que ser feliz é ter esses prazeres que não nos permitimos. E agora?

Ligamos felicidade à satisfação de desejos, o que é totalmente antinômico com o próprio funcionamento da nossa cultura, fundada na insatisfação. Nenhum objeto pode nos satisfazer plenamente.

O fato de que você pode desejar muito um homem, uma mulher, um carro, um relógio, uma joia ou uma viagem não tem relevância. No dia em que você tiver aquele homem, aquela mulher, aquele carro, aquele relógio, aquela joia ou aquela viagem, se dará conta de que está na hora de desejar outra coisa. Esse mecanismo sustenta ao mesmo tempo um sistema econômico, o capitalismo moderno, e o nosso desejo, que não se esgota nunca. Então, costumo dizer que não quero ser feliz.. Quero é ter uma vida interessante.


Mas isso inclui os pequenos prazeres?

Inclui pequenos prazeres, mas também grandes dores. Ter uma vida interessante significa viver plenamente. Isso pressupõe poder se desesperar quando se fica sem alguma coisa que é muito importante para você. É preciso sentir plenamente as dores: das perdas, do luto, do fracasso. Eu acho um tremendo desastre esse ideal de felicidade que tenta nos poupar de tudo o que é ruim.

O que adianta garantir uma vida longa se não for para vivê-la de verdade? É isso que temos de nos perguntar?

Quem descreveu isso bem foi (o escritor italiano) Dino Buzatti, no romance O Deserto dos Tártaros. Conta a história de um militar que passa a vida inteira em um posto avançado diante do deserto na expectativa de defender o país contra a invasão dos tártaros, que nunca chegam. Mas tem um lado simpático na ideologia do preparo. É que está subentendida a ideia de que um dia a pessoa viverá uma grande aventura. Mas o que acontece, em geral, é que a preparação é a única coisa a que a gente se autoriza.

Então, pelo menos há um desejo de viver uma aventura?

Mas os sonhos estão pequenos. A noção de felicidade hoje é um emprego seguro, um futuro tranquilo, saúde e, como diz a música dos aniversários, muitos anos de vida. Acho estranho quando vejo alguém de 18 anos que, ao fazer a escolha profissional, leva em conta o mercado de trabalho, as oportunidades, o dinheiro… Isso nem passaria pela cabeça de um jovem dos anos 1960.

A julgar pela quantidade de fotos colocadas nas redes sociais de pessoas sorridentes, elas têm aproveitado a vida e se sentem felizes. Ou, como você aborda em uma crônica, hoje mais importante do que ser é parecer feliz?

O perfil é a sua apresentação para o mundo, o que implica um certo trabalho de falsificação da sua imagem e até autoimagem. Nas redes sociais, a felicidade dá status. Mas esse fenômeno é anterior ao Facebook. Se você olhar as fotografias de família do final do século 19, início do 20, todo mundo colocava a melhor roupa e posava seriíssimo. Ninguém estava lá para mostrar que era feliz. Ao contrário, era um momento solene. É a partir da câmera fotográfica portátil que aparecem as fotos das férias felizes, com todo mundo sempre sorridente.

E a gente olha para elas e pensa: “Eu era feliz e não sabia”.

Não gosto dessa frase porque contém uma cota de lamentação. E acho que a gente nunca deveria lamentar nada, em particular as próprias decisões. Acredito que, no fundo, a gente quase sempre toma a única decisão que poderia tomar naquelas circunstâncias. Então, não vale a pena lamentar o passado. Mas é verdade que existe isso.

As escolhas ao longo da vida geram insegurança e medo. Em relação a isso, você diz que há dois tipos de pessoa: os “maximizadores”, que querem ter certeza antes de que aquela é a opção certa, e a turma do “suficientemente bom”. O segundo grupo sofre menos?

Tem uma coisa interessante no “maximizador”: é como se ele acreditasse que existe o objeto mais adequado de todos, aquele que é perfeito. Mas é claro que não existe.

A busca da perfeição não gera frustração, pois sempre haverá algo que a gente perdeu?

Freud dizia que o único objeto verdadeiramente insubstituível para a gente é o perdido. E não é que foi perdido porque caiu do bolso. Ele fala daquilo que nunca tivemos. Então, faz sentido que nossa relação com o desejo seja esta: imaginamos existir algo que nunca tivemos, mas que teria nos satisfeito totalmente. Só não sabemos o que é.

Como nos livrar desse sentimento?

Temos de tornar cada uma de nossas escolhas interessante. Isso só é possível quando temos simpatia pela vida e pelos outros – o que parece básico, mas não é no mundo de hoje. Não por acaso, o grande espantalho do nosso século é a depressão. A falta de interesse pelo mundo e pelos outros é o que pode nos acontecer de pior.


Complica ainda mais o fato de, como você já abordou, enfrentarmos um dilema eterno: desejamos a estabilidade e também a aventura. Então, entramos em uma relação ou um emprego, mas sofremos porque nos sentimos presos e achamos que estamos deixando de viver grandes aventuras. Isso tem solução?

Não sei se tem solução. A gente vive mesmo eternamente nesse conflito. Agora, como cada um o administra é outra história. Pode-se optar por uma espécie de inércia constante, que será sempre acompanhada da sensação de que você está realmente desperdiçando seu tempo e sua vida, porque toda a aventura está acontecendo lá fora e, a cada instante, você está perdendo os cavalos encilhados que passam e não passarão nunca mais. Viver dessa maneira não é uma das opções. Mas você pode também, em vez disso, permitir se perder.

Permitir se perder no sentido de transformar a vida em uma eterna aventura?

Mas também nesse caso você terá coisas a lamentar. Eu, pessoalmente, fui mais por esse caminho. Mas o preço foi muito alto. Por exemplo, eu não estive presente na morte de nenhum dos meus entes próximos, porque morava em outro país e sempre chegava atrasado, no avião do dia seguinte. Hoje, por sorte, meu filho – que é grande, tem 30 anos – vive perto de mim. Por acaso, ele decidiu vir para o Brasil. Mas não o vi crescer realmente.

Para ser feliz, enfim, o segredo é não buscar a felicidade?

Isso eu acho uma excelente ideia. A felicidade, em si, é realmente uma preocupação desnecessária. Se meu filho dissesse “quero ser feliz”, eu me preocuparia seriamente.

Fonte: Fronteiras do Pensamento | revista Claudia

domingo, 13 de agosto de 2017

Chomsky ao vencedor , todas as batatas?


Em artigo no O POVO deste domingo (13), o Mestre em Filosofia, professor da UFC e sociólogo André Haguette diz que as gerações estão presas à mesmice que prevalece na política, única instituição que poderia controlar a concentração da riqueza e do capital da elite do poder em prol de uma nação mais coesa e até dos interesses burgueses. Confira:

Em entrevista a Mario Sérgio Conti, na Globo News, Noam Chomsky, um dos grandes mestres da linguística e crítico social, explicou que a razão fundamental do atraso da América Latina e, portanto, do Brasil foi “o fracasso de sua sociedade em controlar a concentração da riqueza e do capital da elite do poder e lidar com o radical problema da desigualdade”. Esse fracasso deixou a elite brasileira livre para moldar o País de acordo com seus interesses individuais e de classe. Desde os primórdios da Colônia, a elite dividiu o País e se descolou do resto da sociedade, praticando uma luta de classes aguerrida, não se preocupando em construir um país embasado na tríada burguesa de liberdade, igualdade e fraternidade.

Primeiro, com a casa-grande e a senzala e o massacre dos indígenas e, em seguida, pela montagem de instituições que lhe são favoráveis: latifúndio, escola para seus filhos, medicina privada, bairros residenciais segregados e condomínios fechados, transporte individual pelo caro, impunidade etc. Dessa forma, suas necessidades atendidas, ela nunca se dedicou a resolver os problemas da escola, saúde, habitação e do transporte públicos, deixando uma legião de homens livres numa ordem capitalista à sua própria sorte, mas a seu serviço e sob sua dependência.

A elite do poder fez mais: sequestrou o Estado para si, tratando-o como extensão de seu patrimônio, apropriando-se de suas terras, de seu erário e de seu poder. A elite econômica vive pendurada em subsídios estatais como os do BNDES e de outros bancos de fomento; em pesquisas e inovações financiadas pelo poder público; em conluios com o aparelho público; em benesses fiscais, judiciais e prisionais; em um sistema tributário regressivo etc. Nos últimos anos, os subsídios recebidos pelas indústrias equivalem a 77 vezes o montante investido no Bolsa Família, sem falar da corrupção e da remessa de bilhões em paraísos fiscais, recursos subtraídos do desenvolvimento interno. As elites políticas continuam dividindo o País com a multiplicação calculista e obscena dos partidos políticos, a exorbitância do financiamento de seu pífio funcionamento, seus conluios com a iniciativa privada, suas campanhas eleitorais corruptas e corruptoras, sua benevolência com os crimes de colarinho branco, suas negociações de votos em troca de emendas parlamentares e cargos e, sobretudo, sua incapacidade de aprovar leis, institutos e instituições visando ao bem geral. Que dizer das elites sindicais com seu apetite pelo imposto sindical e o peleguismo; do Poder Judiciário com suas regalias de nobreza, incluindo um odioso auxílio-moradia e das elites acadêmicas dissociadas do ensino básico público? O público, às favas!

À maior parte da sociedade, bestializada, resta o conformismo ou a violência na espera de uma nova maneira de fazer política, que poderia ter resultado da promessa que representou pelo PT, mas que foi traída.

Daí uma fatiga trágica em ver que gerações passam e a mesmice prevalece na política, única instituição que poderia controlar a concentração da riqueza e do capital da elite do poder em prol de uma nação mais coesa e até dos interesses burgueses.


Noam Chomsky chegou ao café, nas Perdizes, com três tons de azul –no tênis, na camisa, na jaqueta. Estava bem melhor da gripe que pegara em Montevidéu. "Fui a um churrasco ao ar livre e fazia um frio horrível, receita certa para ficar doente", explicou.

Contou que conversara com o ex-presidente Mujica, "um dos poucos políticos honestos hoje". Perguntou de Lula, lamentou a destituição de Dilma ("o PT perdeu uma enorme oportunidade") e elogiou o ex-chanceler Celso Amorim. Tomou expresso e comeu pão de queijo.

No café e na GloboNews, um fluxo contínuo de jovens veio lhe pedir autógrafo e selfies. Uns admiravam o linguista que virou a disciplina do avesso. Outros, o crítico radical do imperialismo. Chomsky é o intelectual americano mais conhecido no mundo.

Ele se lembra de, criança, ter escutado Hitler no rádio. Não entendeu o sentido do que dizia, mas captou-lhe a dicção violenta e o seu efeito sobre a multidão fanática. O primeiro artigo que publicou, no jornal da escola, lastimava a queda da Barcelona diante dos fascistas. Tinha dez anos.

A revolução começou com "Estruturas Sintáticas", lançado há 70 anos com a frase memorável: "colorless green ideas sleep furiously", ideias verdes sem cor dormem furiosamente. O sentido é nulo, mas a gramática existe. Ou seja, a sintaxe independe da semântica; a forma, do conteúdo.

Chomsky, grosso modo, postulou a existência de uma linguagem interna, usada para pensar, da qual decorreria outra, externa, mero meio de comunicação. Ambas se fundariam num sistema biológico inato, a gramática universal. Pensamos, logo existimos.

Além de cartesiano, Chomsky foi influenciado por linguistas medievais. Eles presumiram uma língua divina primordial, perdida quando da presunçosa tentativa humana alcançar o paraíso –fazer a Torre de Babel. Algo da estrutura da língua adâmica existiria na gramática universal.

Ocorre que o pensamento de Chomsky não tem brumas místicas. Ali onde a linguagem e a política se encontram, ele foi marcado, isso sim, pela clareza materialista de George Orwell. O primeiro livro que leu dele, "Homenagem à Catalunha", levou-o ao anarco-sindicalismo.

O anarquismo é evidente na sua política. Chomsky combate os estados, a começar pelos Estados Unidos. Preza a luta espontânea dos fracos contra a autoridade da força. Acha que comunidades sem hierarquia podem gerar liberdade. Como na Barcelona insurgente de Orwell.

Na linguística, algo dessas concepções está presente, ainda que indiretamente. Ele defendeu que as crianças não aprendem a língua materna, e sim a "adquirem". Com um mínimo de estímulos, logo chegam a complexidades altamente sofisticadas. Têm em si a gramática universal.

Caberia aos linguistas, pois, facilitar a aquisição da língua. Para incentivar e tornar perene a criatividade infantil, diminuindo assim a distância entre a competência universal e a performance individual –um projeto que talvez se inspire no anarquismo.

Veio, então, a pergunta fatal: o que acha do Brasil? "É ótimo o país que produz uma maravilha como essa", respondeu. Deliciado, apontou Valéria, a brasileira com quem se casou há pouco.

Chomsky falou a sério: eles se olham nos olhos, andam de mãos dadas, cuidam um do outro. Ouvem música clássica e assistem juntos a filmes de Woody Allen. Estão de mudança de Massachusetts para o Arizona.

Valéria apresentou Machado de Assis ao marido, que adorou seus romances. Sorrindo, citou "Quincas Borba": "To the winner, the potatoes".
Chomsky tem 88 anos. Publicou dezenas de livros, tem três filhos, cinco netos e um bisneto. Mais que as glórias passadas, vale o aqui e agora: trabalha todos os dias; é criativo e curioso; viaja o mundo vergastando os poderosos e é ouvido pelos jovens; ama e é amado.

Ao vencedor, as batatas. 

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

- Como foi que o senhor virou Governador ? Descubra a verdade sobre as fantasias que veste as oligarquias.


- Como foi que o senhor virou Governador ?

-  Meu pai foi Prefeito ,  eu herdei os votos dos humilhados,  e depois a indicação dos poderosos para pagar as contas das outras famílias herdeiras do Estado com o dinheiro publico para depois eles serem eleitos Deputados.

-  E o senhor como foi eleito Deputado ?

- Ah eu roubei no cargo que ocupei e com o dinheiro comprei os votos e enriqueci.

Em apenas um dia e a resposta verdadeira se explica como funciona o Brasil, Ceara e Fortaleza.

Não se explica pelo dia de trabalho de meus pais, avos, bisavós e de milhões de sertanejos....e sim como é gasto bilhões de um Estado pobre no dia a dia das famílias que herdam o Estado, como vivem, como negociam o poder, como trocam moedas entre os poderes, como planejam seus discursos, como enganam os aliados de conjuntura, como definem o que é prioridade para seus interesses independente das urgências publicas.      

Seca, doenças básicas, maior homicídios de jovens do Brasil, desemprego, corrupção....continuam sem respostas.

Porém de repente uma súbita conflagração das ruas e uma fagulha pela internet as incendeia e pode mudar a historia!  Nos dias que se seguem a estes dias , quando se contabiliza os mortos e os estragos, talvez possamos encontrar homens que se transformaram pelo esvaziamento dos seus podres poderes, uma mudança no curso das coisas e uma renovação no significado dos acontecimentos vindouros. 

A massa popular, outra singularidade, mostra-se respeitosa as palavras de ordem que os falsos profetas lhe deram, mas apenas observa com o mais impressionante silencio. 

Entre homens livres e iguais que aprendem todo dia que grande parte dos políticos são malditos  ladrões, sócios do Estado,  e que não merecem um mínimo de respeito. É nestes dias que as oligarquias e as nobrezas caem e a ideia republicana pode nascer.

É o efeito de uma ruptura histórica. Diante de uma situação insurportável de miséria e corrupção com políticos oligarcas encurralados pode-se inaugurar uma nova racionalidade psicológica e política. Os ladrões fogem, se aposentam ou serão presos pois o silêncio vira revolta. Os inimigos não são os empresários,  mas os falsos empresários frutos da corrupção, não são os juízes como Moro que aplica a lei mas os que se corrompem nos acordos com as oligarquias,  não são as elites internacionais porque são as nossas que se vendem, nem os que plantam mas são todos aqueles que não trabalham e se beneficiam das nobrezas , da concentração de renda e poder, e das máfias que usam o Estado para seus negócios e poderes.

É quando o brasileiro mas rude e pobre desperta sua consciência e indignação , independente das esquerdas de classe media alta e consumo luxuosos.   

Neste caso a mudança é uma reversão inacreditável é um retorno a verdade sobre as origens podres e corruptas destes auto denominados Reis.  O seu traje verdadeiro neste teatro não é de politico mas de ladrão e ele tinha sido fantasiado pelas mentiras do poder.

As verdadeiras imagens e palavras geram o choque das emoções humanas.  Na rua que atravessa do Palácio entre o poder e a queda apenas 100 metros mas para o espirito um abismo.

Entre a mesquinhez e as etiquetas do poder explode a determinação dos atores populares. 

Mas nossa historia pode ser diferente ?  Os fiscais do poder podem segurar que nada aconteça nas oligarquias contra as ordens do Rei Coronel ?  Não nem Hitler com toda força escreve as historia do seu jeito. Talvez os poetas.

Hoje vivemos cenas de um mundo que desaba. Porem apenas alguns que não são frutos das oligarquias podem impedir a guerra civil e o terror de perseguições mútuas que se instala. Os projetos de destruição  e intrigas cravados pelas bocas dos coronéis oligarcas.  A única forma de se manter vivo é comprar partido e gritar !

Uma luz dramática iluminara os pequenos incidentes que fugiram do controle em sua estrada para manter o poder a todo custo.  Isto enfatiza a imprevisibilidade e a obscuridade das decisões humanas : hesitações, equívocos, desânimo, interpretações erradas encontram aqui seu peso diante da Historia com H maiúsculo feita por Política com P maiúsculo e não por líderes fabricados em gabinetes e oligarquias resultados da corrupção e da morte de milhões de sertanejos há décadas. 

O infinitamente improvável marca a textura da realidade. Abre-se a infinidade de desfechos possíveis e imaginários . Não há lógica e necessidade que ordene a abundância dos fatos. o que acontece muitas vezes não tem como acontecer e nem os historiadores conseguem prever ou explicar apenas depois do ocorrido , as pessoas se misturam nas ruas e no encontro as faíscas geram revoltas. 

Excelentíssimo Coronel o senhor não determina a historia apesar das articulações e mentiras que sustentam as farsas. O que foi construído por muitos não pode ser apropriado nem roubado por poucos em seus gabinetes.  As incertezas das política se dá quando a versão unificada desaba, as delações ocorreram e a verdade ocupa de novo as ruas. As falsas imagens fabricadas e financiadas pela nobreza e oligarquias se apagam e destroem na miséria um povo escravizado com brutais desigualdades . Assim como na primavera árabe uma faísca se multiplica pelas redes sociais e com ela cai os empresários que os financiam e se beneficiam com as construções, infra-estrutura , ferrovias e outros que assim como os faraós se erguem as custas das vidas do povo gerando podres lucros fáceis privados.  

Vivemos numa Republica de fato ou num acordo entre oligarquias que dividem o Estado entre os pais, filhos e netos sem piedade a custa do sangue dos sertanejos, lógico sobra algumas exceções vendidas como regras,  a custa de negar a grande destruição de um Estado que usa o dinheiro dos pobres e da cooperação internacional para alimentar delírios e vaidades dos Reis.



terça-feira, 8 de agosto de 2017

LIBERTA IRACEMA E SEUS FILHOS DOS PODERES COLONIAIS.


Em recente pesquisa os partidos continuam a perder sua hegemonia política e credibilidade aos olhos da sociedade civil brasileira. Enquanto muitas Iracemas empreendem seu trabalho e cidadania sem apoio do Estado, plugadas nas nuvens e redes sociais globais, observamos o declínio da nobreza e realeza cearense, presos a lógica da corte, a historia é inscrita sem eles.

“ Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se. Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo. Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema.”

Cansadas do machismo dos descentes dos colonizadores, Iracemas se libertam das dores sofridas por anos de opressão e declaram a indepedência de suas vozes e olhares dos poderes dos homens para encontrar novos horizontes em caminhos tortuosos e incertos porém livres. Elas esperam um pouco mais de beleza e ética em suas vidas, transformam o destino de objetos para afirmar seu gênero se espelhando pela internet em celulares, conectando outras mulheres que iluminam sua caminhada pelo whatsupp. 


O declínio da realeza começa pelo apogeu de seus egos. 

Ontem Iracema teve um sonho jorrava água nos sertões cearenses para saciar a sede de nossos antepassados por justiça e alimentar sua fome com a produção de suas terras. E de repente o sonho da democracia virou um pesadelo, os herdeiros da colônia retornaram como reis das oligarquias da Casa Grande, pegaram o dinheiro público para fazer um aquário para peixes e comprar tatuzões, e ao lado de bobos da corte contam lorotas para boi dormir , enquanto este povo ouve de novo estas mentiras e não dorme devido aos pesadelos que tornam suas vidas mais difíceis. E os sertanejos agora casados com Iracemas ainda vivem nas casas de taipa nas terras dos senhores da Casa Grande como há 500 anos apesar dos Reinados pós modernos de discursos vazios. Nunca foram prioridades publicas,  cidadãos de direitos e livres.

O futuro sempre foi passado nesta terra e o presente tem donos sem futuro.

“ Transforma-se o sadismo do menino e do adolescente no gosto de mandar dar surra, de mandar arrancar dente de negro ladrão de cana, de mandar brigar na sua presença capoeiras, galos e canários- tantas vezes manifestos pelo senhor de engenho quando homem feito; no gosto de mando violento ou perverso que explodia nele ou no filho bacharel quando no exercício de posição elevada, política ou administração pública; ou no simples e puro gosto de mando, característico de todo brasileiro nascido ou criado em casa-grande de engenho. “


Os Reis desta terra se olham no espelho todo dia numa mídia vendida aos interesses de alguns clãs; longe das redes sociais. Eles fazem cálculos para mudar de aliados e as vezes atuam em três frentes para enganar gregos e troianos. Tiram fotos para tentar se manter vivos numa memória que não mais imagina nem sonha com eles, suas histórias perderam o sentido numa sociedade civil que a cada dia conhece o CPF dos inimigos.


Os Reis destas terras há décadas e alguns séculos brincam de amigos e inimigos de acordo com a conjuntura fazem espetáculos para inglês ver.  Quando estão no poder são extremamente vaidosos, autoritários e violentos, não aguentam ser questionados sobre sua corrupção, destroem a democracia com a força da máquina ; afinal o Estado é deles e dominam os outros poderes com cargos e recursos. Igual ao Rio de Janeiro dos filmes e das belas praias ,  a diferença aqui é por ser um estado pobre as finanças estão salvas pelo dinheiro da Cooperação Internacional com prazos estendidos , dinheiro que era para os pobres , mas os indicadores sociais não melhoram , devido aos negócios públicos que privilegiam as construtoras, estradas, publicidade, terceirizações e outras. As prioridades não são publicas e os negócios são privados bem divididos entre seus príncipes, os juniores e os netos, tem uns que fazem prédios, estradas, outros consignados, alguns herdam tatuzões e outros terceirizações . Tudo bem planejado para estes interesses menos para os impactos públicos na vidas de Iracemas e seus filhos.


Os filhos e netos das Iracemas e Escravas do Ceara e de Fortaleza continuam sendo mortos, somos tetra campeões no Brasil. A morte continua vindo pelas mãos dos capitões do mato que agora se chama policia e continua a serviço da Casa Grande . Hoje eles lucram mais com as drogas e os assaltos do que com o trabalho deles. Todos fingem não escutar os gritos vindo das ruas. 


As famílias continuam lá bem distribuídas com seus feudos, currais e obras que descem do palácio para as casas dos nobres , enquanto do lado de fora do Castelo somos o Estado e a capital que mais mata jovens , porém somos modelo de Educação ? Nestas terras se vive de prêmios passados como se fossem eternos porque alguma coisa deu certo lá atrás lhes permite se perpetuar no poder pelas desigualdades geradas por dinheiro publico mau gasto, onde um voto as vezes vale 10 reais.

Estes Reis vendem seu Estado como modernidade visando a Presidência do Brasil para se manter na disputa do poder , negociando sua permanência as custas das vidas, vozes, e sofrimento de milhões de cearenses. Porem falam em moralidade e se calam sobre corrupção em seu estado, falam que vão superar problemas brasileiros quando não resolveram o básico em seu Estado, negam a participação efetiva do povo, cooptam partidos para se abrigar em novas legendas quando necessário em alguma trama de poder, não há preocupação em mentir contra a história e os livros. Sim são perversas e violentas oligarquias que negociam o Rei de Plantão para manter os interesses dos nobres e seus feudos intactos de pai para filhos e netos.

Todos conectados olham o mundo mudar rápido , apesar de sua esquina continuar a mesma , como se a historia fosse propriedade dos nobres e seus herdeiros. Eles tentam a todo custo, dinheiro e violências continuar a apagar e matar a historia de milhões de cearenses, seus sofrimentos, revoltas, e sonhos. Descendentes de Iracemas e Escravas clamam pela justiça da morte de seus filhos sem funerais , vitimas de uma Ditadura que se inscreve pelo sangue dos que não tem direitos.


Liberta Ceara aqueles que construíram suas vidas pelo trabalho , sem herdar poder politico nem herança, liberta os sertanejos, moradores de favelas e jovens assassinados os quais lhe negam sua cidadania usando o chicote da seca e da humilhação em hospitais, liberta o poder que a sociedade civil conectada ao mundo pode trazer as vida das pessoas mais pobres que passam distante das burocracias que visa controlar os votos e o dinheiro publico, desperta os sonhos de uma geração que luta por suas vidas e atitudes fugindo do destino que sacrificaram seus pais e avos. Nossa historia deve ser escrita por outras mãos e não será pelo poder publico.

Neste sonho de mudanças que virou uma triste e pobre realidade, crianças famintas e idosos andam pelas ruas, calçadas e cidades em busca de uma esmola, enquanto temos mais carros importados per capita que São Paulo,  prédios luxuosos onde se dividem elites abastadas herdeiras não de empresas mas da política, aonde a miséria da alma afeta nossos políticos tanto quanto enfermidades básicas nossa população. E sabem quando falam sobre isto ? quanto dos príncipes falam da corrupção no Estado ? Quantos se indignam pelo sofrimento de nosso povo ?


Quase nenhum ! A maioria representa seu papel na corte municipal, estadual e nacional ! Atentos a todas as oportunidades de faturar , de cooptar, de manter seus feudos acordados entres famílias que dividem regiões e cidades entre si,  prontos a sufocar qualquer um que pensa diferente ou se liberta das algemas e da escravidão dos senhores feudais armados pela ditadura econômica e politica que tem no Rei, o bobo da corte, pronto a tirar foto e se protegerem juntos de investigações, que se um falar, cai a corte toda.

E começa por estas terras talvez a Revolução Francesa com mais de duzentos anos de atraso ou pelo menos o Renascimento . Onde os Empresários, Artistas e Políticos mais do que mercado e da democracia depende do financiamento e dinheiro dito público , se por aqui acontece a lava jato entenderíamos que os negócios privados explicam o Estado mais do que as politicas ditas públicas. 


Liberta, desperta, a tua consciência e a vontade de lutar e mudar os destinos do povo controlados pelos feudos de alguns. A sociedade civil olha para o mundo e desperta no Brasil para recontar sua historia na internet com outros referenciais que se ainda não existe uma trilha única é porque ainda não nos acostumamos com as vozes e imagens múltiplas de nossa diversidade livre do chicote por um click desorientado em busca de novos horizontes.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

ECO DIGITAL - Ecossistema Digital


A sociedade se comunica cada vez mais por aforismos bombardeados por twitters velozes , segundo Domenico de Masi , visando pautar a sociedade com ecos que se multiplicam em todas as direções.

Da mesma forma nas redes sociais como Facebook e Youtube imagens ecoam em mutiplas plataformas digitais como celulares, notebooks, Tv, Cinema, Games.. formando uma linguagem transmídia cada vez mais interativa, diversa e múltipla.

Todas estas plataformas juntas formam Ecossitemas digitais aonde o virtual dança com o real e impacta Ecossistemas sociais, ambientais, culturais , econômicos, educacionais, espirituais, e outros.

Integrar e gerar sinergias entre estes ecossistemas usando o digital como um meio por onde circula uma linguagem transmídia que ecoa e impacta várias dimensões de nossa vida e sociedade é um proposito de nossa empresa.

Por isso que o primeiro produto é o Game Terra da Sabedoria que potencializa esta linguagem transmídia em um Ecossitema Digital capaz de impactar e potencializar vidas em todas as suas dimensões no mundo real tornando se habitantes de uma Terra da Sabedoria , personagens de sua nova história.

Um lugar no mundo real e virtual aonde a arte anda junta com a tecnologia, o econômico , o social, o ambiental, o educacional, o espiritual integrando vidas de forma sistêmica e sustentável aos desafios de nossa época.

Uma época que para nos inaugura uma nova civilização , novas formas de ser, viver , governar e imaginar. O futuro agora é presente se ampliarmos nossas capacidades para lidar com estas oportunidades , expandir nosso ser e ampliar nossos horizontes.

O sonho se torna realidade quando apreendemos a empreender em rede e a compartilhar e colaborar por novos caminhos cada vez mais digitais e reais. Sim podemos transformar o mundo em que vivemos , difundindo nossas causas, talentos, sonhos, espiritualidades, afetos, e milhões de atitudes em rede ecoam pelo infinito usando a robótica, genética, inteligência artificial e outras tecnologias a nossa favor.

Sim cada dia mais teremos um corpo virtual , uma mente corpórea, integrado a nosso corpo físico revelando e ampliando novas dimensões de nosso ser e ampliando nossa capacidades para superar os desafios coletivos que vivemos.

Desenvolva seu avatar venha fazer parte de nosso Game Terra da Sabedoria, usando a cripto moeda terra que usa uma plataforma Blockchain , e desenvolva sua linguagem transmídia num Ecossistema Digital Terra da Sabedoria.