- Como foi que o senhor virou Governador ?
- Meu pai foi Prefeito , eu herdei os votos dos humilhados, e depois a indicação dos poderosos para pagar as contas das outras famílias herdeiras do Estado com o dinheiro publico para depois eles serem eleitos Deputados.
- E o senhor como foi eleito Deputado ?
- Ah eu roubei no cargo que ocupei e com o dinheiro comprei os votos e enriqueci.
Em apenas um dia e a resposta verdadeira se explica como funciona o Brasil, Ceara e Fortaleza.
Não se explica pelo dia de trabalho de meus pais, avos, bisavós e de milhões de sertanejos....e sim como é gasto bilhões de um Estado pobre no dia a dia das famílias que herdam o Estado, como vivem, como negociam o poder, como trocam moedas entre os poderes, como planejam seus discursos, como enganam os aliados de conjuntura, como definem o que é prioridade para seus interesses independente das urgências publicas.
Seca, doenças básicas, maior homicídios de jovens do Brasil, desemprego, corrupção....continuam sem respostas.
Porém de repente uma súbita conflagração das ruas e uma fagulha pela internet as incendeia e pode mudar a historia! Nos dias que se seguem a estes dias , quando se contabiliza os mortos e os estragos, talvez possamos encontrar homens que se transformaram pelo esvaziamento dos seus podres poderes, uma mudança no curso das coisas e uma renovação no significado dos acontecimentos vindouros.
A massa popular, outra singularidade, mostra-se respeitosa as palavras de ordem que os falsos profetas lhe deram, mas apenas observa com o mais impressionante silencio.
Entre homens livres e iguais que aprendem todo dia que grande parte dos políticos são malditos ladrões, sócios do Estado, e que não merecem um mínimo de respeito. É nestes dias que as oligarquias e as nobrezas caem e a ideia republicana pode nascer.
É o efeito de uma ruptura histórica. Diante de uma situação insurportável de miséria e corrupção com políticos oligarcas encurralados pode-se inaugurar uma nova racionalidade psicológica e política. Os ladrões fogem, se aposentam ou serão presos pois o silêncio vira revolta. Os inimigos não são os empresários, mas os falsos empresários frutos da corrupção, não são os juízes como Moro que aplica a lei mas os que se corrompem nos acordos com as oligarquias, não são as elites internacionais porque são as nossas que se vendem, nem os que plantam mas são todos aqueles que não trabalham e se beneficiam das nobrezas , da concentração de renda e poder, e das máfias que usam o Estado para seus negócios e poderes.
É quando o brasileiro mas rude e pobre desperta sua consciência e indignação , independente das esquerdas de classe media alta e consumo luxuosos.
Neste caso a mudança é uma reversão inacreditável é um retorno a verdade sobre as origens podres e corruptas destes auto denominados Reis. O seu traje verdadeiro neste teatro não é de politico mas de ladrão e ele tinha sido fantasiado pelas mentiras do poder.
As verdadeiras imagens e palavras geram o choque das emoções humanas. Na rua que atravessa do Palácio entre o poder e a queda apenas 100 metros mas para o espirito um abismo.
Entre a mesquinhez e as etiquetas do poder explode a determinação dos atores populares.
Mas nossa historia pode ser diferente ? Os fiscais do poder podem segurar que nada aconteça nas oligarquias contra as ordens do Rei Coronel ? Não nem Hitler com toda força escreve as historia do seu jeito. Talvez os poetas.
Hoje vivemos cenas de um mundo que desaba. Porem apenas alguns que não são frutos das oligarquias podem impedir a guerra civil e o terror de perseguições mútuas que se instala. Os projetos de destruição e intrigas cravados pelas bocas dos coronéis oligarcas. A única forma de se manter vivo é comprar partido e gritar !
Uma luz dramática iluminara os pequenos incidentes que fugiram do controle em sua estrada para manter o poder a todo custo. Isto enfatiza a imprevisibilidade e a obscuridade das decisões humanas : hesitações, equívocos, desânimo, interpretações erradas encontram aqui seu peso diante da Historia com H maiúsculo feita por Política com P maiúsculo e não por líderes fabricados em gabinetes e oligarquias resultados da corrupção e da morte de milhões de sertanejos há décadas.
O infinitamente improvável marca a textura da realidade. Abre-se a infinidade de desfechos possíveis e imaginários . Não há lógica e necessidade que ordene a abundância dos fatos. o que acontece muitas vezes não tem como acontecer e nem os historiadores conseguem prever ou explicar apenas depois do ocorrido , as pessoas se misturam nas ruas e no encontro as faíscas geram revoltas.
Excelentíssimo Coronel o senhor não determina a historia apesar das articulações e mentiras que sustentam as farsas. O que foi construído por muitos não pode ser apropriado nem roubado por poucos em seus gabinetes. As incertezas das política se dá quando a versão unificada desaba, as delações ocorreram e a verdade ocupa de novo as ruas. As falsas imagens fabricadas e financiadas pela nobreza e oligarquias se apagam e destroem na miséria um povo escravizado com brutais desigualdades . Assim como na primavera árabe uma faísca se multiplica pelas redes sociais e com ela cai os empresários que os financiam e se beneficiam com as construções, infra-estrutura , ferrovias e outros que assim como os faraós se erguem as custas das vidas do povo gerando podres lucros fáceis privados.
Vivemos numa Republica de fato ou num acordo entre oligarquias que dividem o Estado entre os pais, filhos e netos sem piedade a custa do sangue dos sertanejos, lógico sobra algumas exceções vendidas como regras, a custa de negar a grande destruição de um Estado que usa o dinheiro dos pobres e da cooperação internacional para alimentar delírios e vaidades dos Reis.
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