O que avida tem de concreto e experimental é o que torna possível a poesia da existência e sem sentimentos não vivemos o real apenas o abstrato. O que é é bem diferente do que deveria ser este mundo. A nossa razão perdeu a razão para vida. A ordem do amor não é construída pela razão. Temos que saber escolher as palavras com precisão e profundidade para de fato dialogar com o real e o outro e não com o ego triste e vazio.
O protesto interior sem voz não resume ao grito na politica ou economia e sim o conformismo de não amar, sentir, sonhar, apenas falar sem lutar nem chorar.
A existencia e a vida é plural e intranquila aonde todos coisas se alteram sem cessar como nos disse Montaigne para sentir os opostos e silenciar a razão.
Escutar a sinfonia de nossa sociedade , inaudíveis aos espíritos conservadores, nos permite captar o advento do que ninguém espera mas acontece . Muito alem do chefe aparente temos que saber identificar o rei clandestino de nossa época e ama-lo e odiar. O que não podemos é ser insensíveis aos anjos e monstros de nossa época.
Afirmar e não apenas criticar a vida independente das imperfeições que brotam no jardim . Sabemos que brotamos do húmus e do instinto da natureza. É dele que emerge o ouro do amor e dos sentimentos. A poesia do real surge se soubemos ouvir o inaudível, ver o invisível, tocar o sonho, sentir o eterno, dançar com o concreto.
Precisamos apreender a estar juntos , sermos juntos, viver éticas coletivas que se expressam pelo amor . Não existe elo social sem canto e imaginação , a razão é pobre em expressar a verdade dos sentimentos .
O sagrado sangra , a parte maldita renova os modos de ser e pensar. Essa é a magica do amor que agita a eterna juventude e renascimento do mundo . Destino comunitário aonde dançamos juntos nossas guerras e por isso nossos políticos, intelectuais e jornalistas solitarios não fazem mais sucesso.
Nāo queremos mais engolir o que é despejado de cima , a lei do pai, queremos construir juntos a lei dos irmãos. As vezes a profundidade se esconde na superfície das coisas . A civilização dos instintos da lugar a uma civilização racional e da técnica e vice e versa. A razão se torna sensível e podemos amar nossas palavras.
O amor e odio leva a absurdas consequências. Foi sobre a razão que se produziu a ideia de raça e nazismo e comunismo em nome da classe com suas barbáries . Ao recusarmos nossa animalidade nasce as bestialidades. A razão tem sido covarde !
É preciso ter coragem , mistura de coração e raiva, de encontrar e dizer as palavras que fazem as coisas acontecer. Viver o nosso tempo, o agora, grande e frágil, o poder do amor que é o poder da vida.
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