A evolução da humanidade e a extinção das espécies politicas que inviabilizam a democracia.

A ecologia é a soma de vários ecossistemas cada um com suas características, espécies e a luta pela sobrevivência. Assim também são os Países e cidades, cada Estado ou bairro com suas características, e nelas vivem várias espécies políticas que se reproduzem se alimentando de presas fáceis. Outra metáfora,  é como se no mundo politico convivesse ao mesmo tempo várias camadas geológicas, quanto mais você cava , mais encontra surpresas e verdadeiros fósseis porém vivos; vivendo as custas de seres humanos, outras espécies e da destruição da natureza.

Em determinados bairros ou cidades, algumas espécies se elegem pelo poder econômico, outras pelos cargos e favores herdados de sua família politica, outros pela força dos partidos, outros graças a mídia, outros pelos laços comunitários e serviços prestados; são como camadas que sobrevivem ao mesmo tempo, muitas vezes pela miséria e desigualdades do povo que ainda são presas fáceis dos dinossauros das oligarquias politicas, poder econômico, mídia e outros. Enquanto isso novas espécies vão emergindo pela evolução, graças as suas lutas, sonhos e ideias que aprofundam a democracia e o dialogo sobre como transformar vidas e sociedades para superar desafios coletivos.   

Enquanto na natureza algumas espécies desenvolveram camuflagens , vários olhos, e velocidade para sobreviver as mudanças que ocorrem em seus ambientes; na politica observamos alguns desenvolverem a cara de pau, querer apagar a história, incluindo a sua, para vender um discurso novo, outros são ágeis em roubar e comprar votos, enquanto outros em cuidar de seu curral eleitoral , obrigando a votar pela força nos mesmos de sempre. É incrível que estas espécies convivam no mesmo ambiente que denominamos democracia.  

Se seguirmos os passos de grandes pensadores que pensaram e agiram para transformar a sociedade em que viveram, podemos ampliar nossa humanidade, e assim fica menos espaços para dinossauros políticos  serem predadores de outros seres humanos, da vida e da natureza do qual somos parte. Goethe continua a inspirar gerações, ele falava que temos que saber cultivar nossos dons, diante dos acasos e adversidades da vida, muitos determinados pela politica, encontrar o amor e o destino para transformar as circunstâncias que nos são impostas.  

Os regimes políticos muitas vezes tentam impedir nossos avanços mas Foucault também nos ensina a compreender como saberes e poderes delimitam os limites de uma época , é necessário apreendermos a cuidar de si , a desconstruir estes saberes e poderes que determinam nossas vidas e comportamentos. 

As novas habilidades para criar novos ecossitemas são apreender a sentir, imaginar, viver outras experiencias e formas de ser e viver em sociedade ; assim podemos nos libertar de podres saberes e poderes que nos destroem, ao invés de nos potencializar como nos ensina Nietzche , Dostoyevski, Espinosa e Victor Hugo. Eles  dedicaram suas vidas, e não apenas seu pensamentos para criar caminhos mais livres e democráticos para nossas vidas e sociedades.

Necessitamos viver nossas experiências utópicas com os riscos e sacrifícios que isso implica, do que viver de qualquer forma alimentando com nossas vidas dinossauros políticos. Como é possível pensar diferente para vivermos diferente no terreno ético e politico? Fazer das experiências, as condições de possibilidade de nossa existência, se libertar e então transformar-se e poder transformar os lugares que vivemos. Lutar contra tudo que pode isolar o individuo, que busca afasta-lo dos outros, e destruir a vida comunitária e em sociedade, fixando em categorias administrativas e jurídicas que impõe o que ele deve ser da escola ao túmulo.  

Os dinossauros políticos buscam impedir que a evolução e ampliação de nossa humanidade aconteça, precisamos de uma nova imaginação politica,  capaz de compreender e transformar as condições que cada camada politica impõe, o que resulta que os Dinossauros políticos ainda sobrevivam ao nosso redor.  Ele só serão extintos pela concepção, desenvolvimento, organização e integração de novas espécies e ecossistemas humanos, econômicos, tecnológicos, políticos, educacionais, ambientais, espirituais, culturais e outros.  Esse é o nosso desafio.