SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

domingo, 18 de fevereiro de 2024

A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES PELA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS!


 

Eu tenho aprendido muito com meus alunos principalmente os mais danados em como eles usam sua energia e atenção. Os seus processos de aprendizagem muitas vezes são usados pelas redes sociais, violências e brincadeiras em salas de aulas, mas claro que tudo isso tem razões. Até mesmo nós professores recebemos ordens de capitães do mato na educação e infelizmente muitos aprendem com eles, alguns inconscientemente descontam os traumas que sofreram nas escolas e outros produzidos socialmente pelos spaeces e Bolsolemanns. 



Mas o que compreendemos como aprendizagem muitas vezes se mistura em como gostaríamos de ensinar, em práticas pouco pedagógicas porque não enxergamos as várias dimensões da docência e muitas vezes os manuais propõe sermos indecentes com a educação infantil tirando dela o seu caráter lúdico de descobertas, brincadeiras e alegria de aprender. Outras vezes só ensaios sobre a cegueira na educação escritos por Saramago podem nos despertar que outros motivos impedem, dificultam e impactam a aprendizagem. Todos nós sabemos o quanto fome e outros problemas neurológicos dificultam a aprendizagem, tem várias pesquisas sobre o impacto de uma sala quente na aprendizagem, a necessidade de brinquedos e materiais pedagógicos que facilitem a aprendizagem, que são critérios de avaliação da educação infantil feitos pela USP em Ribeirão Preto e pelos melhores sistemas de educação infantil no mundo, ou dialogados em vários livros sobre aprendizagem das crianças.



Mas em terras de poderes oligárquicos, Lemann e seus capitães do mato querem que tudo isso se apague, incluindo a história da educação e ciência, para que professores possam seguir suas práticas mecanicistas, destruidoras e adestradoras de humanos servindo aos delírios, vaidades, egos e poderes quando a educação se transforma em um grande negócio para alguns e cargos para outros. 



Não é difícil prestar atenção no olhar de crianças, em suas palavras, movimentos, tatos, no que escuta, muitas vezes revela as desigualdades que sofrem e autonomias, nos afetos que carregam seus sofrimentos e alegrias, na fragilidade de seu corpo pela miséria e doenças, nas suas interações e isolamento social, nas violências que reproduzem, o quanto tudo isso nega seu ser, expressão e aprendizagem. Claro que eu posso ser cego a tudo isso, ignorante e bruto, me calar e achar que estou educando, cumprindo o teatro que reproduz as desigualdades e violências sem aprendizagem. 


 

Arte de sorrir cada vez que o mundo diz não. Responda Sim! Claro que podemos pensar e fazer alfabetização como Paulo Freire e realizar projetos pedagógicos que ensina matemática, português, ciências e outras dialogando com as crianças sobre o mundo que vivem as mudanças climáticas que impactam suas vidas, comunidades e escolas de diversas formas, aprenderem os saberes para lidar com as novas tecnologias, mas também compreender a matemática do mundo que gera as desigualdades e violências que vivem. Desenvolver suas autonomias, capacidades críticas, criativas, amorosidade, afetos, e lógico conteúdos aprendidos de forma orgânica. Esse projeto é muito mais honesto, verdadeiro e ético com as crianças e as famílias, do que o por exemplo o projeto de editoras que viram formação e secretárias de educação alinhadas com essa indústria e com Lemann. 



Formar os formadores, professores e gestores da educação tirando deles as lentes míopes que querem enxergar a aprendizagem dos alunos através de spaeces, ADRs e outras métricas. Evitar que mais crianças sejam sacrificadas e escravizadas em seu processo mais bonito que nos caracteriza como seres humanos, o aprender. Essa é a lição de educadores que buscam muito mais que cargos, que poderes mantidos pela corrupção e sujeira de seus atos. Educadores que buscam simplesmente que as pessoas realizem todo seu potencial transformando suas vidas e comunidades. Como assim foi em muito lugares e países com muito menos condições, imagina na nona economia do mundo, mas infelizmente numa das piores desigualdades, comandada por elites, oligarquias, e seus respectivos capitães do mato para criar farsas que buscam esconder o que realmente provoca a falta de aprendizagem.                      

 


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