A música literalmente reconecta o cérebro das crianças — melhorando a tomada de decisões, o autocontrole e a atenção.
Uma série de estudos do Instituto do Cérebro e da Criatividade da USC descobriu que apenas dois anos de aulas estruturadas de música alteraram significativamente a arquitetura cerebral das crianças.
Ela melhora tanto a substância branca (que facilita a comunicação entre as regiões cerebrais) quanto a substância cinzenta (envolvida no processamento de informações).
Crianças que participaram de treinamento musical pela Orquestra Jovem de Los Angeles apresentaram diferenças estruturais no cérebro e maior maturidade em regiões relacionadas ao processamento de sons, linguagem, foco e controle de impulsos — em comparação com colegas em programas esportivos ou sem atividades extracurriculares estruturadas.
Além disso, os jovens músicos demonstraram maior ativação das redes cerebrais associadas à função executiva e à tomada de decisões.
Durante os testes de atenção e autocontrole, as crianças com treinamento musical apresentaram melhor desempenho em tarefas que exigem foco e inibição — habilidades essenciais tanto para o sucesso acadêmico quanto para a regulação emocional.
Essas descobertas oferecem evidências convincentes de que programas de música comunitária, especialmente em áreas carentes, podem atuar como ferramentas poderosas para apoiar o desenvolvimento infantil e neutralizar os efeitos negativos da pobreza no cérebro. Pesquisadores acreditam que essa intervenção musical pode ser fundamental para impulsionar o crescimento emocional e intelectual durante anos cruciais de desenvolvimento.
Fonte: Habibi, A., et al. (2017). Estudos publicados em Cerebral Cortex e PLoS One pelo Brain and Creativity Institute, USC.
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