O “mundo concreto” de submissão ás burocracias partidárias tem servido como justificativa para praticas de poder nefastas ! Somado ao fechamento da imaginação e de outras possibilidades aos militantes , tem se cristalizado de maneira inexorável , a retribuição de “favores” aos políticos e máquinas poderosas.
O pior é que retribuir este “favor” adquire a realidade de “uma retribuição honrosa que restabelece na consciência do dependente , algum sentido de bilateralidade e, através desta , de alguma forma de autoestima e reconhecimento social.” O resultado “aparece” como um aceitação voluntária da autoridade, percebida, neste nível de consciência, como consensual e desejável.
Não é possível a descoberta que sua vontade esta presa a do superior, pois o processo de sujeição tem lugar como se fosse espontâneo. Plenamente desenvolvida, a dominação pessoal transforma aquele que sofre numa criatura domesticada: proteção e benevolência lhe são concedidas em troca de fidelidade e serviços reflexos. A política torna-se o campo por excelência do exercício da lealdade e da subserviência percebidas sobre o manto honroso da “gratidão”. O único crime que não merece perdão é o da “ ingratidão” !
Percorrer este labirintos do poder transforma-se num processo de desumanização , a busca de chegar e manter-se no poder neste contexto de insegurança , submissão , precariedade e violência exige. Ela implica em transformar em “virtude adaptativa” a faculdade de não levar em conta qualquer forma de respeito ao outro para se chegar e manter no poder , muito menos as “suas senzalas”.
Os “fracos” tem sido explorados e humilhados ao serem negados suas cidadanias e acessos aos seus direitos em troca de favores , as vezes nomeadas de “ politicas publicas “ , em troca de sua submissão as casas grandes e seus sócios como os Bancos e outros interesses empresariais
ou corporativos ; continuamos atuando como colônias do capital, exportando nossa matéria-prima para outros países e os lucros para poucas famílias brasileiras que perpetuam há 500 anos a concentração de renda e as desigualdades brutais. E os “fortes “ que se contraponham a isso tem que ser eliminados!
Nestas terras predomina os fortes e os fracos, os iguais são aqueles submetidos a vontade de seus superiores quer seja nas empresas , poder publico ou outros lugares que não reconhecem o direito de todo cidadão. O principal lugar que é a política , aonde isto não devia acontecer , aonde esta luta devia florescer, é o lugar que cada vez mais se submete aos acordos e submissões de diversas ordens. Coletivamente , a via reformadora e revolucionária a partir de baixo, tem se transformado a cada dia nas “novas casas grandes”.
E não existe lei e direito, muito menos Estado , enquanto existir “Casa Grande” não importa se de esquerda , direita ou das corporações.
Hoje vivemos transformações estruturais econômicas, sociais e politicas fundamentais que abrem outras possibilidades principalmente as novas gerações. Porem desde que estas compreendam a profundidade e abrangência do papeis políticos e sociais que devem exercer na garantia de seus direitos ; independente das casas grandes , para além das burocracias partidárias , que mais prejudicam com seus interesses às milhares de vidas que não devem se submeter a elas como intermediários da política ou acesso ao Estado publico!
A cada dia mais a sociedade civil se liberta e os indivíduos assumem diretamente seus papeis não só na hora de votar , fiscalizar , mais principalmente agir, ter atitudes, fazer diferença na política!
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