SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

sábado, 20 de julho de 2013

O novo sonho do BIG BROTHER é o aluno nota 10.



A HISTÓRIA culpada de tudo o que acontece, se faz com os desafios que ela nos apresenta à nossa escolha ! A resposta que cada um de nós dá a estes desafios geram os acontecimentos históricos mas a semente da mudança sempre esta presente em cada um de nós. Precisamos sim de coragem e imaginação para ousar e caminhar por novos horizontes em nossas vidas e sociedade.

Enquanto muitos estão preocupados no aluno nota 10 pré-moldado para passar no vestibular com razões repetitivas e decoradas. Nós estamos emocionalmente envolvidos com que as crianças e jovens possam imaginar e sonhar não com os produtos e vidas que a publicidade comercializa, mas com a educação critica e criativa que desperta as pessoas a pensar e construir em suas vidas e sociedade caminhos que afirmem seus talentos, poderes e sonhos.

O novo sonho do BIG BROTHER é o aluno nota 10. Ele tem que saber História menos a História que o produziu como sujeito e ele não pode fazer História a partir de suas lutas, direitos e sonhos ? Ele quer dominar a Matemática e o Português mas para calcular e falar o que ? as respostas das questões premiadas que vão lhe dar acesso a Universidade? Esta Universidade que assim como as escolas fabricam Engenheiros, Advogados, Professores, Médicos e outros que pouco conhecem de si e do mundo em que vivem? E nem mesmo conhecem ou compartilham os desafios do mundo de hoje em suas profissões e Sociedade ?  

Enquanto isso milhares de saberes e novas formas de educar não conseguem entrar nem na Escola nem nas Universidades porque não são acadêmicos nem pedagógicos? Porque um conjunto de "Doutos Idiotas", professores ou não , se julgam capazes de dizer o que a sociedade precisa, seus desafios, e se brincar querem enquadrar os sonhos. Estes “Doutos Idiotas” frutos de Instituições medievais que continuam a dizer que detém o saber porque repetem palavras e ensinam os outros a repetir. Presos em grades curriculares , reflexos de vaidades e disputas acadêmicas, que passam para os guardiões as correntes em livros, do que a capacidade de pensar e fazer novas perguntas diante de novos desafios ? Estas instituições não evoluíram em seus métodos e continuam organizadas igual na Idade media quando todos dependiam do professor em sala de aula para repassar o conhecimento e ficar refém das provas. Hoje depois da invenção da reprodução dos livros, da internet, de outras instituições capazes também de ensinar e produzir saberes, e de outras formas de educar continuamos todos reféns das escola e Universidades para apreender ? E pior achamos que ela vai resolver nossos problemas afinal virou moda dizer que tudo é Educação. Mas o que é mesmo Educação ? Educação é mesmo o que as Escolas e Universidades fazem com nossas crianças e jovens ? Os professores são mesmo educadores ? 
     
Desculpem as perguntas sinceras e honestas de quem não acha que , assim como os estudiantes de Chile, os jovens indignados da Espanha, os alunos de Harvard do curso de Economia que durante o Ocupy se recusaram a assistir as aulas dos pensadores que tinham produzido a crise de 2008 em suas vidas , do seus país e no mundo inteiro. 

Sim as ideias tem consequenciais e os sonhos também. 

Isto é importante para aqueles educadores que se dizem pragmáticos, concretos, preocupados em dar resultados , porque não tem tempo a perder com debates e diálogos com os  diferentes. Infelizmente são quase as mesmas ideias destes novos "senhores da guerra" que exacerbam as melhores notas e a competitividade em detrimento de saberes que mais tem haver com  a vida e os desafios das pessoas e da sociedade em que convivemos. 

Estas escolas produzem seres esquizofrênicos que repetem e pensam coisas para passar, mas tem que fazer outras para viver e necessitam de internet, drogas e consumo para se emocionar. Eu sei que é difícil, mas pensar o que se faz e sente é o caminho para termos seres e a sociedade sustentável. Alicerçada nas pessoas e nos comportamentos delas, e não nos prédios e regulamentos em papeis, o mundo ideal, enquanto vivemos ao lado de milhares de injustiças insustentáveis.

O debate sobre a sociedade ideal feito por intelectuais e suas teses reproduzidos em escolas e Universidades tem que conviver com a necessidade de pequenas atitudes compartilhadas no cotidiano, diante de milhares de injustiças que os seres humanos veem mas acham que não podem mudar ou  ficam indiferentes por que seus saberes e imaginação foram desconectados das realidades.      
Enfim será que dar mais autonomia e respeito para que crianças e jovens possam despertar e descobrir seus caminhos, derrubar as paredes das salas de aula para se conectarem com a vida e os desafios da sociedade que vivemos é tão difícil assim ?  

Necessitamos compreender que a Educação é fruto dos Ecossistemas que vivemos e não é propriedade da Escola ou a Universidade apesar dos diplomas que comprovam , grande ironia, os efeitos da "verdades" que apreendemos em nossas vidas e nossa sociedade.  

Assim como a produção e a circulação de mercadorias não é restrita ao mundo das empresas porque impacta sobre a insustentabilidade de nossos planeta e de nossas vidas, e a cada dia mais influencia e desenvolve a cultura e a educação adequadas para seus fins. 

O Ecossistema da Educação necessita de formas de interagir com as ruas, as comunidades, os desafios e os milhares de saberes e pessoas que apesar de não serem "professores" ou darem notas nos revelam outras formas de ser e viver em sociedade. Seres capazes de nos libertar e ensinar que em cada canto deste mundo podemos criticar , imaginar, criar mundos diferentes que nos façam ser, pensar, sentir e agir compartilhando desafios e ousadias.

Uma Educação que como uma orquestra sabe unir e dar simetria e sinergia as pessoas, notas e instrumentos diferentes que desejam tocar as poesias capazes de transformar suas vidas e a sociedade em que vivemos.Isto sim pode ser um bom desafio as nossas Escolas e Universidades de tirar um 10 na vida das pessoas que apreendem e compartilham seus saberes através delas.
  

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