SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

O CAPITAL POLITICO NO SECULO XXI- Este é o Feliz Século XXI que desejamos a todos independentemente de cor, etnia, gênero e principalmente classe.



Thomas Piketty provou no livro “O Capital no Século XXI” que as elites donas de fortunas com suas respectivas aplicações no mercado financeiro vivem como os senhores feudais no feudalismo; transferindo riquezas de geração para geração sem se preocupar em serem competitivos, produtivos, e inovadores. O nome disto é Capitalismo e eles vivem como reis!

O pior disto tudo é que eles vendem uma ideia de Meritocracia para grande maioria da humanidade que quem se destacar pelo talento no mercado alcança o paraíso e lógico que tudo começa pelas Escolas, Universidades, Empreender um negócio e finalmente o sucesso!

Acho que para completar sua teoria Piketty terá que escrever um volume 2 agora sobre o Capital político no Século XXI e a falácia da Democracia.

Existem vários fenômenos a serem estudados do tipo a necessidade de muito dinheiro para ser eleito nos EUA ou no Brasil, passando pela parceria entre Think tank, Empresas, Políticos e Mercado Financeiro.

No Brasil tem políticos que tem uma poupança de votos gerada em várias eleições e mandatos aonde os poupadores “economizam” suas vidas investindo nos políticos e continuam vivendo na pobreza e em condições de extremas desigualdades. Como os políticos formam grupos entre si, fazendo acordos por regiões, cidades ou outras divisões de currais eleitorais dividem o Estado entre eles em forma de votos, cargos, contratos, obras...Esta divisão e acordos tornam os pobres reféns de suas ditaduras pois em muitas coisas suas vidas dependem deles e perpetuam assim as desigualdades. Algum dúvida ler Atlas da exclusão social no Brasil - dez anos depois tem os dados por cidade. http://www.cortezeditora.com.br/DetalheProduto.aspx?ProdutoId=%7B39363CE2-A518-E411-BE34-842B2B1656E4%7D


Quando chega as eleições os novatos ou outros que estão fora destes acordos não conseguem competir com eles pois sua poupança de votos, cargos, contratos está sendo fortalecida pelos Governos muitas vezes há anos. Dando lhes uma vantagem enorme que torna as eleições fictícias, desiguais e brutais. Lógico que tem o espetáculo durante as eleições, eles fazem campanha, promessas, discursam mas não revelam seus segredos as teias ou “capital político” roubado em forma de privilégios como outra nobreza sustentada e fortalecida pelo Estado público. Dizer que isto é Democracia é uma grande mentira que ilude até mesmo aqueles que dizem entender de política.


Agora imaginem quando estes dois mundos das elites se unem o das Fortuna e seus negócios com os nobres herdeiros do Capital político. Bem segundo Dante depois do purgatório vem o Inferno pois são estes nobres que vão proteger os donos das Fortunas que agora também vão elege-los em troca de negócios. E no meio deste circo o Judiciário tem seu preço, e em troca de dinheiro e espaços políticos no Estado, também a Universidade vai fabricar teses para legitima-los ou trocar por diplomas. Os feudos trocam moedas entre si muitas vezes entre parentes enquanto os artistas cantam e dançam, os jogadores nos fazem torcer pelos seus times viabilizando o caixa dois, a mídia negocia os escândalos, e a grande maioria excluída sofrem a pobreza e desigualdades à espera da próxima revolução.


No centro das elites um mundo vazio, cheio de fugas, delírios, podres poderes, vaidades, cercados pela violência, crimes, misérias, e a falta de educação, saúde e trabalho dignos por todos os lados. Os ricos hoje não aparecem mais estão fechados em mundos vips enquanto os políticos de vez em quando representam seus teatros mas sem falar em como os milhões foram gastos, seus impactos na mudança de vida das pessoas, a origem de seus votos e seus grupos, negócios, troca de moedas e a perpetuação a décadas como os Faraós cercados em seus palácios.

Viva o Mercado e a Democracia enquanto as pessoas morrem.

Eu prefiro pensar, sonhar e lutar por outra sociedade que não se resume ao socialismo ou comunismo mas outras formas de viver e superar nossos desafios coletivos. Fortalecer as comunidades, as trajetórias de vidas e sonhos das pessoas, a criação de novas ideias, organizações, projetos que são sementes do Capital político do Século XXI.


Quanto mais aproximarmos o poder da vida real, transformando no poder das pessoas em construir suas vidas e cidades, e lógico criando formas de tomar decisões coletivas como a Democracia Direta. Vamos inviabilizando os poderes roubados das elites e dos nobres políticos. Este modelo de Capitalismo e de Estado estão em declínio e com eles seus senhores feudais numa revolução sem saída a francesa.

No século XXI a felicidade significa que os bens públicos como Educação e Saúde de qualidade sejam oferecidos a todos de forma gratuita. Devemos eliminar os poderes de monopólio dos meios de comunicação. A compra de eleições deve ser considerada inconstitucional. A privatização do conhecimento e da cultura devem ser proibidas. A liberdade para explorar e desapropriar os outros devem ser severamente punidas, e em última instancia, declarada ilegal. Este é o Feliz Século XXI que desejamos a todos independentemente de cor, etnia, gênero e principalmente classe. Um natal de todas as espiritualidades, culturas, diante de uma diversidade ambiental sustentável e compartilhada por todos.




  

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Teias do Poder - O Mapa do Brasil Real.



Um dos Estudos econômicos, políticos e sociais mais importantes que podem ser feitos é o da interação entre setores empresariais, políticos e contratos públicos. É engraçado achar que só no setor das Construtoras/ Empreiteiras e Petróleo tem Corrupção. A bola da vez como outros negociados entre partidos, políticos, mídia e empresários formando uma Teia de poder. Todas as áreas dos Governos tem fornecedores como já foi mostrado o caso da Segurança, muitos enriqueceram com Terceirização, além de casos nos Transportes, Saúde, Turismo, Eventos, Publicidade, Consultoria, Capacitações que também acontecem no Sistema S para não dizer que só é os Governos. E alguns não dependem dos contratos e sim dos financiamentos e Bancos públicos. Este Mapa revela as teias da Corrupção mas também das ineficiências e improdutividades como também os mapas dos votos por cidade e Estados nas três esferas. Correlacionar estes dados te dá o Mapa do Brasil Real.


Só o Batman para combater estas aranhas que unificam os poderes de preferência encenando Shakespeare para as elites econômicas e politicas brasileiras se deliciarem enquanto leem os artigos no jornal.

sábado, 6 de dezembro de 2014

O ESTADO DE DIREITO DELES - CORRUPÇÃO COMO LEI E FORMA DE ORGANIZAÇÃO DAS SOCIEDADES MÁFIAS BRASILEIRAS.



Já foi ACM, Sarney, Mão Santa, os Rosados, os Alves, os Cunha, mas ainda falta os Calheiros em Alagoas e os Ferreira Gomes no Ceara. No sul já foi os Bornhausen mas falta os Richas. No Sudeste tinha os Neves e outros. Muito saíram de negócios públicos para privados. No Centro Oeste já foram os Roriz mas falta outros. No Norte permanece intocável as famílias com exceções é claro. Porem não podemos substituir isso por mais dos mesmos com capitanias partidárias aonde as executivas e/ou os donos se revessam nos Governos e Ministérios para assumir cargos. Quatro tipos de Capitanias hereditárias ou Casas Grandes se herdam as famílias, Partidos, Empresas Públicas e contratos nos Governos ou os quatro. 

O Estado de direito deles ! O Poder publico para o povo , a maioria das vezes não significa o alcance dos Direitos mesmo através das lutas e sim exclusão, desigualdades , violências e a falta de trabalho digno. O Estado nega a cidadania , pune a rebeldia e distribui entre as gangues e seus sócios o dinheiro publico que significaria vidas e não mortes no Brasil . 

Corrupção é quando alguém erra e o sistema pune. Porem a proteção por diversas formas de quem comete atos de corrupção transformando em disputas políticas e não em Justiça trata-se de outra Sociedade regida por acordos e não mais pelo Estado de Direito. Esta é a verdadeira Sociedade dos que vivem de roubar o Estado mas não foi montada apenas no Governo do PT talvez ela tenha 514 anos.

No Brasil cada um segue uma Lei diferente. Existe a Sociedade dos jovens pobres que estão morrendo na periferia, a Sociedade dos que roubam para comer e são a maioria entre 500 mil presos no Brasil, a Sociedade da classe média que paga os impostos e sobrevivi do seu trabalho e as Sociedades Politicas ou melhor Gangues partidárias de Direita e Esquerda que distribuem seus tentáculos pelo Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, Tribunal de contas,  Empresas/ Empreiteiras, Mídia e outros celebrando acordos entre si para enriquecerem à custa do Estado Brasileiro. Estas Sociedades Politicas são as Mafias Brasileiras e a corrupção e proteção dos seus suas leis.   

Estas raízes e segredos são tão profundos que não importa se um galho é cortado ou cai como no caso da Deleção da PETROBRAS. O que importa neste caso é como protege ou negocia alguns como políticos do PMDB para que eles cumpram as tarefas necessárias para as elites brasileiras ou os Governos de plantão. Portanto seus nomes não vão sair na imprensa porque eles negociam a tempo seu silêncio ou seus serviços. Quem acha que existe Congresso num Sistema como este? Só se a Máfia tiver Congresso , as regras são outras.


As famílias ou grupos aliados se dividem nos espaços para blindar um ao outro. Uns ocupam a fiscalização dos recursos públicos, outros o poder legislativo e executivo, alguns ficam com as empresas para fazer os negócios e lavar o dinheiro; assim uma teia de interesses e acordos forma uma outra sociedade não regulada pelas leis mas para criar suas próprias leis entre os que se beneficiam dos esquemas.

Chamar isto de Corrupção é o que eles querem para evitar dar nomes aos bois de todos os lideres envolvidos neste processo. Dizer que o Estado de Direito vai julga-los e puni-los é esquecer que o Judiciário também faz parte destas tramas e negócios. Transformar em problema político como se fosse PT ou PSDB é o sonho de consumo deles para esconder os outros e os lideres afinal quem mantem eles no poder são os esquemas.  Agora mostrar um mapa das famílias, pessoas, instituições e os negócios que fazem entre si, é tirar uma foto da Máfia para entender suas relações e os crimes que cometem.

A Itália para prender a máfia teve que enfrentar o crime organizado dentro de suas Instituições e as teias que ligam os poderes, negócios e os criminosos que matam quando se chega perto demais dos líderes. No Brasil a tarefa é começar pelas relações entre os poderes e os indicados numa ponta, os contratos e os negócios na outra, e no meio à imprensa e outros que cumprem o papel de tencionar estas relações quando acordos não são cumpridos ou quando resolvem disputar os mesmos espaços.



Porem no pais do Carnaval e do Futebol tudo isto acaba em festa regada por mulheres e drogas. Afinal as relações entre os Governos, Bancos e Mídia são intocáveis. O problema do Brasil em todos os Estados nunca foram os pobres e sim como se fabrica e protege ricos e políticos. 

Tudo é muito lindo a natureza, nossa música, elas escondem nossa podridão como Nação. As outras Sociedades dos jovens mortos, dos pobres, da classe media e outras são uma parte de um circo que tem que ser enganada todo dia pela mídia, políticos, e outros espetáculos para sustentar a Mafia mas o melhor seria lutar contra ela. Ah alem do Impeachment de Dilma tem que fazer ao mesmo tempo do Aécio, Beto Richa, Renan Calheiros, Pezão...tudo junto e misturado.     

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

SIM SENHOR FEUDAL – A SUBMISSÃO COMO CULTURA POLITICA.



Ninguém vê, ninguém escuta, ninguém pensa porque ninguém pode!

Todos obedecem. Sim! Senhor!

A submissão é a cultura que premia os que mais se submetem, muitas vezes os mais burros e pacatos cidadãos, concordam com tudo, cumprem tudo que lhes é mandado, silenciam sobre os erros, elogiam o obvio, vendem a alma.

Enquanto seus chefes riem com suas indignidades na forma como exercem o poder que não lhes pertence mas como herdeiros de partidos, famílias, dinheiro e outros são escravocratas e usam a força do dinheiro e do poder para aprisionar as capacidades de um país. 


No caso da política a submissão se mistura com a esquizofrenia dos políticos que vivem seus delírios, não enxergam o mundo real e fingem não ver o que fazem. Muitos políticos falam dos outros mas usam as mesmas praticas para manter seu poder. Todos se dizem democráticos menos nos seus feudos. Todos se dizem contra a corrupção mas protegem e nomeiam corruptos. São contra alianças espúrias mas se mantem no poder por elas. São contra pressões mas praticam sobre os mais fracos. Gostariam de ocupar cargos pelo que realizaram mas nos seus feudos beneficiam parentes, amigos, bajuladores, e fazem de tudo para que os resultados dos outros não aparecem, silenciam e se puder eliminam. 

No país da submissão das elites e das esquerdas tudo vira acordo. Começando pela política, passa pela economia, educação e arte. Não importa a luta, resultados, talentos, ideias e sonhos. Você se submete? se vende? Entrega tua vida, alma, sonhos para idiotas?

As consequências da submissão com Escravocratas no poder é que muitas vezes se passa por acontecimentos lindos e ideias inovadoras e ninguém vê porque todos olham para seus delírios de poder e a maioria não pode ousar diante dos chicotes.

Não se pode ter uma sociedade virtuosa diante de um Estado podre. O Estado é uma entidade viva em evolução , nutrindo responsabilidades e propósitos, mas como fazer isto na cultura da submissão ?


Se conseguirmos nos comunicar pelo menos pela razão avaliando os custos e os impactos das políticas públicas vamos ver que seus feitos são bem piores que a corrupção. Na verdade a origem é que as políticas públicas são feitas em sua maioria para eleger feudos, submeter pessoas, empregar eleitores, corrupção e pouco importa a vida das pessoas. Afinal são compreendidas como votos e os políticos na cultura da submissão se submetem aos seus chefes não ao seu povo. Falam em igualdade e cidadania mas deliram com suas obras esquecendo que estas questões independem delas pois elas estão na origem no reconhecimento e na democracia entre iguais. Porem se não existe nem nos Governos, nem nos partidos imaginem no cotidiano e no dia a dia das pessoas?

Agora quer algo pior que isto? Dizer a verdade, libertar escravos, denunciar a submissão, lembrar aos nossos reis e nobres que estão nus!


Quando as pessoas estão no poder não vê o que fazem nem elas mesmas se enxergam. A riqueza e o poder se herdam a inteligência não. Enxergar formas de empoderar e realizar pessoas, sonhos e ideias é romper com a submissão de baixo para cima. Acreditar e apoiar a capacidade das pessoas, suas rebeldias e sonhos é fortalecer o poder de líderes não escravocratas de direita e de esquerda mas líderes que são mais fortes e respeitados entre seus iguais capazes de construir um projeto de Nação e não apenas seu medíocre poder mantido por herança ou pela força à custa da submissão e vida de milhões de pessoas. 

domingo, 23 de novembro de 2014

A CARA DA VIOLÊNCIA – PROJETO TECNICO


1.       INTRODUÇÃO – Como funciona ?

Criamos uma Exposição A CARA DA VIOLÊNCIA para circular por vários ambientes distintos com públicos diversos visando interagir, registrar e pesquisar as várias percepções da violência. Conhecer de perto os autores de atos violentos, ver como as pessoas reagem aos programas policiais ou filmes editados em uma sequência de uma hora que mostram as violências e seus diversos personagens; e criar meios numa segunda e terceira tela para que pessoas diversas possam dialogar sobre as violências em suas vidas é o que buscamos.

Os lugares?

A Exposição circulara em Presídios, Terminais de ônibus, Escolas públicas e em Cursos de Arte. Ela é composta por 3 data shows e suas respetivos projetores e telas além de uma câmera que registra a percepção das pessoas sobre as imagens exibidas numa terceira tela.

O que filmamos?

A ideia central é que as imagens registradas em um dos ambientes possam ser mostradas em outras ao lado de filmes e programas policiais violentos. Esta síntese de filmes e programas policiais editados em capítulos de uma hora como uma serie também estarão disponíveis na internet. Sendo os últimos 20 minutos o registro das reações, percepções e comportamentos das pessoas que assistem as cenas de violência. O diálogo entre estas Caras da violência durante o processo vão sendo editadas para gerar o filme da exposição A CARA DA VIOLÊNCIA. O filme é o resultado de um mosaico digital de imagens de várias caras dialogando entre si sobre as violências em suas vidas formando uma só imagem. O objetivo é que partes deste filmes possam circular em celulares via WhatsApp.  

2       AS PESQUISAS DOS IMPACTOS DA INSTALAÇÃO A CARA DA VIOLÊNCIA

Estas imagens e cenas exibidas durante a exposição em vários lugares são expressões diretas da violência, refletem a brutalidade dos fatos sem narrativas para “explica-las”.  Uma sequência de uma 1 hora expondo uma variedade caótica, onde as violências se criam e reproduzem por variações múltiplas em nossas vidas e cidades. Como se elas tivessem uma sequência que dependesse de nossos atos? Como se tivéssemos que após assisti-las tivéssemos que expurga-las, sublima-las, gerar cartasses ou apenas nega-las, se anestesiar emocionalmente ou fugir? 
“De várias formas, incluindo a arte, nos também desenhamos a violência em nossas vidas e cidades. Cada um de nós, e não apenas os criminosos, somos a cara da violência” Este trecho do texto conceitual da instalação A CARA DA VIOLËNCIA nos convida a refletir e interagir com atitudes sobre as diversas violências que vivenciamos e suas consequências múltiplas sobre as caras e as vidas de outras pessoas.

As perguntas essenciais!

São três questionamentos que realizamos depois que as pessoas assistem os filmes.

1.       Quais as consequências destas violência em suas vidas e como você reage a eles ou não?
2.       Que atitudes violentas você assim como eles exerce em sua vida?
3.       Após assistir estas imagens o que mais lhe atrai? O que sente ou pensa sobre o que vê?

Os filmes e Programas de TV escolhidos.

Selecionamos apenas três filmes que por serem bastante conhecidos por se tornaram ícones pops de nossa cultura. O primeiro” Sin City “de Robert Rodriguez e Frank Miller, o segundo “Kill Bill” de Tarantino e o terceiro uma edição de lutas do UFC e programa policial “Barra pesada.

“Observamos neles personagens emergirem a ícones da cultura pop das novas gerações. Se eles foram criados pela arte do cinema ou são reflexos de pessoas reais que vivem no mundo do crime pouco importa. O que me interessa nesta instalação é saber por que eles nos atraem? O que eles despertam em cada um de nós? Quanto carregamos em nossos instintos da violência apesar de todo processo civilizatório, também forjado pela violência, das leis, cultura de paz e do valor que atribuímos a arte do belo que deveriam ser antídotos a violência.”
Acredito que durantes anos vários nossa sociedade planta e colhe vários símbolos da violência. Eles iniciam em uma escala cult que retrata histórias reais de nossa sociedade que vão se tornando práticas e comportamentos culturais até se tornarem símbolos de poderes inconscientes que se multiplicam como vírus e reações as doenças de nossa sociedade. 

3.  UMA SEGUNDA LINHA DE PESQUISA.

Esta é uma segunda linha de pesquisa buscamos entrevistar presos que assistiram estes filmes e que em determinados momentos de suas vidas foram significativos para suas ações. Por isso as imagens dos filmes se conectam com cenas dos criminosos em programas policiais. Eles nos ajudam a entender os processos sociais como pequenas sociedades se formam ao nosso redor com suas próprias éticas, leis e comportamentos. Como no caso das máfias, narcotráficos e outras.  

4.       REFERENCIAIS TEÓRICOS.

Por isso busquei fundamentar esta instalação em quatro livros que falam sobre abordagens e métodos de como lidar em situações como estas.

1.       O primeiro livro “ZEROZEROZERO” de Roberto Saviano autor de outro livro Gamorra que também gerou o filme com o mesmo nome. Ele retrata como o narcotráfico forma jovens para realizar assassinatos. Estes jovens são colocados em casas durante três meses assistindo filmes e jogando games violentos. Um deles assim que saiu cumpriu uma missão matou 15 pessoas numa operação. Ao ser preso ele disse ao Juiz sem sentimentos que tinha falhado na missão pois era para matar 12. Ela não fazia nenhuma diferença entre os filmes, Game e a realidade. 

2.       O segundo livro “A Psicologia vai ao Cinema “de Skip Dine Young retrata os impactos psicológicos em quem assiste filmes violentos em suas vidas.

3.       O terceiro livro” Altíssima pobreza “do filosofo Giorgio Agamben reflete das relações entre hábitos, regras e modos de viver. Discutindo pessoas que difundiram seu modo viver pelos seus comportamentos a outras pessoas como Francisco de Assis, Marques de Sade e outras. Eles nos ajudam a entender como novas culturas e comportamentos emergem e se tornam pop tendo as imagens e símbolos um importante papel mesmo que na época as pessoas tivessem que criar as imagens em suas cabeças hoje elas se reproduzem por milhares de telas.

4.       O quarto livro “O que é loucura? – Delírio e sanidade na vida cotidiana do psicanalista inglês Darian Leader reflete sobre o comportamento de pessoas consideradas normais e respeitáveis em nossa sociedade que em momentos de surto cometem assassinatos em série. 

5. INSTALAÇÕES COMO BBB REAIS

Portanto “Na instalação A CARA DA VIOLÊNCIA vamos registrar pequenas atitudes que em contextos de maior perigo, medo, necessidade, raivas, ou mesmo de disputa pelo poder, mulheres ou homens, sexo, dinheiro e outros nos transformaria em seres violentos e perigosos.” Esta exposição atua ou busca gerar um case para BBBs filmado na vida real aonde as quatro paredes são as nossa mentes. Afinal como podemos ajudar a expandi-la ao interagir com os diferentes sobre problemas comuns que compartilhamos em nossa sociedade. Sem culpados ou inocentes podemos ir além em redes sociais na vida real que gerem atitudes complementares e diálogos que nos despertem dos pequemos mundos e paredes que criamos para nos proteger as vezes de nós mesmos e de nossas violências. Muitos destes “jogos vorazes” de poder e do Capital que nos fazem de fantoches reproduzindo sua cultura e suas desigualdades brutais. 

O RPG DE OUTRAS SOCIEDADES COM SUAS REGRAS E PRÊMIOS.

“Sem hipocrisia hoje vários psiquiatras afirmam que em sociedades como a nossa a probabilidade de psicopatas chegarem ao poder em suas organizações tem sido cada vez mais maior e natural, que vença o mais forte, o que não tem sentimentos pela dor ou sofrimentos dos outros. E assim como filmes psicológicos retratam psicopatas como Haniball também se tornaram ícones pop. Cada vez mais este processo se propaga em outros filmes e personagens como Zumbis ou games como o GTA ocupando lugares centrais em nossa cultura. As caras dos lutadores no UFC nos revelam muito mais sobre a pós-modernismo das violências.

6.  A TERCEIRA LINHA DE PESQUISA DA INSTALAÇÃO A CARA DA VIOLÊNCIA.

Esta observação a partir do quarto livro gerou a terceira linha de pesquisa mais interdisciplinar em parceria com psicólogos e sociólogos que estão nos ajudando a partir dos depoimentos em identificar “origens” de comportamentos violentos que são difundidos pela cultura em serie com a criação e atualização de personagens que desempenham papeis centrais em nossa sociedade ou na criação de outras.

“Dentro de nossa Sociedade “oficial” outras sociedades tem ganhado cada vez mais espaço como a do narcotráfico que funcionam sobre outras regras, leis, violências, crimes, e impactos sobre nossas vidas e da sociedade oficial que vivemos. O narcotráfico entra no cotidiano das cidades e ser reverbera na vida de milhões de pessoas, na arte, no imaginário do poder, consumo, dinheiro e outros reduzindo as violências, crimes e vidas como meros efeitos colaterais sem importância e sem tempo a perder.”

7. A MEDIAÇÃO DA ARTE NESTA JORNADA DA EXPOSIÇÃO A CARA DA VIOLÊNCIA.

Acho que provocar experiências e reflexões é melhor do que decorar leis ou se adaptar as racionalidades que não foram sentidas ou expressas pelas pessoas. Ampliar o que o olhar pode enxergar para além de modelos preconcebidos ou configurados por sistemas que empurram de cima para baixo suas visões de mundo não tem sido boas opções. Aprender a enxergar e conviver com o outro diferente é um desafio coletivo cada vez mais urgente. Afinal não existe uma Cara mais milhões de caras das violências que podem ser reduzidos não apenas a personalidades mas alguns comportamentos multiplicados em series.

“Na minha visão a arte tem um papel de expressão e mediação diante destes desafios em nossas vidas e cidades. Antes dele serem expressões corporais são políticas, estéticas, econômicas, e culturais, mas exatamente o que isso quer dizer?

Quantas caras a violência tem? Incluindo a nossa em nossos comportamentos? Elas conseguem dialogar entre si? Conseguimos compreender este fenômeno complexo que a violência se torna cada dia mais? A arte ou uma Educação ética, estética ou política pode reduzir a violência nas cidades não só entre pobres mas entre ricos também?”

8. CONCLUSÕES: AS DIMENSÕES ARTÍSTICAS, PSICOLÓGICAS E POLITICAS DAS CONCLUSÕES TRAÇAM TRAJETÓRIAS AONDE AS INSTALAÇÕES TEM UM PAPEL PEDAGÓGICO NA DIFUSÃO DE ESTÉTICAS, ÉTICAS E QUESTIONAMENTOS DAS FORMAS DE VIVER VIOLENTAS. 

Assim como observamos uma pincelada de Bacon, uma cena de Tarantino, um ato numa peça de Teatro podemos observar estes “detalhes” no cotidiano. E ver como eles são produzidos socialmente, politicamente, culturalmente e outras dimensões da vida.

A Pedagogia das Instalações.

As Instalações são laboratórios pedagógicos em processos complexos e sistêmicos como este por seus múltiplos olhares e interações que ocorrem despertando não apenas o pesquisador mas o que compartilham desta experiência. Estes processos de aprendizados coletivos fazem com que possamos no enxergar no outro, nos despertar de nossas crises e silêncios pelas imagens que não cabem em palavras e nem em conceitos. A mudança ou acupuntura em nossos comportamentos não precisam ser precisos pois as cirurgias sociais não acontecem em uma parte do corpo mas sim nos chamados sistemas ou como o cinema chamou de Matrixs.    


“As reconfigurações das sensações, dos olhares, palavras, comportamentos traduzem a violência no cotidiano, nas artes, nos desejos, na política, cultura, consumo ou em qualquer meio que ela possa se propagar e expressar suas formas. Registar e interagir com estes indícios no momento em que se produzem e por vários meios como ao assistir um filme violento, nos terminais de ônibus ao pegar um ônibus lotado, nas escolas, no convívio entre assassinos nos presídios, nos amores e ciúmes, na disputa política pelo poder, na guerra dos traficantes, na luxuria e desperdício dos ricos, nas incapacidades de amar e sentir os sofrimentos dos outros, e na busca de apreender o bem e o belo podemos registrar AS CARAS DA VIOLÊNCIA. E mais do que isto podemos ver as reações, opiniões, Caras dos que assistem e compartilham estes vídeos e ou experiências realizadas em locais públicos.

Desta forma um terceiro olho pode registrar esta dinâmica de culpados e inocentes, das relações que nos formam e deformam, do lado silencioso que não conhecemos até explodir e deixar suas marcas e consequências em nossas vidas e cidades.

Sim devemos apreender a dançar com a violência obedecendo em primeiro lugar seu ritmo para conhecê-la, apreendê-la, observa-la e perceber como ela se constrói e se desfaz, afirmá-la e negá-la em sentidos e contextos diversos. Não ter medo de olhar sua cara nem a nossa, não negando o lugar e a cultura de onde vivemos, talvez possamos ajudar a transformá-la. “


Os caminhos no Labirinto se conectam em Instalações de várias dimensões da vida.

Portanto na Instalação formam-se caminhos em labirintos cada vez mais densos de acontecimentos e explicações lineares que ao invés de curar aponta as armas e as diversas violências para outros inimigos, culpados, doentes e outros.

Hoje se consome a violência como um produto cada vez com mais valor nas diversas sociedade que vivemos nas empresas, politica, nas relações sociais, crimes, drogas ou na solidão dos filmes e games como meros espectadores sem voz.  Precisamos escutar e ver as singularidades das multidões que nos atravessam e nos transformam. A Arte pode nos libertar muitas vezes mais do que as políticas ou as armas.  

sábado, 22 de novembro de 2014

Amor, Política e Juventude...Sexo, Drogas e Rock Roll.



As ninfas se escondem nos jardins enquanto jovens esvaziam seu corpo de sentimentos, se drogam e cantam suas dores. As ninfas estão reunidas discutindo a política do paraíso encantando jovens para jornadas de vida mais magicas e menos chatas.


Porem para conquistar novos líderes para os desafios de nossa Terra, ela tinha apreendido que tinha que fazer amor no meio de manifestações antes de começar o show de Rock. Agora as luzes estão cada vez mais coloridas a grande maioria dança só com sua incapacidade de amar e a maioria são drogadas ao invés de se drogar como antes. Tudo muito veloz e insano como vamos ver as ninfas paquerar?

A sedução começa com uma injustiça misturada com revolta enquanto a gente é novo e brilha como louco como canta Pink Floyd.  No meio de tantos crimes, tráficos, corrupções, prisões, publicidades desleais que consomem nosso ser, anestesias emocionais, medos e fugas afinal que visão e sonhos podemos ter do paraíso? Como posso amar de verdade está Ninfa chamada juventude política que diz que as coisas vão mudar? Se são muitos destes jovens que se profissionalizaram em mentir sobre os sonhos de uma geração enquanto pensam em seus projetos egoístas de poder? Transformando tudo em dinheiro, grupos que operam como gangues, sem ideias nem sonhos, apenas ostentações mediadas pelas redes sociais, dinâmicas de adulação ao poder que nos deixa saudades do sexo, drogas e rock roll.

As Ninfas se revoltam cansadas de sorrisos enferrujados, de fotos vazias que se repetem como um câncer, das ilusões capazes de negar a realidade esquecendo os votos dos amores não correspondidos. Afinal quem são estes jovens que dizem fazer política dos bares e amar as coisas sem respeitar as pessoas?

Enquanto nas Florestas e cidades durante os espetáculos , os circos começam a pegar fogo , e no meio das chamas são forjados novos líderes. Eles estão apreendendo a voar presos ao amor as ninfas em busca de amores coletivos. As suas preces são as injustiças que nos convidam a lutar. Será que vamos construir outros muros?  Serão eles candidatos a algo ou ocuparam cargos públicos? Conseguiram transformar a vida de pelo menos uma pessoa? Enxergar o amor, os coletivos dos que não conhecemos nem são nossos amigos, a política das Ninfas dos Direitos e da Cidadania que encantam milhares de jovens a quem são negados o amor ao saber, as causas, aos talentos, a arte, e as várias políticas públicas em suas vidas.  


Estou triste por enxergar tantos jardins, ninfas e paraísos enquanto a cegueira do poder nos enxerga como disputas a travar, pessoas a acorrentar, formas de enriquecer, e no silêncio destas dores enxergo outros amores de outras gerações. Entre Sexo, drogas e Rock Roll nos perguntamos o que sobrou pois dessa cinzas podemos gerar os antídotos de nossas fraquezas.

Este é o nosso caminho correr atrás do sol, dos amores, dos sonhos, das causas, das injustiças e ter algo novo a dizer para aqueles que não acreditam mais nas Ninfas. Fazer da política uma música, como canta Muse uma resistência ou uma boa loucura de amor, uma simples poesia onde se mistura a luta e a trajetória de vários jovens, os seus gritos e novidades tecnológicas para criar novos jardins onde nus dos poderes que nos criaram as Ninfas não tenham vergonha de tirar suas roupas e nos amar.


O Paraíso habitados por anjos da história onde as revoluções podem acontecer a qualquer momento. E quando menos esperar uma revolta, uma denúncia, um novo governo pode anunciar que as regras mudaram que pelo menos desta vez seus pobres acordos não significam nada. A história nossa aliada como sempre resolveu escutar as ruas. E quem vai ficar olhando o brotar de novas sementes ideias que florescem e multiplicam os jardins e as Ninfas em nossas vidas ? Se finalmente enxergamos a luz de que precisamos do amor a politica para transformar monstros em Ninfas. 








segunda-feira, 17 de novembro de 2014

INSTALAÇÃO A CARA DA VIOLÊNCIA! - texto conceitual.


Os Desafios da violência necessitam de respostas criativas e não mais do mesmo em serie. Transformar a energia da violência em paz significa potencializa-la em outras direções para transformar os ambientes e as vidas que a compartilham. A arte é essencial nas várias dimensões e níveis deste processo.  

Dizem que a violência é instinto mas também a arte desde que pintamos as cavernas. Algumas artes descritas por Deleuze como do pintor Francis Bacon são expressões diretas da intensidade da violência sobre uma imagem. Ela expõe a brutalidade dos fatos contra narrativas. A variedade caótica dos fatos e sentidos. Onde a violência se cria e reproduz por variações múltiplas em nossas vidas e cidades.

Cercados hoje como estamos diante de catástrofes e histerias com o aumento da criminalidade e da violência, cada vez mais somos inseridos neste contexto ao vivenciarmos algo, assistirmos ou pelo medo. De várias formas, incluindo a arte, nos também desenhamos a violência em nossas vidas e cidades. Cada um de nós, e não apenas os criminosos, somos a cara da violência.

Em filmes como Sin City de Robert Rodriguez e Frank Miller assim como nos filmes de Tarantino observamos personagens emergirem a ícones da cultura pop das novas gerações. Se eles foram criados pela arte do cinema ou são reflexos de pessoas reais que vivem no mundo do crime pouco importa. O que me interessa nesta instalação é saber por que eles nos atraem? O que eles despertam em cada um de nós? Quanto carregamos em nossos instintos da violência apesar de todo processo civilizatório, também forjado pela violência, das leis, cultura de paz e do valor que atribuímos a arte do belo que deveriam ser antídotos a violência.


Na instalação A CARA DA VIOLÊNCIA vamos registrar pequenas atitudes que em contextos de maior perigo, medo, necessidade, raivas, ou mesmo de disputa pelo poder, mulheres ou homens, sexo, dinheiro e outros nos transformaria em seres violentos e perigosos. Sem hipocrisia hoje vários psiquiatras afirmam que em sociedades como a nossa a probabilidade de psicopatas chegarem ao poder em suas organizações tem sido cada vez mais maior e natural, que vença o mais forte, o que não tem sentimentos pela dor ou sofrimentos dos outros. E assim como filmes psicológicos retratam psicopatas como Haniball também se tornaram ícones pop. Cada vez mais este processo se propaga em outros filmes e personagens como Zumbis ou games como o GTA ocupando lugares centrais em nossa cultura. As caras dos lutadores no UFC nos revelam muito mais sobre a pós-modernismo das violências .

Dentro de nossa Sociedade “oficial” outras sociedades tem ganhado cada vez mais espaço como a do narcotráfico que funcionam sobre outras regras, leis, violências, crimes, e impactos sobre nossas vidas e da sociedade oficial que vivemos. O narcotráfico entra no cotidiano das cidades e ser reverbera na vida de milhões de pessoas, na arte, no imaginário do poder, consumo, dinheiro e outros reduzindo as violências, crimes e vidas como meros efeitos colaterais sem importância e sem tempo a perder.

Na minha visão a arte tem um papel de expressão e mediação diante destes desafios em nossas vidas e cidades. Antes dele serem expressões corporais são políticas, estéticas, econômicas, e culturais, mas exatamente o que isso quer dizer?

Quantas caras a violência tem? Incluindo a nossa em nossos comportamentos? Elas conseguem dialogar entre si? Conseguimos compreender este fenômeno complexo que a violência se torna cada dia mais? A arte ou uma Educação ética, estética ou política pode reduzir a violência nas cidades não só entre pobres mas entre ricos também?


As reconfigurações das sensações, dos olhares, palavras, comportamentos traduzem a violência no cotidiano, nas artes, nos desejos, na política, cultura, consumo ou em qualquer meio que ela possa se propagar e expressar suas formas. Registar e interagir com estes indícios no momento em que se produzem e por vários meios como ao assistir um filme violento, nos terminais de ônibus ao pegar um ônibus lotado, nas escolas, no convívio entre assassinos nos presídios, nos amores e ciúmes, na disputa política pelo poder, na guerra dos traficantes, na luxuria e desperdício dos ricos, nas incapacidades de amar e sentir os sofrimentos dos outros, e na busca de apreender o bem e o belo podemos registrar AS CARAS DA VIOLÊNCIA. E mais do que isto podemos ver as reações, opiniões, Caras dos que assistem e compartilham estes vídeos e ou experiências realizadas em locais públicos.

Desta forma um terceiro olho pode registrar esta dinâmica de culpados e inocentes, das relações que nos formam e deformam, do lado silencioso que não conhecemos ate explodir e deixar suas marcas e consequências em nossas vidas e cidades.

Sim devemos apreender a dançar com a violência obedecendo em primeiro lugar seu ritmo para conhecê-la, apreendê-la, observa-la e perceber como ela se constrói e se desfaz, afirmá-la e negá-la em sentidos e contextos diversos. Não ter medo de olhar sua cara nem a nossa, não negando o lugar e a cultura de onde vivemos, talvez possamos ajudar a transformá-la. Não com a cara de anjos, Deuses ou mágicos mas usando a própria arte para expressar nossas violências e nos tornar conscientes e inconscientes delas.



 

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A CAPITAL DA JUVENTUDE!

Procura-se revolucionários por favor enviar currículo. 
Perfil : Katniss Everdeen.
Missão : Servir como simbolo de uma revolução iniciada no Distrito 40 visando conquistar a Capital para Juventude. A Heroína esta disposta a lutar por uma causa e canalizar a energia de várias tribos de jovens para serem vitoriosos em suas vidas e nas cidades que vamos construindo na jornada.  

Como canalizar a energia virtual da juventude gasta em celulares, bebidas, festas e outros para transformação de suas vidas e cidades? Fortalecendo a Economia e o Desenvolvimento humano.

Como a juventude pode em sua cidade se conectar com mundo através de projetos e desafios comuns com jovens de outros países? E ao invés de ficar perdido sem objetivos, fugindo com medo de responsabilidades, desenvolver suas capacidades para construir sua capital humana, social, espiritual, tecnológica, politica, ambiental, cultural e seus diversos relacionamentos e redes com parceiros, família, amigos e a busca do amor.

Como ele pode conquistar Desafios e objetivos, com o poder de realiza-los liderando e unindo outros jovens capazes de construir outra MATRIX para suas vidas e cidades.

Como construir uma Economia Jovem capaz de sustentar estes projetos? Como fazer com que nesta cidade circule uma moeda jovem capaz de realizar objetivos e planos de vida destes jovens gerando sua inclusão econômica e social?

Ao mesmo tempo que vão construindo em cada cidade a sede física e o portal na internet de auto-gestão desta jornada de forma sustentável e com grandes impactos mensuráveis?

Lógico que nesta jornada eles vão passar por um processo de formação ética, estética e política baseada em vivencias e desafios coletivos da cidade e complementar ao que apreendem nas Escolas e Universidades. Eles serão capacitados para enfrentar os desafios que encontram no caminho.

Vão gerando assim sua cultura buscando difundi-la em músicas, teatro, vídeos e danças. Nesta jornada os jovens vão liderar projetos sociais em várias comunidades ajudando crianças e idosos a serem mais felizes. Sendo liderados por princípios de Democracia Direta com a participação ativa de cada um deles nas decisões. Cidadãos globais que se conectam entre suas capitais e comunidades na Terra.

Agora empreenda conosco as sedes das Capitais da Juventude. Shoppings do Bem onde os alugueis e venda de espaços para lojas e empresas servem para pagar o custeio de funcionamento da sede e investimentos em projetos e organizações de juventude. Cada uma delas atua em várias áreas temáticas do Shopping realizando objetivos dos planos de vidas dos jovens que potencializam suas cidades. Sendo estas as áreas temáticas: Empreendedorismo & Trabalho, Educação, Social, Política, Ambiental, Cultura, Ciência & Tecnologia, Espiritualidade, Esportes, Lazer & Diversão, Mídia, e Psicologia & relacionamentos. 
  
Nestas áreas temáticas cada uma delas tem metas de jovens a ser atendidos e são remuneradas em escala e pela troca de serviços entre os projetos e organizações de juventude através da moeda jovem que circula no Shopping e parte dela pode ser convertida em real no Banco Jovem. Por esta razão no Shopping temos lojas, restaurantes, supermercados, e outros que injetam parte do capital através de seus aluguéis e em parceria com o Poder público, Empresas, Cooperação internacional, ONGs, Universidades que apoiam os projetos dos jovens e financiam espaços comuns gratuitos como Academias, Esportes, Bibliotecas, Bicicletas e Cinemas.


A Agência de Desenvolvimento da Juventude é o órgão tripartite que administra este Shopping. Ela realiza as oficinas de planejamento de vida dos jovens, seleciona projetos, pessoas e organizações que vão fazer parte do Espaços temáticos, gerencia a moeda e o Banco Jovem, administra o Portal/ Game na internet, sensibiliza e capacita os jovens para Jornada de Vida, coordena o processo de Democracia Direta para tomada de decisões, cria e apoia Núcleos nas comunidades, Distritos e cidades próximas que são interligadas pela Capital da Juventude.

A agencia de Desenvolvimento Jovem gerencia a Capital da Juventude que é a Sede do projeto e Shopping do Bem sempre realizando o planejamento e gestão, acompanhando as trajetórias de vida dos jovens e os diversos impactos alcançados em suas vidas e nas comunidades. Sempre lembrando o poder da imaginação em construir novos caminhos, ideias, projetos sociais, cidades, novas mídias, culturas, tecnologias, saberes, negócios, lazeres , preservando a natureza transformando-os em metas e objetivos na vida de cada jovem capaz de transformar sua cidade para sua inclusão econômica e social.


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

AS CIDADES TIPO MARACANAÚ E REDENÇÃO - POR UMA VISÃO 360 GRAUS.


Hoje um site em Porto Alegre mobiliza pessoas para construírem juntas soluções para problemas que compartilham em seu cotidiano com muito mais energia que a Prefeitura. São desafios coletivos que funcionam como equações que necessitam da complementariedade de ações de vários segmentos da sociedade para alcançar os resultados e os impactos esperados.

Este caminho é bem melhor que esperar que o Poder publico resolva porque no mínimo gera pressão política para aqueles que não conseguem pensar o coletivo, o publico e as cidades mas que infelizmente são políticos eleitos pela corrupção e força tratando o sofrimento do povo como ervilha diante de tantos delírios e prioridades inconfessáveis em que se transforma o poder publico.

Estas pessoas da sociedade que se unem em torno de desafios coletivos são lideres da Sociedade civil que resolvem transformar vidas. Empreendendo projetos com soluções muitas vezes inovadoras e metas possíveis plantando sementes de qualidade na construção da cidadania na vida de uma cidade.

Um processo bem diferente do que acontece em cidades tipo Maracanaú onde o Prefeito e vereadores vivem num condomínio fechado cercado por muros altos distantes da vida da maioria dos que dizem representar. Uma cidade em que a maioria, 60% tem menos de 30 anos, moram em bairros sem ruas, sem espaços de lazer para juventude, sem cidadania e dignidade que é onde deveria ser gasto o dinheiro publico.

Uma cidade que sustenta uma rede de políticos mas que sofre com falta de mobilidade, violência e até mesmo a incapacidade de apoiar pequenos empreendimentos que gerariam trabalho para juventude ou empresas que se conectem as cadeias produtivas existentes no Distrito Industrial. Maracanaú é a segunda cidade em arrecadação de impostos no Ceara, mas deve ser a única a ter um Distrito industrial no Brasil onde trabalhadores morrem atropelados em ruas escuras, sem segurança e proteção no Distrito e com poucos ou nenhum transporte publico nos lugares que as pessoas necessitam ir trabalhar todos os dias.

Porem esta mesma Prefeitura que não faz o básico consegue pensar o absurdo de um Estadio de futebol no centro da cidade ao lado de um rio na avenida principal! Em qualquer cidade um Estadio por questões de mobilidade e outras não pode ficar no centro. Ela não consegue lidar com as várias realidades que a compõe como o Alto alegre abandonado e as diferentes necessidades dos que vivem no Jereissati ou Pajuçara. Em Maracanaú tem o Metro que pode ser expandido em horários, tem Escolas profissionalizantes que tem um papel vital no desenvolvimento de uma geração, o CÉU, a Policlínica, a Construção de um Hospital regional, além da duplicação da CE que tem profundos impactos sobre o desenvolvimento desta Cidade.

Cidades tipo Maracanaú necessitam que a Sociedade civil se organize numa Política 360 graus capaz de lidar com suas Diversidades de comunidades e Desafios em várias áreas capazes de integrar seus vários problemas e os segmentos como Juventude, Empresas, ONGs, Escolas, Comunidades, Igrejas e outros para pautar os Governos Municipal , Estadual e Federal de suas reais demandas. Construindo uma Visão estratégica e sistêmica da cidade e não a reduzindo a grupos de interesses privados ou demandas políticas pessoais.
Esta Sociedade civil precisa organizar sua Mídia, Projetos, Encontros, potencializar e educar novas lideranças com uma visão e estratégia 360 graus. É preciso entender a Historia destas cidades e de suas desigualdades, imaginar uma cidade que hoje não conseguem imaginar devido as brutalidades, violências, corrupções, medos que os impedem de lutar e construir sua cidade e comunidades. Necessitamos iluminá-las a luz de novos desafios coletivos para nossas vidas e as futuras gerações serem maiores que seus destinos empobrecidos e roubados por velhos políticos que confundem poder com mediocridade. As pessoas tem o direito de governar suas vidas e cidades de baixo para cima e conquistar novas formas de viver e serem felizes independentes das incapacidades de seus políticos. 

Afinal que cidade podemos apreender a desenhar com nossos filhos em nossa vidas ? 

O que podemos apreender com os Simpsons e suas ironias com os políticos para mudar nossa forma de pensar comportamentos públicos ? Talvez o mesmo que Robert Darnton nos ensina sobre os comportamentos da nobreza que antecederam a Revolução Francesa e foram divulgados pelos livros e artes proibidas na época mas que hoje são popularizados pela internet em blogs. 


sexta-feira, 31 de outubro de 2014

O PODER DO ESCRITOR EM TRANSFORMAR A SOCIEDADE E A POLITICA!

Como diria Saviano “ Uma vez aberta as páginas de Emile Zola ou Victor Hugo, não é possível voltar atrás. É difícil dar um passo atrás quando se tem consciência de algumas ideias, fatos e reflexões sobre os efeitos da politica em nossas vidas. Se pudéssemos quantificar o dano causado aos poderes pelos olhos que conhecem, pelas pessoas que querem saber, e pelas perguntas que geram ? Detenções, prisões, e tribunais valem a metade da metade em relação ao perigo que pode ser gerado por conhecer os mecanismos, as histórias, os fatos, por sentirem como a má política destroem sociedades.


O mundo que compartilhamos foi desenvolvido por alguns ingredientes que surgiram em várias partes do mundo como a Revolução Francesa e o contrato social de Rousseau, ideias que ainda usamos na política que foram pensadas há mais de 200 anos atrás, o Capitalismo que emergiu em Manchester na Inglaterra com suas Fabricas, Bancos e desigualdades observados por Marx como o Trabalho infantil, as periferias, e as diversas violências, o petróleo e suas guerras no Oriente médio, e lógico as Ciências na Europa e várias tecnologias como o Computador, a Mídia, os Remédios, o Aço, que se misturam com a Internet nos EUA, e alguns itens destrutivos como a Cocaína na Colômbia, as armas, alem dos futuristas como a Robótica no Japão e outros. Cada um destes ingredientes são fermentos ou energias que modelam o mundo em que vivemos. Remover estes ingredientes do mundo, arrisca-se a murchar e decrescer o mundo. Por isso a sociedade precisa de novos para o mundo se mexer e continuar a crescer. Estes ingredientes foram gerados por líderes e pensadores muitos de fora do sistema oficial político que a partir de singularidades únicas conseguiram difundir suas ideias e conquistar o mundo sem o Estado. E assim ainda hoje em cada cidade ou País pode emergir uma inovação que altere a história e os caminhos da humanidade. Uma das missões dos escritores e agora também dos cineastas é nos contar estas histórias e nos encantar por diversos ângulos para nos convencer e despertar a participar destas transformações que não deixam de acontecer a todo momento.

Enquanto isso aonde estão as grandes inovações e transformações na política pública ou mesmo nas iniciativas privadas que ofertam serviços coletivos? Ou em nossos sistemas de ensino privado aonde nossos filhos estudam ? e na saúde ? e na mobilidade? Vejo escolas privadas reunirem os melhores alunos para ampliar suas aprovações mas não falam que para a grande maioria dos seus alunos as aprovações e o ensino piorou para levar mais recursos para os “melhores” e garantir a falsa propaganda . A culpa é do garoto ate no lugar onde devia apreender ? Vejo no mundo se falar em saúde pelo número de atendimentos, equipamentos, remédios mas não geram mais saúde para todos que talvez exigisse menos investimentos porem não focados nas doenças e sim na qualidade de vida, alimentação, esporte, lazer e outros. Enquanto as inovações aumentaram em todas as áreas , elas tem dificuldades em acontecer na política porque as histórias a ser contadas infelizmente são outras! Na política os custos aumentam e os impactos se reduzem na vida da grande maioria das pessoas porque cada vez mais os investimentos visam lidar com as consequências e não com as causas.





O poder e políticos tradicionais sempre tentaram negar a coragem criativa, o novo, o original, o difícil, o estranho oriundos desta busca incansável pelas mudanças com apoio dos acasos e das causas. Eu como escritor busco entender porque as inovações são difíceis de acontecer na política? Porque muitas vezes não temos boas histórias para contar, a gente vê uma coisa e atrás vem outras cem, e devemos ir adiante e escavar o que acontece no lugar disto já que em todas áreas da sociedade mesmo com dificuldades passam por grandes transformações. Ai você percebe que sua luta é no estomago, até quanto ele aguenta escavar e revelar os podres de uma sociedade política vendida como digna e honesta mas que se revela por suas brutalidades, forças e roubos. Como tudo está ligado principalmente no poder basta poder ver os nós que mantem as coisas juntas. E cada nó reclama uma história a contar que exigem ser trazidos a luz. E cada história política é muita parecida com a do crime ela tem dentes e unhas, mordem, arranham e em muitos casos matam. Revelam as dores da alma, as inquietações, nunca a paz, na luta pelo poder. Muita gente não compreende como garotos de 12 a 19 anos se transformam em assassinos hoje no trafico de drogas. Eu tenho dificuldade de compreender como ladrões e psicopatas se transformam em políticos e ainda tem orgulho disto não importa o preço que a sociedade paga por seus delírios. Grande parte dos miseráveis e da violência em nossa sociedade é de responsabilidade de muitos de nossos políticos que inclusive negam oportunidades, inovações e pensamentos diferentes simplesmente por que não controlam. Não importa as vidas , os custos cada vez mais altos das ineficiências e ausência de impactos das políticas mas apenas os jogos de poder controlados por quem diz o que pode ser feito, por quem e como.

Felizmente vivemos num mundo em que cada vez mais todas certezas são mutáveis e podem se transformar no seu contrário desde que venha a luz. A Sociedade não tem noção dos monstros que a associação entre o crime e políticos estão se transformando mas escrever sobre eles podem despertar de seus sonos profundos do poder. As perguntas vem do abismo dos meios de conquistar o poder e da sujeira da lavagem de dinheiro com as feridas que elas provocam na sociedade. Nada é mais poderoso do que ler estas histórias. Ler é um ato perigoso porque da forma e dimensão as palavras, encarna-as e espalha em todas direções. Conhece-se o vínculo entre a política e o dinheiro. Conhecer é começar a mudar, porque podemos compreender em como se situar diante dele. E como romper grilhões. As palavras são ações, são tecido conectivo. Somente quem conhece estas histórias pode se defender destas histórias e montar uma rede de resistência.



Se livrar da má política favorece o crescimento ético, estético e espiritual de um povo. Na política muitas vezes falta cérebro e quanto mais burros e obedientes melhor. Muitas pessoas de uma cultura geral, honestidade, aspirações, atividade mental e virtude humana se afastam da política erroneamente pois sofrerão todas as consequências. Estas pessoas são bem superiores a muito dos canalhas envolvidos e subservientes aos Políticos ou pior aos conservadores que ali estão para proteger seus interesses. Muitos dos políticos pregam a liberdade e a igualdade mas não a seguem. Esquecem as pessoas para confundir as massas com a ideia do Estado.

A este políticos escrevo histórias extremamente arrogantes, extremamente independentes, nos quais exerço uma perigosa liberdade de pensamento visando ridicularizar tiranos. Porque muitas vezes mais do que o dinheiro ou qualquer produto uma boa história é mais importante para alimentar nossas vidas e transformar a sociedade. O escritor deve se desenvolver de forma livre e escrever é uma forma de lutar e libertar mentes escravas de podres poderes.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

UMA JORNADA DE VIDA NAS COMUNIDADES INDÍGENAS NA AMAZÔNIA!





















INTRODUÇÃO:

Pouca gente talvez saiba que os piores Índices de Desenvolvimento Humano do Brasil se encontra nas comunidades indígenas na Amazônia afetando a vida de milhares de mães e seus filhos além da violência entre jovens que provocam lutas entre si até a morte em zonas sem nenhuma presença do Estado.

No meio da Guerra na Bósnia o vocalista da Banda U2, Bono Vox, propôs um improvável concurso de beleza para escolher a Miss Sarajevo. Isto para nos lembrar que mesmo nos piores lugares e momentos da história existe sempre algo lindo a nossos redor para se olhar e aprender com sua beleza.
Este é o sentimento que nos move para realizar uma jornada de sabedoria sobre a vida na Amazônia. Compreender como no meio do pulmão do mundo a natureza está sendo destruída e com ela a vida de milhares de pessoas que resistem com suas lutas e comunidades ao nosso modelo de Capitalismo Selvagem.

Por isso vamos realizar uma pesquisa com as mulheres e as crianças para conhecer de perto as condições de como a vida está sendo gerada na mãe Terra entres seus filhos mais excluídos. Vamos também realizar um ensaio fotográfico que possa tornar visível para todos estas dores e alegrias de quem compartilha com a Amazônia nosso destino como humanidade.

Porem nossos maior objetivo é que jovens universitários brasileiros e americanos possam compartilhar esta Jornada realizando as pesquisas, apoiando ações em apoio as comunidades indígenas em parceria com órgãos públicos, e serem certificados como Mensageiros da Transformação Sócio Ambiental.


Estes jovens antes de compartilhar esta Jornada receberam em Fortaleza uma formação Teórica vivencial sobre as questões críticas globais que afetam a justiça social e a sustentabilidade do planeta, vivenciaram tecnologias sociais que podem ser uteis nas comunidades e apreenderam sobre os desafios do Desenvolvimento Humano nas comunidades indígenas na Amazônia.