Inventar novos lideres para
infinitas possibilidades.
Sim podemos inventar novos líderes
para nossa sociedade porém esta liderança tem que ser conquistada
numa jornada de formação humana que o capacite a ser ponte entre os
desafios coletivos que hoje enfrentamos. A tarefa não é simples,
este ser só torna possível o equilíbrio mínimo das diversas
forças e interesses em nossa sociedade, se ele for sustentável em
sua compreensão das diversas dimensões da vida como a econômica,
política, social, educacional, ambiental, artística, espiritual e
outras além dos jogos de poder que impactam em nossas vidas e desta
busca constante pelo sonho, futuro e valores que podem unir a todos.
São raros e preciosos como diamantes mas precisam ser lapidados pela
formação, experiências e histórias de vida.
Hoje o mais difícil diante de
tantos “modelos de liderança” é descartar e denunciar alguns.
Por exemplo se torna cada vez mais fácil conquistar adeptos com
dinheiro ou pela força devido as condições brutais e desiguais de
nossas cidades. O pior é que entre as pessoas que buscam projetos de
vaidade ou conquistas de interesses a qualquer preço o caminho é
muito fácil. Se usam jogos de poder para gerar intrigas e lideres
conciliadores sem propósitos que abre mão de enfrentar os
problemas, se vendem ameaças fictícias como reais para levar todos
aos extremos, propaga-se a violência como arma de sobrevivência e o
mais bruto como líder da selva, divulga-se mentiras para apagar e
reconstruir histórias como um conto de fadas aptos a enganar a bobos
que não enxergam o que se reduz a propaganda que nunca se
realizou.Diante deste jogos como podemos voltar a acreditar em algo?
Primeiro desaprender os esquemas da
mídia, política, educação ou de lideres que interpretam estas
histórias por nós para que o mundo esteja aberto a outras soluções
e infinitas possibilidades. Viver experiências aonde se pode escutar
os que não tem voz, em que se pode ler o não lido, lidar com as
tensões de onde surgem novas vontades e desejos. Elevar cada ser
mais alto que a si mesmo para que eles possam se enxergar e ir além
de si mesmos possibilitando que cada um de nós chegue a ser aquilo
que é, a partir da formação e transformação daquilo que somos
juntos como sociedade.
Neste horizonte precisa desenvolver
seu próprio currículo na jornada. Compreender pelo Direito a ideia
de ordem deste mundo porém ao mesmo tempo temos que enxergar a
trajetória dos outsiders que geram outras ordens independentes dos
Governos e Judiciário pelos caminhos da tecnologia, das crises
ambientais e sociais, de novos saberes, da arte e milhares de
injustiças que arrebentam as ordens de baixo para cima em novas
liberdades e formas de viver, ser, imaginar, o que antes era
desordens.
Sim as pessoas precisam ser
seduzidas pelos lideres com suas infinitas possibilidades e diversas
visões de mundos. Neste novo currículo de um ser sustentável é
preciso ousar e viver as várias dimensões da vida econômica,
política, social, educacional, ambiental, artística, espiritual e
lidar com os desafios e questões sistêmicas que se formam entre
elas definindo novas ordens. Eu preciso entender meu corpo pela
medicina ao compreender a natureza pelas ciências ambientais, o
corpo que me forma e do qual sou parte. A Psicologia pelas relações sociais que constroem o ser estudadas pela Sociologia e ela pela personalidade que configuram suas relações na Sociedade ,
a Robótica pelo Designer e a Arte que nos redesenha atribuindo novas funções e
sentidos todos os dias, a Economia pela Administração de cada
atitude que gera a Economia e impacta sobre a Administração num processo de Feedback cíclicos, enfim a Historia se inscreve por várias
pedagogias que contam suas histórias e filosofias nas diversas dimensões da vida. Desta forma se podermos
vivenciar este saberes em novas resistências, outsiders, tecnologias
sociais e realidades múltiplas que emergem ao nosso lado, poderemos
apreender rápido na medida que potencializamos nosso ser diante da
diversidade de desafios, saberes e soluções interagindo com elas.
Nós somos os livros que lemos e as
experiências que vivemos mas tem algo mágico que transcende tudo
isto, o acaso, as incertezas e as novidades. Aonde podemos
interromper coisas que fazemos e desviar por novos caminhos,
desrealizar o real e criar o ideal, se abrir ao desconhecido, se
transformar como ser e coletividade, reinterpretar os livros e as
experiências, abandonar as seguranças do mundo que nos prendem
incluindo nossa própria identidade.
Buscamos lideres mais plurais e mais
abertos, com menos acordos e menos consensos, escapando de
totalidades e sínteses, valorizando as diferenças de interpretações
e as pontes que nos conectam em desafios comuns, que constroem os
lideres, as palavras e os tempos por vir. Fujamos dos sonhos
totalitários seja conservador ou revolucionário, não devemos
buscar fabricar indivíduos, e sim lidar com o novo e o imprevisível
indo além do que sabemos, queremos, podemos ou esperamos.
É hora dos liderados reafirmarem
suas alteridades e resistirem aos lideres fajutos de nossa sociedade,
não afirmando seus projetos e vaidades, questionando seus saberes e
poderes, só assim surgem novos lideres e infinitas possibilidades,
não reproduzindo o mesmo de nossos pobres modelos. Afirmando as
Diferenças, Autonomias, Sinergias, Direitos, Imaginações múltiplas
e vivas capazes de nos reinventar como uma nova civilização para
além dos robôs, genética e viagens espaciais. Existem dentro de nós capacidades para infinitas possibilidades desde que possamos ser personagens e lideres de nossa própria História.