Nossa sociedade esta dançando sem musica mas seus gestos revelam a coreografia da vida ou da morte, das desigualdades, injustiças aonde milhares de seres humanos estão sendo mortos para manter intactos alguns privilégios e poderes que negam a democracia .
Alguns empresários falam em capitalismo mas são frutos
do dinheiro do Estado e não do mercado esquecem que Jobs, Ford e outros
emergem de suas ideias e empreendimentos, e não do dinheiro publico assim como políticos herdam o Estado
e viram nobres como no feudalismo em pleno seculo XXI.
Estamos trabalhando um filme em parceria com Alemanha e
Los Angeles sobre a coreografia da vida que nasce no gesto de uma bailarina educadora que ensina uma criança que seu corpo e mente não pode ser reduzido ao
medo e violências.
Obvio que o tablado é o lugar sagrado onde tudo
começou criando os gestos e movimentos que deram vida aos espetáculos , aonde educam e dançam, mas
que levou bastante tempo para dar este salto no ar sem saber aonde vão pisar
para dar sequencia ao próximo movimento...
Ate chegar aí eles dançaram na lama, na grama, na dor de seus joelhos no choque com a
cerâmica, em bales interrompidos pela
falta de compreensão sobre a estética
que emerge das ruas como gritam com seus corpos A RUA É NOIZ!
Antes disso a bailarina que veio da fome hoje busca
caminhos para alimentar, educar e transformar 500 crianças. A bailarina que
trabalha catando pedras e pegava suas bonecas no lixo busca que estas crianças
tenham espaço para brincar e apreender no meio do bairro mais violento de
Fortaleza aonde impera uma guerra ela disputa com a coerografia da morte as vidas destes jovens
e crianças.
Existe um palco maior que é o bairro onde vivem, a cidade de Fortaleza e a
sociedade que ora atua na plateia e nos bastidores para
dançar ou matar as crianças e jovens . Há algumas décadas atrás o Bom
jardim era mato e ocupações de pessoas que fugiam da seca no interior do
Estado.
Chegou uma politica publica de um circo que a
bailarina fez parte para não passar fome depois veio a sociedade civil com a
Edisca de onde a bailarina educadora entrou criança assim como as centenas que hoje se inspiram nela
e saiu professora, mãe, coerografa para depois ensinar no Centro Cultural do
Bom Jardim antes de criar o corpo de bale e o Instituto Katiana Pena.
Esta danças das instituições, politicas publicas e
suas prioridades ou falta delas impactam
a trajetoria de vida de milhões de pessoas. A falta de solução para seca apesar
das mesmas famílias ocuparem o poder há décadas levou milhões de corpos a
construírem periferias em Fortaleza e ou ir para Sao Paulo. Hoje por falta de
investimentos nas periferias quer seja do Governo ou Prefeitura , a priorização das áreas
ricas da cidades ou delírios como Aquario, Tatuzões, Obras da copa, e outras
tem levado milhares de crianças e jovens a morte, a fome...
A falta da dança da democracia que usam o Estado em seu beneficio financeiro e eleitoral leva as mesmas
famílias e oligarquias ao poder mantendo privilégios e suas prioridades de
negócios com dinheiro publico impactando sobre a sociedade e sobre as vidas de
diversas formas .
O que importa neste caso é que uma vida que veio da fome e hoje cuida de 500 crianças
é mais importante que vidas que tem desperdiçado dinheiro publico por
privilégios e incompetência ao custo da morte de milhares de vidas. Esta verdadeira coreografia da morte que emerge dos bastidores da corrupção do Estado e matam as vidas de nossa crianças e jovens sobre os olhares e medos da plateia.
Este filme faz parte da estratégia de divulgação do
Game Terra da Sabedoria que busca criar uma ferramenta para que as trajetórias de
vidas de jovens sejam acompanhadas e apoiada por todos os setores da sociedade como Governos, ONGs, Projetos de extensão das Universidades e
Empresas.
Uma geração de bailarinas que começa na EDISCA e hoje
segue outros caminhos pelo Instituto Katiana Pena . Este é o verdadeiro objetivo de todos ou deveria ser transformar vidas. O Game, o filme e outros são instrumentos mas o que importa de verdade é a inclusão economica e social de jovens pelos caminhos da justiça e do desenvolvimento em beneficio da maioria e não de uma minoria que concentra renda, poder e privilégios. Como diria Camus " Deveria ser capaz de amar o meu país e ainda assim amar a sua justiça. " ou o Premio Nobel de Economia Amartya Sen que a pobreza é a privação das capacidades do ser humano desenvolver sua vida e ser. Precisamos compreender que cada vida importa e no caso brasileiro alguns privilegiados querem que suas vida importe mais que a de milhares de pessoas vivendo do repasse do dinheiro publico para manter a nobreza na politica ou as empresas sócias do Estado.
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