Uns gostam de Empreender e produzir, outros de saber a verdade, alguns de transformar tudo isso no bem e no belo, e talvez todos devem pensar em como distribuir de forma justa a colheita do jardim da humanidade.
Esta colheita depende das sementes que plantamos e dos futuros que vão nutrir num jardim aonde o solo é repleto de desigualdades, mas também de sonhos, de mudanças climáticas, de novas tecnologias, de múltiplos saberes mas também da capacidade de imaginar novos jardins.
É nesta hora que temos que pensar mais do que as disciplinas e sim dialogar a vida das atuais e novas gerações sem pensamentos fragmentados, necessitamos de uma visão sistêmica e compartilhada entre diferentes sementes que geraram nossa humanidade.
A verdade é que muitos caminhos que hoje trilhamos é fruto das ideias, sonhos e lutas dos que não tinham futuro mas tinham capacidade de empreender, pensar, lutar, sonhar, ter fé e outros. Essas capacidades como a água é que regam o jardim e os vários elementos que o compõe de onde brotam vidas.
Vidas que vão gerar trajetórias diversas e escolhas múltiplas diria singulares. As ideologias, mercados, tecnologias, artes, saberes, espiritualidades mudam e se transformam no caldeirão da história mas algo permanece; algumas lindas historias a contar de seres que brotaram de nosso jardim e melhoraram a qualidade das sementes na política, na economia, na produção dos saberes e outras colheitas.
Pensar a vida como uma jornada, o mundo como sala de aula, e os mestres como maestros que despertam novos caminhos e ampliam nossos seres e existências.
É engraçado ver o debate da Educação a se reduzir as notas, tecnologia, competências para o futuro e outras, apenas pela limitação dos gestores educacionais e talvez por nossa incapacidade de enxergar que é da ignorância do que não existe ainda e que falta ao jardim que a história se escreve.
As sementes da felicidade não é vazia, nem da beleza, nem da ética, não podemos querer controlar o que as crianças e jovens apreendem com outros ou por si sós, talvez essa autonomia seja a luz do sol que junto com as capacidades misturadas na água do corpo e da alma gerem bons e novos frutos .
Unir o máximo de experiências e vivências (conhecimento), agir da maneira mais livre e autônoma possível, tendo capacidade de criticar o que nos condiciona e de criar novos caminhos, mostrando a imortalidade de nossa espiritualidade, dependem não da tecnologia ou das notas e sim da qualidade das sementes.
O impulso de conhecer toda plenitude e amplitude do jardim do planeta Terra e da humanidade do qual somos poeira estrelar. O desenvolvimento educacional e cultural que ao mesmo tempo nos forma e nos aprisiona; assim como a economia e a politica nos liberta e nos aprisiona, o jardim é vivo e dinâmico. As sementes necessitam se aprofundar na terra com sabedoria para saber lidar com a fluidez da água que lhe atravessa com a velocidade econômica e tecnológica que nos convida a semear em grupos diversos.
Os futuros educacionais estão sendo gestados de forma coletiva neste momento em uma Terra vivendo uma nova era geológica. O Antropoceno. O tempo dos humanos está abrindo espaço para o tempo dos jardins, aonde a natureza se une com a tecnologia; na produção de ciborgues com almas ao mesmo tempo programadas e livres pela inteligência que apreende, a compreender cada vez mais, inclusive nossos defeitos.
O fato é que na semente vai tudo misturado e não sabemos ainda o poder que as trevas tem em nos fazer buscar a luz, assim como apreendemos no Iluminismo a buscar sementes perfeitas que nos trouxe as trevas de duas guerras mundiais e holocausto.
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