A centralização da Economia Nordestina nas mãos de políticos e burocratas corruptos tornou ela refém da fome, miséria, mortes e imigração do povo nordestino. Como alternativa nós empreendemos para construir uma Bioeconomia no Nordeste através de uma rede distribuída local, regional, nacional e internacional; usando tecnologias sociais, cientificas e digitais para conectar com uma plataforma, elos autônomos que tenham terrenos, capacidade de produzir seus alimentos, comercializar em feiras, produzir alimentos orgânicos, plantar “remédios” , inovar em tecnologias que aumente produtividade mas que juntos possamos ser uma economia rica socialmente justa.
Nós não vamos mudar o Nordeste vivendo da aposentadoria dos idosos, programas sociais e a cultura do "coitadinho" enquanto políticos e empresários enriquecem com dinheiro público nordestino. O povo nordestino com muito trabalho, suor e lágrimas, abandonando sua família ajudou a construir São Paulo, Brasilia e outras regiões mas poderia ter construído sua terra onde nasceu e mora seus parentes, se tivesse acesso as oportunidades, crédito, infra estrutura, educação, saúde e outros.
Porém esse dinheiro público enrica famílias e burocratas, financia empresas nacionais e internacionais; o que muitas economias e bancos públicos obviamente não fazem em outros países desenvolvidos, usar seu capital, povo e terra para gerar lucros estrangeiros. Inclusive fazem exatamente o contrário como faz Israel atrair capital do mundo inteiro para investir em seus negócios. O Nordeste sempre esteve em leilão vendendo nossa terra e povo como escravos para manter interesses das Casas Grandes às custas da antigas e novas senzalas, as favelas, que agora com o avanço do crime organizado também invade as comunidade rurais.
Quase 10 milhões de pessoas vivem nas comunidades rurais nordestinas em 1133 municípios, eles podem produzir seus alimentos e o dinheiro do bolsa família, aposentadoria e salário mínimo servir para outras necessidades que são muitas; quase todo o dinheiro dos pobres é gasto em comida, gás, e muitos deles usam o bolsa família para pagar a água. Eu visitei várias comunidades rurais com Dorte Verner, economista do Banco Mundial em Washington, depois com o projeto Mandalla ou com as Universidades em pesquisas dialogando com os sertanejos sobre suas vidas em vários momentos e governos distintos de nossa história.
Enquanto várias cidades e comunidades no Brasil e no mundo enricaram, se urbanizaram, criaram sua infra estrutura ,incluindo tecnológica, os sertanejos continuam vivendo em coisas de taipa, em terras que não são deles, sem condições e capacidades para plantar. Enquanto Governos e o Banco do Nordeste desperdiçaram bilhões de recursos públicos.
Existem em Israel tecnologias mas baratas e eficientes para alavancar e apoiar nossa agricultura como por exemplo: alternativas as Cisternas mas nossos governos historicamente incompetentes dominados por Oligarquias e gangues partidárias roubam e matam o povo nordestino com diversos tipos de violências incluindo os currais eleitorais que matam nossa democracia com a compra de votos.
Neste momento em pleno século XXI que as mudanças climáticas, infelizmente vão provocar uma queda na produção agrícola americana, ao mesmo tempo que cresce o consumo da classe média chinesa podemos transformar o Nordeste brasileiro num grande celeiro de produção de alimentos e vidas saudáveis. Este caminho o Sul, Sudeste e Centro Oeste brasileiro realizaram produzindo a Agroindústria brasileira que produz riquezas e por diversas vezes é quem mantem e salva nossa economia, temos muito que apreender e nos conectar em rede com eles assim como com novas tecnologias, mercado consumidor e outros. O atual Presidente do Banco Central Roberto Campos Neto quer dobrar a participação das cooperativas na economia brasileira de 20 % para 40 % é um excelente caminho para Bioeconomia Nordestina.
Nossa missão é criar negócios, cooperativas e associações que em parceria com as Universidades, Governos, Empresas, Cooperação internacional e outros possamos empreender a Bio Economia Nordestina com inovação e impacto social gerando riquezas, preservando a natureza e transformando vidas de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria.
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