SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Cultura do 'melhor aluno' prejudica maioria dos estudantes no Brasil?

 

Cultura do 'melhor aluno' prejudica maioria dos estudantes no Brasil?

Foto mostra professora negra de pé dando aula para uma classe de alunos jovens e diversos de costas

CRÉDITO, GETTY IMAGES

Legenda da foto, 

Formação de professores é um dos grandes desafios da educação no país

educação no Brasil não é pensada para garantir o sucesso de todos os alunos, mas para privilegiar os que são considerados os "melhores" estudantes. 

Essa é a conclusão do pedagogo Ocimar Munhoz Alavarse, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Avaliação Educacional (Gepave).

Ele chama essa postura de "pensamento olímpico", porque certos alunos seriam educados para serem os "campeões" — como se a educação fosse uma Olimpíada — enquanto as necessidades da maioria dos alunos seriam deixadas de lado.

Como consequência, diz Alavarse, os "melhores alunos" recebem mais atenção, incentivo e elogios para potencializar seu desenvolvimento, enquanto alunos com mais dificuldades são deixados para trás.

"A gente tem que pensar se quer formar quatro ou cinco alunos brilhantes ou se quer garantir que todos os alunos consigam atingir um certo patamar mínimo de habilidades", afirma o pesquisador.

"É uma escolha: qual o modelo que você quer?". 

Essa dificuldade em garantir um patamar mínimo para todos é um dos retratos mostrados pelos resultados do Pisa de 2022, principal exame global de educação, divulgados neste mês. 

O Pisa mostrou que 70% dos alunos brasileiros não demonstraram ter as habilidades mínimas em Matemática. 

Isso significa que a maioria dos estudantes não consegue resolver contas e equações simples nem aplicar o conhecimento a situações do mundo real, como comparar distâncias.

Cerca de 50% não atingiram o patamar mínimo em leitura e cerca de 55% não tinham as habilidades mínimas esperadas em ciências. 

Jovens alunos estudando em uma biblioteca
Legenda da foto, 

Avaliações mostram grandes desigualdades na educação brasileira

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Podcast traz áudios com reportagens selecionadas.

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Alavarse diz que, embora o "pensamento olímpico" não faça parte oficialmente de uma política educacional, é algo arraigado e bastante comum no comportamento de muitos professores, diretores, gestores escolares e políticos.

"É claro que nos documentos oficiais ninguém assume uma postura seletiva para a escolarização, mas todo mundo que já esteve em uma sala dos professores sabe que sempre existe o que é considerado o 'bom aluno'", afirma. 

"Sempre existem aqueles que acreditam que a escola é para escolher os melhores."

Um exemplo seriam políticas públicas que premiam professores conforme os bons resultados dos seus alunos, segundo o pesquisador. 

"É uma ideia totalmente equivocada", diz ele, "porque não faz sentido exigir performance dos professores sem fornecer as condições mínimas de trabalho e de estrutura."

Para o pesquisador em educação Romualdo Portela de Oliveira, diretor de pesquisa e avaliação da ONG educacional Cenpec, esse tipo de política de "bônus por resultados" pode acentuar desigualdades.

Isso porque acaba direcionando mais recursos para escolas que já têm um bom desempenho e contam com mais apoio financeiro e de infraestrutura. 

É preciso especial atenção para esse problema no ensino público, diz ele, onde estão hoje mais de 80% dos alunos brasileiros.

No entanto, essa lógica também existe nas escolas particulares, segundo os especialistas.

Não é raro, por exemplo, que elas escolham os melhores alunos para participar de avaliações externas, criem salas especiais de ensino avançando ou publiquem rankings com as notas dos alunos em provas e simulados de vestibular. 

A pedagoga Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora pedagógica do Curso e Colégio Objetivo, argumenta, no entanto, que separar alunos em turmas com diferentes níveis de habilidades em diferentes áreas é, na verdade, uma forma de atender as necessidades individuais de todos - algo que pode ser feito, segundo ela, a partir do ensino médio. 

"Quando chega no ensino médio, o próprio aluno faz exigências. Existem alunos que têm facilidade no aprendizado, que exigem mais, querem mais aprofundamento em uma disciplina", afirma. 

"O que não podemos é deixar os outros alunos de lado, é preciso trabalhar as necessidades de quem tem dificuldade, dar aulas especiais, estimular. Mas existirem turmas no contraturno para aprofundar é justamente uma forma de atender às necessidades de cada um", diz ela. 

Antunes diz que alunos com facilidade em alguma área podem ter dificuldades em outras. Ela defende que essa divisão de turmas ajuda a descobrir essas habilidades e dificuldades. E permite que alunos tenham um atendimento mais personalizado. 

A pedagoga, no entanto, reconhece que nem todas as escolas têm os recursos para criarem turmas extras — e diz que, quando há uma única turma, a escola não deve atender somente às necessidades dos mais avançados. 

Segundo ela, se forem trabalhadas corretamente, as competições podem ser positivas para os alunos. 

"Tive uma aluna com autoestima muito baixa que começou a brilhar depois de uma gincana, que se sentiu incentivada e valorizada porque se destacou na área artística."

Procurado pela BBC News Brasil para comentar o assunto, o Ministério da Educação apontou a fala do ministro Camilo Santana (PT) sobre o Pisa em entrevista coletiva após a divulgação dos resultados. 

O ministro lembrou que o Brasil ficou praticamente estável no Pisa em seus resultados apesar da pandemia e do que chamou de "ausência" de apoio do governo anterior, do presidente Jair Bolsonaro (PL), aos Estados. 

"Estamos tomando uma série de medidas para melhorar a qualidade da educação básica", afirmou o ministro. 

"Para garantir a alfabetização de todos na idade certa, para garantir a escola em tempo integral, garantir a atratividade da escola e melhorar a qualidade e a formação continuada dos professores."

"Toda ação nossa está focada na redução da desigualdade e na inclusão de públicos que muitas vezes não tem acesso à escola", disse Santana. 

Para que serve uma avaliação?

Alavarse diz que um equívoco comum é considerar as avaliações em si a raiz do problema - o que não é o caso, diz ele. 

A lógica "olímpica" para a educação não vem de haver testes, mas da forma como se lêem os resultados desses testes, afirma. 

"É preciso sim que haja avaliações internas e externas - não para ranquear os alunos ou escolas, mas para entender adequadamente quais as necessidades e podermos definir quais as ações pedagógicas necessárias para garantir o sucesso de todos", diz ele. 

Para Alavarse, no caso do Pisa, por exemplo, o importante não é olhar onde o Brasil se posiciona no ranking em relação aos outros países, mas entender quantos alunos estão demonstrando habilidades mínimas em cada área.

Ambos os resultados mostram um baixo desempenho do Brasil. O Brasil ficou em 65º lugar em Matemática entre os países da Organização para Comércio e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com uma nota que ficou 93 pontos abaixo da média de todos os países avaliados. 

O resultado de que 70% dos alunos não atingiram o nível de habilidade mínimo em Matemática é mais importante, diz Alavarse

Além disso, o Pisa mostra que há grande distância entre os resultados dos grupos socioeconômicos mais e menos privilegiados.

Os alunos mais ricos fizeram em média 77 pontos a mais em Matemática do que o grupo dos menos privilegiados. 

De acordo com Alavarse, há uma certa naturalização na cultura educacional brasileira de que alguns alunos "simplesmente não vão aprender". 

Se os alunos são tratados como se estivessem competindo para formar um ranking, vão sempre existir os melhores e os piores. 

"É uma cultura que naturaliza que certos estudantes - por causa de seu histórico familiar, sua raça, local de origem, nível socioeconômico etc - não aprenderão tão rápido ou atingirão um patamar desejado e não concluirão os ciclos escolares."

Cadeiras de escola

CRÉDITO, GETTY IMAGES

Legenda da foto, 

Resultados do Pisa mostram baixo desempenho do Brasil 

O pesquisador defende que se entenda a qualidade na educação como "igualdade de resultados do processo de escolarização", ou seja, que a educação tenha como objetivo que não haja uma disparidade tão grande entre os resultados de alunos diferentes - pelo menos em áreas básicas como proficiência em Leitura e Matemática. 

"Na realidade, essa diferença é absurda, o Pisa mostra isso, mas é algo que já sabemos há muito tempo, que outros exames já mostraram", diz ele. 

"No fim de um ciclo na escola obrigatória, não deveriam existir diferenças entre seus concluintes."

Para isso, afirma, o sistema público de ensino precisa ser organizado de uma forma que as escolas consigam minimizar as diferenças e desigualdades das origens dos alunos, que, em geral, resultam em desigualdades de resultados escolares. 

"Pesquisas mostram que as diferenças encontradas no início do processo escolar continuam ao longo da vida educacional do aluno", afirma. 

"Isso vai eliminar as disputas na vida, no mercado de trabalho? Claro que não. Mas ao menos garante oportunidades para todos partirem do mesmo patamar."

Isso passaria também, diz ele, por uma formação para que os professores entendam o conteúdo e os critérios de avaliações como o Pisa.

Não para ensinar pensando na prova, argumenta o professor, mas para entender o que é importante e o que é considerado conhecimento básico para todos os alunos. "Ou seja, quais habilidades todos os alunos precisam ter", diz Alavarse. 

"Hoje, a maioria dos professores nem sabe o que esses exames avaliam." 

O professor Romoaldo Portela de Oliveira, do Cenpec, pontua que tornar o sistema mais igualitário passa necessariamente pelo aumento no investimento. 

"Há muitos anos existe um discurso liberal de que não gastamos pouco, mas gastamos mal. Mas isso não é verdade", diz ele. 

"Existe um patamar mínimo de investimento que a gente não atinge (no Brasil), um mínimo de investimento para garantir condições de funcionamento do sistema."

Dinheiro isoladamente "não resolve" o problema, diz Oliveira.

"Mas é condição necessária. Se você pega os dados do sistema escolas, vê escolas que não têm esgoto, não têm ar condicionado em um calor de 50ºC."

Segundo Oliveira, o debate pedagógico é importante, mas não substitui as questões estruturais. 

Alavarse defende que as duas questões não são excludentes. Ou seja, deve haver um aumento no investimento e uma discussão sobre o que desejamos para a educação. 

"É preciso abandonar a cultura que aceita o sucesso dos considerados bons e normaliza o baixo desempenho de outros para uma que tenha como o objetivo o sucesso de todos."

sábado, 23 de dezembro de 2023

MANIAC

 


Um menino-prodígio húngaro se encanta com o tear mecânico que o pai, um rico banqueiro judeu, mostra em casa para a família. A máquina é capaz de produzir tapeçarias automaticamente a partir de cartões perfurados, e o menino percebe que "qualquer padrão, fosse natural ou artificial, poderia ser decomposto e traduzido para a 'linguagem' do tear". Décadas mais tarde, trabalhando para o governo americano no despertar da Guerra Fria, aquele menino inventaria algo capaz de "transformar todas as áreas do pensamento humano e agarrar a ciência pela garganta, liberando o poder do cálculo ilimitado": o primeiro computador digital. O menino é o matemático John von Neumann, personagem central deste novo romance de Benjamín Labatut. Além de inventar o computador moderno como o conhecemos, Von Neumann contribuiu para os fundamentos da física quântica, teve importante participação no Projeto Manhattan, que desenvolveu a bomba atômica, e foi um dos criadores da teoria dos jogos, que exerceu enorme influência em áreas como a economia e a inteligência artificial. Ao se debruçar sobre a trajetória conturbada de uma das maiores mentes que o mundo já viu, Labatut está menos interessado em exaltar um gênio particular do que em desvelar as consequências perturbadoras de uma quantificação excessiva do mundo, que em Von Neumann tinha a contrapartida de uma "quase infantil cegueira moral", capaz de ver inevitabilidade lógica no apocalipse nuclear ou na nossa substituição por máquinas autorreplicantes que se espalhariam pelo cosmo. Narrado do ponto de vista de uma ampla galeria de figuras reais que determinaram os rumos do conhecimento no último século, e trazendo a hipnotizante modulação entre realidade e invenção que deu fama mundial a Labatut, MANIAC é um thriller sobre o passado e o futuro de uma humanidade que teve a alma capturada pelo feitiço das operações matemáticas. Não por acaso, os eletrizantes capítulos finais, em que humanos e computadores se enfrentam em partidas de go pela supremacia das faculdades do raciocínio, têm algo da tensão pesarosa de um julgamento.

Joan Jett & The Blackhearts - Crimson And Clover

 



Ano 2024 e 4202. IMAGINE E CRIE NOVAS REALIDADES




Tá ligado nas previsões da ONU em 2024 será o ano mais quente do planeta e em anos o fim de uma era da humanidade. Elas dialogam com as previsões do Poeta Nostradamus da morte do papa, mais calor e guerras com o Apocalipse da Bíblia. Do outro lado da mesma moeda as máquinas, a inteligência artificial programada por poucos brancos e ricos determinará muitos aspectos da vida, menos o crime organizado e as desigualdades que avançam aos limites de 99 % da humanidade excluída por 1 %, há tempos nem os santos têm ao certo a medida da maldade. No Ceará temos o ridículo, delírio e violência de uma oligarquia controlando até a cultura do Ceará, visando calar a arte que grita na periferia, com o irmão do Camilo Santana, o Tiago Junior, e a filha de Izolda Cela, Luiza Cela, essas mesmas famílias que controlam a Educação como um bom negócio. Na pobreza diante da Ditadura da Oligarquia, cercadas pelo crime, mudanças climáticas e tecnologia, o que fazer em 2024 em diante?



A arte, a educação e a natureza têm o poder de nos salvar e destruir poderes. Se imagine no ano 2024 A. C e 24 D.C, 4 mil anos de História de sociedades e civilizações que se destruíram, e somos apenas mais uma. Mas não vamos morrer calados sem cantar e lutar. A arte, educação e natureza sobreviveram ao lado de povos que com suas ideias, narrativas, e poderes conviveram com a natureza, criaram outras tecnologias, guerrearam e rezaram, quando tudo se resume em como os poderes foram transformados em governos, capital, armas, e epidemias apontados contra a humanidade. Sim, Atlântida pode ter existido em seu ideal ou realidade, todas as ancestralidades dialogam pelo DNA, na Torre de Babel onde o amor é a linguagem da revolução. 



É necessário acelerar a história para ver os abismos que criamos e criamos outros personagens e histórias para contar os mesmos sonhos não realizados com a resistência que guardam a coragem e a sabedoria para amar. Agora vamos continuar a cantar em rap! 


 

FORTALEZA QUE NASCEU COMO UM FORTE PARA GERAR EXCLUSÃO E MORTE.ONDE SE ESCONDE SEUS HERÓIS VIVENDO EM RESISTÊNCIA SEM VOZ.



Quantas armas apontam contra a tua cabeça? quantas violências contra tua cor, tua fome e tua mente. Em quantos forros, bares, e trampos te enganam, te consome, te usam, sem que possam cantar um verdadeiro rap que explica e explode tudo isso. Tanta raiva, tanto ódio canalizado para irmão atirar em irmão. Em quantos segundos tua cabeça pode mudar, se conscientizar, amar, quantos vão tremer quando você acordar, sem estar ligado quando você vai enxergar as pessoas do teu lado?  



Quando aquela menina passar e te olhar, quando teu amigo te der um abraço, estaremos preparados para sofrer mais um dor, uma mentira, outra ilusão, construir outros futuros armados de poesias e pedras para atirar ou construir outros dias. Na Guerra não temos medo de morrer, nem de chorar, mas temos medo de não amar, sonhar e lutar. Onde a ganância engole tudo e todas na fortaleza do delírio e da violência, qual o papel da razão, da reza e do amor? Realidade complexa que te convida a estudar e se sustentar no meio da selva sem lei, qual o tamanho do inferno que aguenta quando o Diabo está solto e os santos estão presos, quando os pobres estão dispostos a pegar o que lhe pertence, sem licença, nem perdão, nem religião.



Escuta a batida, sente o coração, o protesto vira poesia, a poesia vira protesto. No ritmo da condução se conecta a dor do teu irmão. O desconexo se transforma na coletiva harmonia do verso. Ninguém vai se libertar sozinho, mas se aproprie do seu caminho. Enquanto o coletivo que anda na contramão, tomando o que era nosso na expropriação e compartilhando tudo em comunhão. Nesse trem das onze a diversão vem junto com a revolução. Você que está me ouvindo, cantar comigo essas verdades, mudar as realidades, somos os profetas da inteligência espiritual. Aprender a cantar com os pássaros, a linguagem da natureza, ser raízes de árvores que compartilham conhecimento e sabedoria, transformando em narrativas e poderes de outras histórias, desprogramando algoritmos e inteligência artificial usando para fins sociais e ambientais.  De um pequeno grão de terra a uma nova civilização, Terra da Sabedoria expandindo o ser ligado ao Universo.  



Memória de um tempoOnde lutar por seu direitoÉ um defeito que mata
São tantas lutas inglóriasSão histórias que a históriaQualquer dia contaráDe obscuros personagensAs passagens, as coragensSão sementes espalhadas nesse chão
De Juvenais e de RaimundosTantos Júlios de SantanaNessa crença num enorme coração
Dos humilhados e ofendidosExplorados e oprimidosQue tentaram encontrar a solução
São cruzes sem nomes, sem corpos, sem datasMemória de um tempoOnde lutar por seu direitoÉ um defeito que mata
E tantos são os homens por debaixo das manchetesSão braços esquecidos que fizeram os heróisSão forças, são suores que levantam as vedetesDo teatro de revistas, que é o país de todos nós
São vozes que negaram liberdade concedidaPois ela é bem mais sangueÉ que ela é bem mais vidaSão vidas que alimentam nosso fogo da esperançaO grito da batalhaQuem espera, nunca alcança
Ê ê, quando o Sol nascerÉ que eu quero ver quem se lembraráÊ ê, quando amanhecerÉ que eu quero ver quem recordará
Ê eu não quero esquecerEssa legião que se entregou por um novo diaÊ eu quero é cantar, essa mão tão calejadaQue nos deu tanta alegriaE vamos à luta



quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

AMOR LIBERTÁ !






Libertà (Tradução)

Desce a noite
nos ombros de um homem
que vai partir.

Além da noite
em seu coração
um segredo levará.

Entre casas e igrejas
uma mulher está procurando
quem não está mais.

E em seu nome
quanta gente
não voltará.

Liberdade,
quantos você fez chorar.
Sem você, quanta solidão!

Até quando
terá um sentido viver
eu viverei para ter você.

Liberdade
quando um coro se levantará
cantará para ter você.

Tem papel branco
sobre a dor, sobre a pele
dos homens.

Cresce a cada dia
o cinismo em relação
aos homens.

Mas nasce um sole
na noite,
no coração dos fracos.

E do silencio
um amor renascerá.
Buscando você!

Liberdade,
quantos você fez chorar.
Sem você, quanta solidão!

Até quando
terá um sentido viver
eu viverei para ter você.

Ter você!

Liberdade,
sem nunca mais chorar.
Sem você, quanta solidão!

Até quando
terá um sentido viver
eu viverei para ter você.

Ter você!.....





Corruptíveis: O que é o poder, que tipos de pessoas o conquistam e o que acontece quando chegam no topo

 


O poder corrompe ou são as pessoas corruptas que são atraídas para o poder? Empresários e políticos que roubam e policiais que matam são resultado de sistemas mal projetados ou são apenas pessoas más? Para responder a essas e outras perguntas, Brian Klaas entrevistou mais de 500 líderes mundiais – dos mais nobres aos mais sórdidos –, entre eles, presidentes e filantropos, bem como dissidentes políticos, líderes de seitas, terroristas e ditadores. Algumas das mais fascinantes conclusões nos explicam como a fisionomia determina quem escolhemos como líderes; por que os narcisistas ganham mais dinheiro; por que algumas pessoas não querem absolutamente poder algum e outras são atraídas para ele por um impulso psicopático e por que ser o “beta” (segundo no comando) pode realmente ser a posição ideal para sua saúde e bem-estar. Baseado em uma pesquisa profunda e sem precedentes, Corruptíveis desafia suas suposições sobre como se tornar um líder e o que pode acontecer com sua cabeça quando chegar lá. Fornece também um roteiro para evitar as tentações clássicas, sugerindo uma série de mudanças que levarão pessoas “melhores” a conquistar posições de poder.

domingo, 17 de dezembro de 2023

LULA ESTÁ ERRADO FICANDO REFÉM DAS ELITES, OLIGARQUIAS E CENTRÃO.


 

O Presidente Lula está errado sobre a Educação no Ceará. Lula está errado pelo mesmo motivo que ficou mais de 500 dias preso e Bolsonaro continua solto, está errado porque seu Governo está refém das Oligarquias e Centrão, ao invés de negociar direto com o povo como faz o Presidente da Colômbia ou fez Evo na Bolívia. Lula está errado ao não usar a geopolítica internacional que conquistou para denunciar a elite brasileira pela maior desigualdade e injustiças sociais do mundo como fizeram em seus países Mandela e Gandhi. Hoje muitos defendem, incluindo o próprio PT, a luta nas periferias, no campo, nas escolas, nas Universidades e outros. Os índios acabaram de ser massacrados pelo Centrão da mesma forma que privilégios foram aprovados para empresas contra os trabalhadores. Lula acha que pode convencer Bolsonaristas a votar nele? Trocando moedas com quem vive das mortes, mentiras, privilégios, violência e corrupção há séculos. Assim como na história e nos livros não houve negociação que resolvesse isso, apenas a luta pela vida contra as violências e pobreza.  


 

Mas não é possível uma revolução de direita ou esquerda nas Periferias, tamanha a desigualdade e armamento das milícias e crime organizado! Talvez o maior desafio hoje é lidar com tudo isso, mais inteligência artificial e mudanças climáticas, as vezes a revolução de direita ou esquerda virá marketing, se não radicalizar a política econômica como está fazendo Colômbia e outros países europeus e asiáticos enfrentando as brutais desigualdades. Muitos lutaram há décadas atrás como Lula, Darcy Ribeiro, e outros quando tudo era muito mais difícil, sem apoio, sem recursos, contra todo tipo de ditadura, violências, e fake news. Hoje essas sementes geram frutos e ninguém segura mais, quando a consciência e atitude se amplia na luta pela verdadeira democracia e cidadania para todos com igualdade de oportunidades.  

 


Porém esse tipo de educação que foi aprovado no Governo Temer e Bolsonaro, que Camilo mantém em acordo com Lemann e Itaú, busca eliminar a capacidade crítica e criativa dos alunos. Ela difere dos principais sistemas educacionais no mundo que valorizam o desenvolvimento de todo potencial humano, não apenas conteudista, e sim a autonomia, interações sociais, afetos e outros princípios pedagógicos da aprendizagem pela corporeidade que leva a um pensamento complexo, sistêmico e interdisciplinar. Camilo atende as pautas do Lemann, novo ensino médio, enquanto avança a passos de tartaruga na alfabetização. O Coronel Ministro Camilo mantém negociações com o Centrão a partir dos partidos do Ceará que sempre foram seus aliados, como o PSD, PP e outros. A Oligarquia de Camilo junto com os Ferreira Gomes sempre foi o Centrão do Ceará usando o Estado para negociar seus interesses de poder, sempre abandonando o povo há décadas no poder. 



Outro dado questionável dos indicadores de educação, baseado em provas de adestramento em duas disciplinas, feito por uma organização ligada ao Governo do Estado, sem independência, no mesmo Estado do Ceará que não investiga corrupção em nada, Bilhões em incentivos fiscais, pobreza extrema, um dos Estados que mais mata jovens e mulheres do Brasil, essa oligarquia que muda 9 vezes de partidos para se manter no poder, inviabilizando a democracia, mas a que custo se quer manter um case? Quando as principais escolas públicas profissionalizantes no interior do Ceará não são ocupadas pelos mais pobres. Quando os dados dos testes feitos pelo PISA no Brasil, difere dos apresentados pelo MEC e pelo Governo do Ceará. Se isso já não fosse absurdo, a pobreza e falta de acesso às políticas públicas que vive a maioria da população cearense, soma hoje o domínio do crime em suas comunidades. Nisso a Ditadura das Oligarquias no Ceará, há décadas no poder com Ferreira Gomes, Izolda e Camilo Santana é campeão. Primeiro que o agente das oligarquias infiltrado no PT, Camilo Santana, mesmo como Governador do PT, votou no candidato da Oligarquia à Prefeitura de Fortaleza, Roberto Cláudio, contra a candidata do PT. Lula está sendo enganado pela Oligarquia Cearense. Mas o pior não é isso, Lula está sendo enganado sobre a educação cearense.   



Mas não se preocupem a nova geração de professores ocuparam as secretarias de educação, os sindicatos e serão em breve prefeitos de suas cidades. Novos membros de sindicatos que não se submetem a pessoas que aparelham e capitães do mato da educação. Nós buscamos lutar com ideias diferentes, capacidade de escutar e dialogar com os professores, e construir juntos. Outubro decente é a própria escola com condições dos professores e alunos terem uma educação e vida decentes sem espetáculos de marionetes e pedagogia das fotos pelo whatsapp. Construir juntos o plano de trabalho a ser feito por cada escola com suas prioridades, contexto, e participação efetiva da comunidade escolar. Não a régua que tenta apagar as dificuldades e diferenças de cada escola. A nossa prioridade não é construir novas escolas, nem em tempo integral, e sim as cem piores escolas no Ceará e em Fortaleza que não aparece em campanha eleitoral, que ninguém quer falar, mas que vive milhares de professores e crianças lutando com nada. Essas nós convidamos Lula a visitar porque essa é a realidade do povo cearense que vive da educação da mentira e mortes geradas pela Oligarquia cearense.