SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Quais as diferenças entre um Educador e um Capataz ?

Quais as diferenças entre um Educador e um Capataz ? A Educação não pode se dissociar dos desafios de sua época , da vida em comunidade que a escola acha que pode separar pelos muros; mas ela entra através das vidas de cada aluno e professor que para alem de fardas e cargos são gente que pensa e quer autonomia sobre sua realidade . Todos sabem que as questões sociais, das drogas, do desemprego, da família , do forro, da cachaça, do consumo, dos desafios de entrar na Universidade e outras afetam o desempenho escolar mas quantos buscam inserir isso nas disciplinas para melhor compreender a vida e a realidade que vivemos, em projetos , em debater e transformar estes problemas na comunidade escolar em cursinhos Pré-Vestibular, Festivais de musica , grupos de aconselhamento , cine clube e outros ? Quantos permitem que os alunos e as escolas se organizem adequando as regras aos seus contextos e desafios locais ? Ou melhor quantos preferem ser meros capatazes mesmo falando do lugar do Educador , mesmo citando Paulo Freire sem vivê-lo , pois para vários outras prioridades a flexibilidade existe , mas infelizmente as vaidades , as pequenas guerra de poder , imperam também nas escolas e afetam a vida de muita gente. Ser Diretora de Escola em um mundo aonde o neoliberalismo avança transformando tudo e a todos em mercadorias é bem mais que cumprir as regras negando as circunstâncias locais. É ter sensibilidade, compromisso e ética para enxergar para além da razão vendida como organização. Pois esta suposta organização é desmontada todo dia pela vida dos alunos, suas famílias , comunidade, e as diversas relações com a escola. Este “ecossistema social “ que a escola mesmo sem querer se tornou , as regras tem de entrar em sintonia com estes desafios e problemas , que como já disse afetam o desempenho escolar independente da estrutura, direção e professores. É importante o Governo , a direção , os professores , e cada um de nós apreender estas lições para que tenhamos as condições para ensinar para além das disciplinas , a empoderar as escolas e permitir que a autoestima se revele nos projetos e atitudes das pessoas. Quando a 20 anos fundei as empresas juniores no Brasil , a ideia era que o aluno na Universidade deveria viver seu sabor, experimentando praticas que interagem com a realidade ao mesmo tempo que desenvolve capacidades , que a sala de aula por si só não consegue. Quando há aproximadamente há 10 anos conheci o Professor Manoel Andrade do PRECE e passamos a lutar juntos por sede , recursos, e politicas públicas. A ideia é que o potencial do aluno e entre eles se ajudando a estudar, como foi demonstrado nas aprovações na UFC, é bem maior que sua relação com os professores e capatazes que como já disse falam em Paulo Freire mas reduzem eles a mero decoradores de palavras ,a funcionários doceis para o neo liberalismo sugar sua alma , em troca de celular, cachaça e forro. Quando há três anos fundamos o Instituto IEP a ideia era que Governo , empresas, jovens, comunidade, podem construir pontes entre seus mundos para integrar a formação dos alunos em ambientes e contextos diversos , ampliando os mundos aonde estes jovem podem potencializar seu ser, otimizando recursos e ampliando impacto de ações isoladas de cada setor. Quando ano passado fundamos a UNISERES visando educar seres sustentáveis para atuarem juntos em organizações, comunidades e Redes Sustentáveis. O objetivo é que Ecossistemas sociais formados pela relações entre Escola, Famílias, Comunidade, Governo, Empresas, Universidades, e outros possam compartilhar desafios e energias misturando saberes e setores para através da sinergia em projetos alavancarem metas comuns e compartilhadas. Temos feitos isto inclusive com estudantes americanos em ONGS e Comunidades que vivem a interação sócio educacional . Enfim quando há 2 meses conheci a Escola Polivalente do Crato , conversando com os jovens do pré-vestibular e seus respectivos professores , apreendi que dão aula cantando a moda cariri , mostrando as belas melodias da vida e da Ciência. Bem isto ocorre no Bairro mais pobre do Crato , Seminário, numa cidade que há 500 anos , transforma a Prefeitura em troca de favores e fofocas entre famílias. Bem várias demandas emergem nesta comunidade independente da Escola e do Governo . Elas pulsam e entram em sala de aula para alem das regras pedindo que os Educadores não se transforme em capatazes e tenham atitudes. Por tudo que escrevemos aqui defendemos que o Pré-vestibular do Polivalente tem o direito de se adequar as circunstâncias locais de sua cidade e comunidade , a liberdade de selecionar professores que encantem e transforme saberes em vida , sonhos em realizações e aprovações como eles tem alcançado nos últimos anos por mérito. A comunidade do pré-vestibular deve ter autonomia de definir as disciplinas que se adequem ao vestibular de cada semestre. E não estas questões de disciplinas, professores e outras serem empurradas de cima pra bairro , sem dialogo , sem pedagogia. Porque não é as burocracias que estão no cotidiano da escola , nem compartilham os desafios de construir os resultados, e de interagir com a comunidade. Assim como foi feito com o PRECE , o Pré-vestibular devem ter autonomia de definir seus caminhos e novos horizontes. O Cariri precisa de um Educação em Comunidade e o Polivalente é o caminho !

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