“O homem nasceu livre e por toda a parte vive acorrentado.”
“A força fez os primeiros escravos, a sua covardia
perpetuou-os.”
Jean Jacques Rousseau
Entre a escravidão dos pobres e a liberdade anárquica dos
ricos e poderosos no Brasil , o Estado deveria ter o papel de Maestro. As
correntes que hoje escravizam os pobres chamadas de politicas públicas na
verdade financiam, protegem e elegem nobres e capatazes de Senhores
feudais. Deveria ser vida para a maioria se as Politicas públicas fossem musica
construídas e vividas de baixo para cima.
Muitas vezes o que denominamos de Estado e Politicas públicas é de fato
privado, ou seja tem dono, e nada tem
haver com o povo. Elas mais perpetuam a sua escravidão do que a liberdade. Sem direitos as algemas mudam de forma.
Usando o poder do Estado que é Público,
o comando fica nas mãos de poucos que seguem uma rígida hierarquia de Casa
Grande as custas das novas senzalas.
Os Senhores Políticos
ao definir prioridades , ao nomear capatazes cumpridores de ordens e
entregar ducados para famílias e sócios , ao falar em gestão como se fosse um
fim em si mesmo sem avaliar o impacto das ações nas vida das pessoas, ao investir em publicidade e festas sem
cumprir os direitos garantidos na constituição,
não tem nada de modernos, pelo contrário é uma covardia usar seu poder
como correntes , negar a democracia com a força , cercados pelo jogo de
interesses da Casa Grande delirante.
Dialogo, participação, nomes feios. Avaliar o impacto,
pesquisas, colocam em xeque os Governos.
Mostram ilhas de excelência construídas com muito dinheiro
mas sem afetar os sofrimentos e a
escravidão de um maioria porque as prioridades de um projeto de poder é
diferente de um projeto de sociedade. Se apresentássemos estas politicas não
para os escravos para os quais comer já é uma grande vitória ou a corte regada por
benefícios mas para pessoas livres e conscientes de seus direitos? Nem
Sorbonne, Harvard, Universidade Livre de Berlim, nem a Cooperação internacional
bateria palmas principalmente se contar as formas violentas como se transformam
o Estado Publico em controles e poderes privados. Por aqui não interessa as
formas que as pessoas ao viver a experiência da cidadania se libertam dos
poderes dos senhores feudais. Pelo contrario.
Se por exemplo compararmos com outros países como as
politicas sociais na França , na Espanha falida, Dinamarca, ou mesmo na
Argentina e Chile com Economias ou Orçamentos públicos menores ou equivalentes
ao tamanho da Economia e Gasto Público Brasileiro ? Observaríamos não o mérito
mas a vergonha das senzalas e das novas formas de escravidão politica e social
brasileira. Afinal no famoso BRIC – Brasil , Russia , Índia e China as riquezas
e o lucro são produzidos pelas desigualdades mantidas pelo controle politico
baseados em ditaduras partidárias , mafias , castas e regimes de corrupção
entre os poderes nos diversos níveis trocando moedas e regalias entre si.
Como é desenvolvida a politica publica no Brasil ? Como são
definidas as prioridades nos Governos?
E se 80 creches
tivessem sido construídas em Fortaleza
quantas crianças e pais poderiam ter mudado suas trajetórias de vidas ?
Quantas crianças poderão daqui há alguns anos estar melhor em sua educação ou
mesmo em suas comunidades ? mas elas não tiveram a chance de apreender, se
socializar, sonhar.. mas por outro lado a chance de atirar, roubar, morrer é
ofertada todos os dias em suas comunidades.
Porem a politica pública não poder ser pensada no Gabinete
ou tecno idiotizada. Não é qualquer creche ou escola que liberta, a maioria
escraviza! Depende muito das formas não
gerenciais e sim pedagógicas e psicológicas em que seus alicerces e processos
de aprendizagem são construídos .
As dimensões éticas, politicas e estéticas são
negligenciadas no Brasil. A Educação numa Sociedade dita democrática não é uma
mercadoria individual avaliada pela oferta, qualidade, excelência e resultados.
Porque a escola é um espaço de vida e não um local de pratica técnica a ser avaliada de acordo com sua capacidade
de reproduzir conhecimentos atingindo critérios uniformes. A educação tem sido
transformada numa tecnologia de normatização de pobres em escravos do mercado e
dos políticos. Favorecer a energia, a
imaginação, o espirito de comunidade, a ideia de complementariedade e
colaboração é o que pode ensina-los a
reconhecer e lutar pelo bem e pelo belo e não reduzir sua vida à escravidão do
trabalho e aos interesses de poucos.
É Difícil que os poderosos enxerguem os recursos e
potencialidades presentes nas pessoas,
pelo contrário, eles tratam como inimigos. Porque elas ,aqui e agora,
são capazes de construir um presente e um futuro cheio de relações múltiplas em
rede gerando poder social contra a escravidão . Elas são capazes de perceber o
valor de nossa força para que as comunidades e cidades floresçam, cresçam,
transformem e nos estimulem a cultivar novos sonhos.
Um outro exemplo de más politicas privadas ditas públicas
são os investimentos do BNDES ou dos Bancos Públicos que continuam a financiar
as veias abertas da America Latina com a exportação de minérios, alimentos e outros . Se tivesse a prioridade
assim como fez os Asiáticos de agregar valor as empresas brasileiras. Se ao
invés de priorizar Grandes empresas nacionais e multinacionais gastasse metade
destes recursos com redes/clusters de pequenas e medias empresas como o caso da
Itália, Canada e outros. Não faltam
exemplos, falta vontade política. Desconcentraria renda, ampliaria o consumo,
geraria mais trabalho para jovens, menos crime e violência, mais Educação, mais
Desenvolvimento e Poder Social.
Bem a tarefa de casa é avaliar a evasão das politicas públicas
como o caso do PROJOVEM e outras que constroem
prédios em várias áreas mas não estão preocupados em colocar para
funcionar e sim em tentar esconder um conjunto de fatores privados relacionados a votos, cargos e dinheiro . Construir
Infra-estrutura concedendo privilégios aos políticos e empreiteiras ? Canais
por onde passam os meios concentradores de renda enquanto falta esgoto,
escolas, e casas ? O importante é o ofertar e não avaliar o impacto ou saber se
existe outras formas mais eficazes , efetivas e eficientes de com elas
transformar a vida das pessoas com politicas públicas de fato.
Precisamos entender como uma Sociedade brutalmente
desigual se organiza politicamente
fortalecendo Senhores feudais. É hora de quebrar as algemas. Ao invés de trocar moedas entre e com as
Casas grandes buscássemos atuar em rede gerando complementariedades entre o
Poder Publico, Empresas, ONGS, Universidades, e Comunidades assim de fato o
poder seria público. A velocidade de transformação de nossas contradições e desigualdades
sera maior, a formação e o empoderamento de novos líderes oxigenara a sociedade. A politica poderá de fato
cumprir seu papel diante de novas ditaduras. A Ferrugem das relações já
destroem as correntes. Um pouco de vontade de cada um acelera este processo de
pequenas revoluções capazes de alimentar um poder social , através do
Desenvolvimento em rede e local. Devolvendo as politicas públicas para os
atores sociais que tem o poder social de se auto governarem.
Os políticos querem que a gente bata palmas pelo que fizeram
quando na verdade o mais importante é como fizeram e deixar claro o que não
fizeram e por que ? Qual o impacto de suas outras prioridades naquelas vidas
que não tem o poder nem o tempo de delirar.
Imagina que se este poder fosse democratizado na sociedade qual seria a
criatividade, a velocidade e as contribuições de várias pessoas de construírem
coletivamente suas vidas ao invés de depender da cabeça e dos interesses de
poucos políticos que controlam os mínimos atos do que consideram os governos
como sendo seus.
É preciso desconstruir alguns discursos e praticas. Novos
horizontes estão sendo construídos .
Hoje um negro é o Presidente do STF e pode prender um rico
ou um politico do Nordeste como exemplo não como recompensa, negócio ou
vingança mais pela justiça e não apenas políticos da esquerda. Hoje uma
militante de verdade e com coragem é Presidente do Brasil. Não políticos
profissionais que nunca viveram sem o Estado bancar suas vidas ou garotos
rebeldes sem causa nem conhecimento. É preciso enfrentar a loucura da
escravidão politica e social no Brasil.
Dar nome e direitos para desenvolver gente com ousadia é a
missão de Governos de Esquerda. Escolher não só a roupa ou a comida mas a
politica da escola , da comunidade, do partido, dos mandatos executivos e
legislativos, e não colocar os amigos ou subservientes que se exibem entre os
nobres em atos de vaidades ridículos a custa da miséria de muitos e de suas
maldades.
Nem senhores, nem escravos , mas gente diferente e
independente Capazes de superar
jornadas, enfrentar inimigos e destruir as barreiras que nos impedem de acessar
nossos direitos com liberdades e responsabilidades. Afinal as maldades dos políticos mercadores
de escravos pela compra de votos e corrupção que através do controle do Estado
privatiza as politicas públicas; não vai parar.
E como se ensaia uma orquestra ? E como se desenvolve coletivamente uma musica
em Rede e com Poder Social? Sem se render aos poderes da Casa Grande e a
escravidão ? ou se deixar levar pela Anarquia proposta por alguns políticos e
movimentos ? A musica é a liberdade das pessoas que participam e vivenciam a
experiência de construir sua cidade.
Coragem, tente, a experiência vale a pena. Mas é preciso
limpar os ouvidos do poder para sentir a musica. Passados que nos escapam mas
destinos que podem ser mudados pelo sonho e pela luta. Dias pela revolução..
Continua parte 2...
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