Entre utopias e distopias sociais, tecnológicas e ambientais para Terra podemos encontrar um equilíbrio para humanidade em cada forma de ser e viver em comunidade aonde moramos.
Se observarmos na linha do tempo como uma comunidade se desenvolve economicamente e socialmente podemos apreender a desenvolver uma metodologia que lide com o levantamento de informação precisa sobre as vidas das pessoas e suas demandas econômicas e sociais; assim como uma rede de parceiros estratégicos dos Governos, Universidades, Empresas e ONGs para construir com as pessoas as soluções juntos. A tecnologia neste caso facilita, organiza e agiliza os processos mas sem esquecer o que é invisível e impacta sobre os resultados das ações como identidade da comunidade, elos e vínculos que constroem o tecido social capazes de integrar ações de trabalho, educação, saúde, e outras.
No nosso caso compreendemos um HUB social como espaços flexíveis que facilitam o diálogo e a interação entre os diversos nas soluções que foram demandadas. Identificar os caminhos através dos quais a comunidade evolui e a sociedade muda mas também temos que lidar com este espaço como algo complementar as casas e os equipamentos públicos existentes na comunidade. Inserir como tem feito os condomínios fechados espaços como academia, salão de festas, cinema e outros. Nas comunidades pobres a falta destes espaços é muito maior e não impede ter espaços voltados a apreender novas tecnologias, desenvolver negócios, uma horta comunitária e outros.
Ecossistemas digitais.
Porém cada comunidade geograficamente se situa num ecossistema social, econômico e ambiental diferente que ao transformar e integrar esses dados em informação num Big Data geramos conhecimento e inteligência estratégica num ecossistema digital . Isso implica um profundo diálogo entre o Urbanista Arquiteto do projeto com os dados e a comunidade numa visão interdisciplinar e inter setorial porque mais importante do que o prédio do Hub é a alma que gera vínculos e cooperação entre eles unindo arte, tecnologia e natureza.
Células de uma nova humanidade.
Espaços que funcionem como células de uma nova humanidade numa sociedade em transição ambiental, tecnológica, econômica e social. Espaços mais funny que tech capazes de gerar uma homeostase dinâmica que produz soluções diferentes para problemas e desafios complexos.
Assim como o alicate, broca e martelo seguem a fisiologia dos nossos dedos temos que observar as regularidades e singularidades humanas para desenvolver espaços que sejam necessários a vida em comunidade e isso não significa apenas praças.
Necessitamos incluir nestes espaços a nossa imaginação, o estímulo a criatividade, o contato com a natureza, tecnologia e espiritualidade, assim como interação social, arte, saúde e a troca de experiências entre gerações. Esses são os cromossomos do DNA da célula comunitária do HUB TERRA.
O homem na história da humanidade antes do cultivo da terra e de entender o funcionamento do corpo se interessou pelas estrelas e o funcionamento do cosmos talvez em busca de sabedoria para entender a vida.
As Inovações geram teorias.
Primeiro criamos tecnologias depois desenvolvemos teorias para entender seu funcionamento como foi o caso da máquina a vapor e a termodinâmica, o primeiro avião e a teoria do vôo, as pontes e os cálculos .
O DNA é fruto do conhecimento empírico do corpo que tenta determinar o funcionamento do presente e todas as possibilidades do futuro mas não consegue, acontece o acaso, o ambiente muda, novas tecnologias e invenções. Os espaços sociais que herdarmos também necessitam mudar e isso não é uma questão ideológica, entre capitalismo e socialismo, é mais profunda que isso. Temos que inserir nos espaços nossas capacidades de apreender, lidar com nossas emoções, valores e outros. Não podemos nos acostumarmos a vivermos em lugares frios e tristes sem estéticas e incapazes de lidar com nossas questões éticas.
Espaços éticos que impactem sobre nossos destinos.
Espaços éticos não são espaços que priorizam o poder e a força mas a potência integradora, a renovação, a versatilidade da adaptação, flexibilidade e diversidade. Não podemos ser escravos do que criamos como sociedade ou tecnologias, infelizmente quanto mais aumentamos nossos conhecimentos nos tornamos incapazes de decidir nosso destino.
Buscamos criar tecnologias e espaços a serviço de uma civilização da sabedoria de comunidades células humanas. Apreendendo todos os dias a lidar com as singularidades e as simplicidades das vidas que ampliam a complexidade e regulação pela via ética e não a dita cientifica ou tecnológica.
A tecnologia tem o poder de formar a nós e determinar nossas atitudes e escolhas incluindo morais. A avaliação moral depende da irreversibilidade. Se pudéssemos ressuscitar os mortos, sem deixar de ser um ato mau, deixaria de ser um crime. No nosso caso atual temos uma sociedade e comunidades que produzem vários crimes e ataques a vida e natureza irreversíveis. A tecnologia e a sociedade em que vivemos são mais agressivas do que costumamos julgar, incluindo suas gerências em nossas vidas psíquicas nos problemas relacionados a síntese e a metamorfose da personalidade, além das questões sociais e ambientais, mas continuamos a apostar que o progresso irá resolver nossos problemas de natureza humana ?
Enquanto não resolvemos problemas básicos surgem novos dilemas éticos, problemas e desafios.
O valor divino de cada vida humana e ser da natureza.
Talvez chegou a hora de partimos do valor de cada vida humana e ser da natureza, e das relações entre eles, os respectivos lugares e ecossistemas aonde convivem, de um de pequeno grão de terra à Terra da Sabedoria, devemos construir espaços e jornadas de vidas que respeite a lentidão das questões humanas, comunitárias e ecológicas que levam tempo para estas revoluções acontecerem.
Nós fizemos as Revoluções Francesa, Russa, Americana e a Industrial e Tecnológica mas elas não foram suficientes. Essa revolução humana é muito mais barata que a tecnológica. Sem dogmas e buscando a valorização das informações e experiências técnicas como base de toda atividade epistemológica, incluídos os fenômenos de dimensão social. Isso tem gerado a cada dia mais inovações sociais motivadas por novas formas de ser, viver e governar.
Novas formas de ser, viver e governar.
Necessitamos de novos Einsteins ou Newtons para gerar nossas Revoluções humanas, sucessivos fenômenos que nos leve ao caminho de reações em cadeia que amplifique os resultados, transformando vidas, mas para isso precisamos de elos. Novos personagens de sua própria historia que iluminem no mercado, nos Governos, nas profissões e no convívio nas cidades e comunidades, novas formas de ser, viver e governar. As interdependências humanas do convívio entre pessoas, famílias, comunidades, cidades e seus ritos sociais e educação cidadã, que entre outros efeitos fortalecem o equilíbrio estável da vida coletiva, cuja tarefa dinâmica é a regulação ética que nenhuma lei consegue ser mais eficiente, efetiva e eficaz que o amor, a solidariedade, a paz, a liberdade e outros valores que nos tornam humanos.
As relações sociais com a respectiva melhoria da qualidade de vida e da transformação de vidas também produz mudanças tecnológicas e ambientais. Portanto não vamos fazer apenas o que queremos mas o que exige de nós nossos desafios como humanidade, nos libertando das questões tecnológicas para buscar tratar nossas questões humanas e existenciais. O sentido da vida depende da hierarquia de valores que nós mesmos definimos é isso que denominamos liberdade.
O paraíso do consumo e seu imediatismo leva a uma estagnação espiritual e uma degeneração. Não podemos nos alienar separando o homem da tecnologia, ou o homem de seu trabalho e vida em família, comunidade e cidade. Isso provoca a maior separação possível, a psíquica, que produz seres fragmentados sem a visão sistêmica e de longo prazo da vida e da Terra.
É preciso ampliar os caminhos e as escolhas que o ser humano possa fazer para transformar sua vida, a comunidade, a cidade e o planeta que vivemos sem que ele ache que pelo consumo, tecnologia ou poder virou Deus.
O ser humano deve construir em rede um sistema de elos entre si, as comunidades, as cidades e a natureza. Cada elo seguinte será mais poderoso do que o anterior enquanto amplificador da Razão. Trata-se de um caminho de intensificação não da força, mas de um pensamento que, numa perspectiva do futuro, possibilitara o domínio sobre o mundo material pela sabedoria. O nosso aperfeiçoamento como humanidade poderá abrir mão de toda sua herança animal, do seu imperfeito, efêmero e mortal corpo, quando se transformar num ser tão superior a nós que já nos será estranho.
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