Sociedade Disruptiva.
Disruptivo de uma ponta a outra. Um professor Doutor da Universidade Federal do Paraná falou sobre a Terra da Sabedoria.
Nos primeiros textos falamos que estamos vivendo uma mudança de civilização, e não apenas de sociedade, portanto estamos vivendo uma sociedade disruptiva. Uma disrupção atrás da outra, sem parar, mudanças tecnológicas, climáticas, econômicas e sociais de uma ponta a outra afetando nossas formas de ser, viver e governar.
É hora de unir pensamento e ação. É hora de agir pensando e sentir seus impactos no mundo.
Diante da perplexidade gerada pelo desprezo e escárnio daqueles que decidem pelo mundo ou da visão de que podemos salvar o mundo, temos que encontrar caminhos de criação para além da representação, temos que ser caixas de ressonância que faça com que a experiência de uns leve outros a pensar e agir. E que o pensamento e ação de uns sirvam como experiência a outros. Não basta denunciar. É preciso romper o sentimento de impotência que nos ameaça e alimentar a capacidade de resistir e construir novas formas de ser, viver e governar.
Quanto mais deixarmos de fingir para se adaptar aos podres poderes de nossa sociedade mas poderemos juntos voar como pássaros em sintonia com novos horizontes. Deixar de fingir inclusive para nós mesmos, despertar quem somos, encontrar nossas origens, histórias, sonhos, o que amamos, agindo de forma autêntica e com autonomia, superando nossos medos, erros, incertezas podemos encontrar nossa singularidade e nossa missão no mundo.
Tornar o passado presente, uma memória que nos modificou para sempre, e que não podemos dar um passo atrás em nossa consciência. Momentos que nos fazem chorar, voar em direção a buscar novos horizontes em nossas vidas que tivemos coragem de pular e dançar no escuro da eternidade do impossível que aconteceu. Até mesmo nas piores dores que a humanidade realizou sem remorsos, seu holocausto, absurdas atrocidades que estarão sempre presentes em suas consequências para todos.
Lembra aquele acontecimento que a mente ganhou corpo. Quando recordarmos os sentidos de tudo que pela dor ou sofrimentos que desenhou nosso ser, nossa forma de compreender o mundo pelas experiências que tivemos e tivemos coragem de ultrapassar e superar todos os limites que nos foram impostos mas não conseguiu derrotar o que nos torna humanos. De nos libertar das culpas ou erros que abriram novos portais de conhecimentos, reflexões e buscas.
Um amor que não era amor, uma amizade que não era amizade, uma guerra contra a humanidade, cercados de acasos aonde cumprimos nosso papel independente do que teríamos dessas relações, abrimos nossas corações e mentes para viver de forma autêntica estes momentos, as primeiras intenções da mágica de viver, aonde os elos que nos unem e as sementes que plantamos geram frutos e conexões com o universo nada linear mas sistêmico. Uma mente corpo terra sabedoria quando nos conectamos com o Universo e o fluxo das partículas de Deus.
UMA MENTE CORPO TERRA SABEDORIA.
“De fato, se desejamos recuperar o senso comum, então devemos inverter a atitude representacionista e tratar o conhecimento dependente do contexto não como um artefato residual que pode ser progressivamente eliminado pela descoberta de regras mais sofisticadas, mas como, na verdade, a própria essência da cognição criativa.”
Ou seja, mente e o mundo se relacionam através da mútua especificação ou co-origem dependente. O conhecimento é resultado de uma interpretação continua emergente da nossa capacidade de compreender, que por sua vez está enraizada nas estruturas biológicas vividas e experenciadas em um domínio de ação e de cultura. Para tal abordagem, é preciso abandonar a cognição como uma representação de um mundo predeterminado.
Neste sentido, a ideia da mente como uma rede autônoma com um sistema capaz de selecionar e atuar nos domínios de significação tem sido desenvolvida pelas ciências cognitivas. As distinções selecionadas por Bittorino, nome dado a um sistema autônomo e acoplado estruturalmente, forma argumentos que contrapõem a ideia de que o mundo já existe e é recuperado por representação. Em outras palavras, é possível dizer que um sistema autônomo produz significação a partir de um background.
Varela utiliza o estudo das cores para exemplificar uma significação perceptiva e cognitiva imediata na experiência humana. Com base nisto, eles afirmam que as cores não podem ser explicadas como um mundo independente de nossas capacidades perceptivas.
Segundo Varela “Essa descrição ressalta as configurações emergentes no nível da retina e, desta forma, é apenas parcial. Existem estruturas em todos as níveis das vias ópticas que participam da percepção das cores. Assim, o que está envolvido na nossa percepção de cores é uma grande e distribuída rede neuronal. É claro que as cores não são percebidas isoladamente de outros atributos como forma, tamanho, textura, movimento e orientação.”
Ou seja, as cores fazem parte de um mundo percebido ou experiencial que é produto de nossa história ou acoplamento estrutural. Assim, a concepção de que a percepção das cores estava restrita ao processamento de informações para recuperar o reflexo da superfície é uma proposta simplista. A cor tem diversos atributos como formas e volumes, ela é por uma forma de experiência constituída por meio de padrões emergentes de atividade neuronal.
Nossa experiência é também cognitiva resultado da organização das diversas combinações de matriz/saturação/brilho distribuídas em categorias de cores que também dependem de processos perceptivos e cognitivos.
Essa discussão sobre as cores sugere um caminho do meio entre dois extremos, as cores dependem das nossas capacidades perceptivas e cognitivas e também do mundo cultural e biológico. Essa é uma discussão que remete as ideias do realismo (mundo externo predeterminado) e do idealismo (internamente predeterminado).
A ideia central é apresentar a concepção de a ação corpórea. A ação se refere aos processos sensoriais e motores - a percepção e a ação – ligados à cognição vivida. Corpórea indica os tipos de experiência decorrentes de se ter um corpo com várias capacidades sensório-motoras embutidas em um contexto biológico, psicológico e cultural.
“Assim, a preocupação geral de uma abordagem atuacionista da percepção não é determinar como um mundo independente do observador pode ser recuperado; é, ao contrário, determinar os princípios comuns ou ligações regradas entre os sistemas sensorial e motor que explicam como a ação pode ser perceptivelmente orientada em um mundo dependente do observador.”
Apreender é um processo de dançar com sua mente, corpo, Universo a musica da vida vivendo várias experiências incluindo a de transforma-la em conceitos.
A categorização é uma das atividades cognitivas mais fundamentais que todos os organismos realizam, cada experiência é transformada no conjunto de categorias aprendidas e significativas as quais os humanos e outros organismos respondem. A cognição e o ambiente atuam no nível básico da categorização: “o objeto aparece para o observador proporcionando certos tipos de interações – e o observador utiliza os objetos com seu corpo e mente da forma proporcionada”. Essas interações são validadas da vida da comunidade na qual o humano e o objeto estão localizados.
Lakoff e Johnson também apresentaram uma abordagem experiencialista da cognição em que a estrutura da experiência física e social e a capacidade de projetar imaginativamente a experiência corporal e interacional são fontes para as estruturas conceituais. De acordo com ambas, as tarefas perceptivas e cognitivas envolvem alguma meio de adaptação e transformação do mundo.
Por isso criei o conceito de mente corpo terra como um caminho de percepção, vivências e experiências aonde integramos nosso corpo, mente, sentimentos e alma com a Terra; atuando dentro de contextos que complementam e geram uma unidade singular com o Universo do qual somos parte conectados por um fluxo de energia e informações. Este conceito é uma das jornadas que podemos viver de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria.
Por isso criei o conceito de mente corpo terra como um caminho de percepção, vivências e experiências aonde integramos nosso corpo, mente, sentimentos e alma com a Terra; atuando dentro de contextos que complementam e geram uma unidade singular com o Universo do qual somos parte conectados por um fluxo de energia e informações. Este conceito é uma das jornadas que podemos viver de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria.
Amei o conceito de mente-corpo-Terra
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