Economia, educação e política andam juntas, elas são as raízes da Democracia pois aprendemos individualmente e coletivamente. Várias aulas não são nas Escolas nem nas Universidades, mas em outros espaços educacionais não escolares, depende de como e com quem interagimos, obedecemos ou realizamos algo.
Uma das frases mais importantes foi dita por Hannah Arendt sobre a banalidade do mal. Quando pessoas começam a seguir ordens ou a manada de esquerda ou direita sem refletir sobre seus atos. Quando a ignorância somada as poucas vivências ou razões elevam o ego e o poder de alguns que usam violências para atacar outras pessoas de diversas formas. Em defesa de seus projetos de poder, destroem a democracia e influenciam outras pessoas a fazer o mesmo. Esses comportamentos infelizmente educam pessoas que podem afetar o destino de milhares de inocentes, revelam a banalidade do mal, sobre o silêncio e omissão de pessoas que se dizem cultas como aconteceu no nazismo ou depois da segunda guerra mundial na Alemanha.
Como pode pessoas educadas com nível superior de direita cometerem tantas violências com quem pensa diferente? contra a natureza ? contra a ciência ? Como podem pessoas educadas com nível superior de esquerda se calar para corrupção que matou milhares de pessoas jovens em seus governos ? mais que a COVID19. Falam em democracia desde que sigam seus discursos e omissões, falam em educação mas tentam apagar a história. A banalidade do mal onde a economia, democracia e a educação como a vivemos mostra seus limites e consequências.
Ensinar português, matemática, e ciências é regra agora, educar para o bem, o belo, o justo e o verdadeiro exige ampliar as experiências e vivências das pessoas indo além da razão com sentimentos, valores, e imaginação. Aprendemos com o corpo, a sociedade e os sonhos, esse currículo da vida se impõe e nos liberta das grades curriculares. Só assim podemos ser livres de Stalins e Hitlers, lutando de forma independente como George Orwell contra grandes irmãos que querem que cometemos seus crimes e nos calem para suas corrupções.
Apesar das inovações tecnológicas que são mais rápidas que nós em suas capacidades de processamento de informações, dos avanços em neurociências, engenharia genética e psicologia cognitiva. Apesar de várias práticas pedagógicas incluindo agora virtuais, realidade expandida e outras. Apesar do uso de Big Data, Inteligência artificial, internet das coisas e outras disrupções digitais. Além de não conseguirmos democratizar o acesso a tudo isso, nos ensinam a ser humanos? O bem, o belo, o justo e o verdadeiro ? e a Autonomia, escolher e tomar decisões em nossas vidas sobre vários fins ? nos ensina a ser democráticos ? nos ensinar a ter coragem ? lutar por causas? sonhar ? amar ? ser ?
Poucos falam sobre o que muda a economia, educação e a política de verdade. Muitos preferem viver em bolhas artificiais até que a realidade, o inesperado, o caos que compõe a vida os desperte e mude sua mente e suas vidas. Poucos falam sobre o que vem antes das inovações, sobre as tragédias, guerras, lutas sociais e mudanças climáticas que geram em seu seio as inovações . Por exemplo, o afastamento do presidente Kiichiro da Toyota gerou a construção de uma nova relação capital-trabalho, que acabou se tornando a fórmula japonesa com seus elementos característicos, como emprego vitalício, promoções por critérios de antigüidade e participação nos lucros. Essas mudanças na gestão, oriundas de mudanças econômicas e políticas, geram transformações educacionais e culturais que impactam o mundo.
Chegou a hora das mudanças climáticas, violências, desigualdades, concentração de renda em 1% da população, inovações tecnológicas, gerar outras mudanças nas nossas formas de pensar, ser, viver, educar, trabalhar e governar. Chegou a hora de compreender o que é aprender em sentido amplo e ético, de aprofundar a democracia e de nos libertar para vidas autônomas e autênticas. Chegou a hora de viver sem padrões em busca de singularidades.
Autonomia, liberdade e autogestão andam juntas nas empresas , escolas e governos em sociedades social-democratas. Elas aumentam a produtividade, reduzem custos, educam seres , melhoram a qualidade de vida do trabalhador (a ergonomia está presente em todos os detalhes, o ar é respirável e o ruído é baixo na Volvo sueca). Hoje pela primeira vez na Europa a maior parte dos países são governados por sociais-democratas. A educação, trabalho, saúde e políticas sociais são prioridades. Robôs e pesquisa científica interagem com vidas livres e preservação da natureza.
A ideia nesses países é "aumentar tanto quanto possível o ciclo de trabalho, de forma que a atividade exija cada vez mais o uso de conhecimentos e experiência do trabalhador. Tarefas como decisão de produção diária, manutenção das ferramentas utilizadas e diversas outras são de responsabilidade do próprio grupo; introdução de um esquema altamente baseado em trabalho humano na atividade de montagem propriamente dita, aliada a recursos eletrônicos e automatizados de transporte e armazenamento de peças e conjuntos; e participação do sindicato nas discussões sobre todos os aspectos relevantes a serem implementados nas novas formas de organização do trabalho. “ E a educação torna livres, criativos e solidários as pessoas que não se reduzem as suas funções como trabalhadores, são também artistas, educadores , líderes...
Enquanto em “Emília Romagna corresponde à Terceira Itália (províncias de Bologna e Modena), caracterizada pela predominância de empresas pequenas e pequenas-médias não coligadas diretamente às grandes. Alguns fatores da configuração italiana são decisivos para a compreensão do modelo, como a diferenciação regional (norte e sul), a forte presença de movimentos cooperativos oriundos do pós-guerra, a influência histórica do partido comunista italiano na região da Emilia Romagna, implementando uma política de apoio às pequenas empresas e às cooperativas.”
Observamos nesses exemplos a Economia, Educação e Política andando juntas. Sim, podemos aprender de forma democrática e autonomia mudar ao mesmo tempo a economia , educação e política.
Caro Egídio Guerra, excelente reflexões você pontua no seu artigo, contribuindo para se conscientizar às pessoas que as práticas humanas, por serem humanas, andam sempre juntas. Logo, Economia, Educação e Política andam juntas!
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