SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

domingo, 14 de maio de 2023

POLÍTICOS E GESTORES EDUCACIONAIS VÃO VISITAR 100 ESCOLAS PÚBLICAS PARA APRENDER A GERIR O QUE NÃO CONHECEM E PARAR DE MENTIR!



Alpinistas sociais vivem no fantástico mundo de Bob das redes sociais. É preciso atualizar os dados e os paradigmas científicos quando variáveis como notas adestradas não mostram a realidade das escolas públicas e das vidas que nelas convivem todos os dias. O melhor será os políticos e gestores educacionais visitarem conosco 100 escolas para aprender a gerir o que não conhecem e parar de mentir. Por favor, leve um caderno para anotar seus novos dados e o livro Ensaio sobre a cegueira. Seja um bom aluno vamos atualizar as lentes sujas feitas de cacos de vidro com as quais quer medir a realidade da vida de outras pessoas. Enquanto políticos usam lentes de contato e blazers há décadas em suas performances tristes e trágicas sobre a miséria e mortes dos cearenses devido a má educação e exclusão das políticas públicas. 



Alguns gestores gastaram milhões dos recursos públicos com dados para dizer que iam resolver a criminalidade e violências e só deram prejuízo enquanto mataram milhares de pessoas com sua publicidade, inexperiência e delírios sobre cidades inteligentes em guerra sobre o domínio da pobreza e violências. Nesse sentido, somos casos de absurdos e tragédias humanitárias incluindo situação de crianças nas escolas sem falar da omissão sobre corrupção nos governos e campanhas milionárias. No Ceará há décadas com mais da metade da população na pobreza, matando mais pessoas do que São Paulo que tem 4 vezes nossa população e 60 % da população sem concluir o ensino médio sendo o quinto pior em analfabetismo. Esses dados são importantes para analfabetos de dados que excluem outros dados para forjar suas mentiras. No Ceará temos empresas bilionárias que não pagam impostos há décadas, o que reduz o orçamento do Estado e exclui a maioria do acesso às políticas públicas, o que gera pobreza, violências e desigualdades. O Sistema S, que funciona com dinheiro da folha das empresas, atende uma minoria de pessoas sem contribuir com as mudanças dos indicadores sociais do Estado, recebe dinheiro do Estado para realizar seus programas e ainda cobra do cidadão comum. Pense numa empresa estatal comunista que funciona graças aos impostos, recebe mais dinheiro do Estado e cobra do cidadão. Ainda falam em capitalismo, democracia e mercado, mas o nome disso no mundo é outro. Uma oligarquia comandada pelos Ferreira Gomes,Tasso e Camilo que se calam para corrupção em seus governos, mantem há décadas o controle sobre os cargos e orçamentos públicos, sem democracia, ditadura da corrupção, incentivos fiscais para algumas empresas que contribuem com as campanhas, e uso do dinheiro público para negócios privados em setores que enriquecem elites que vivem do Estado as custas de milhões de vidas na pobreza e violências há décadas.  


 

A economia durante muito tempo era estudada por uma única variável como PIB, Renda média e outras. Vários estudos incluíram as desigualdades no IDH, Pobreza Multidimensional e outras. Da mesma forma começa a se medir na educação as desigualdades e seus impactos na aprendizagem. Espero que isso amplie nossa visão da verdadeira missão que a inteligência tem em nossa sociedade, incluindo de nossos políticos e gestores educacionais, indo muito além dos dados, algoritmos e inteligência artificial. Pensamentos muito mais complexos, interdisciplinares, sistêmicos, críticos e criativos que nossa educação deve desenvolver em nossos alunos desde as escolas como fazem os melhores sistemas educacionais do mundo. 


 

Nós temos que educar as crianças para os desafios do mundo que vivemos não para os interesses econômicos de elites de empresas ultrapassadas e políticos em mundo irreversíveis. Se até programadores estão perdendo o emprego para Inteligência Artificial que programa, de que adianta deformar pessoas para decorar o que esquecem rápido, sendo cópias das cópias ou zumbis para o crime? A inteligência é relacional, importa como e onde ela é praticada com seu meio e com quem se conecta, ela faz que a realidade se manifeste em toda sua complexidade. A inteligência não é algo que deva ser testada, mas sim reconhecida nas múltiplas formas que assume. Buscamos construir formas de educação abertas a comunicação e interação com a totalidade do mundo, mais profundo e abrangente do que possa ser realizada nos limites artificiais da sala de aula. E a valorização dos comportamentos exteriores tende inevitavelmente a sensibilidade para vida interior.


 

É preciso a escola nos educar a gritar nossa experiência interior e sua recusa ao enquadramento de políticos e educadores capitães do mato. A nossa reação espontânea ao sofrimento vindo do interior ou do exterior. As crianças exprimem suas vidas com energias extraordinárias que a escola busca reprimir ou enquadrar, ou abandonar suas emoções. No dia a dia das escolas temos milhares de crianças com seus sofrimentos chorando diante dos outros, expondo seus impoderes e abandonos, se humilhando. Sofrem até não poder mais falar, nem ver, nem agir. Só lhe restam os olhos para chorar. Tornam-se menos que um rosto, menos que uma pessoa, um dado, uma nota, numa propaganda de educação. É hora de mostrar que as crianças, os alunos têm poderes e direitos.


 

Essa é a pobreza de povos inteiros, famintos, aterrorizados pelas violências e desigualdades, sem representação política, sempre sofrendo humilhações, opressões, nas escolas ditas públicas. Antes de qualquer palavra, protesto, ou ação eles apenas gritam seus sofrimentos ou param de gritar num deserto de uma indiferença generalizada. Quando a sua própria impotência o torna culpado, e quando sua culpa o torna agressivo ou violento, ele luta! Não podemos fazer nada por eles? Não adianta apenas chorar por aqueles que choram e sofrem. Antes do direito conquistado tem o desejo de uma educação que os liberte da opressão dos capitães do mato na escola, do crime organizado ou de políticos corruptos. 

 






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