Quantos sons consegue ouvir em paisagens sonoras que gritos de violências, silenciam choros reprimidos pela humilhação em 5G, consegue ver imagens e falas que revelam delírios em telas planas de 115 polegadas, sentir odores de esgotos e doenças que se misturam aos perfumes de luxo, o tato que pega o dinheiro roubado é o mesmo que dirige um carro importado. Formar pessoas degradadas que vivem da mentira, corrupção, espetáculo e do luxo é um esporte nacional, onde os campeões tomam o poder sem regras, nem justiça, sobre os olhares de multidões, as instituições se degradam e fingem não saber seu cotidiano. Os corruptos são assim, como os querem impor seus poderes no grito e na força. O mal que isso afirma se confirma nas brutalidades e ignorâncias, em nome dos pobres e da democracia.
Enquanto isso, a culpa não será nem dos empresários que produzem e inovam, nem dos políticos que agem pela lei, assim como daqueles que julgam com a verdade. A culpa não é dos pobres, a história continua a se escrever por múltiplos caminhos. Em 1821, em uma pequena aldeia da região francesa do Jura, nasce Louis Vuitton, que tinha tudo para ser um criminoso. Aos catorze anos, apaixonado pelo trabalho com madeira, mas maltratado pela madrasta, com pouquíssimo dinheiro no bolso e sem saber ler nem escrever, o adolescente decide tentar a vida em Paris. Viajando a pé por dois anos, o jovem Louis sofre todo tipo de privação até chegar à capital francesa, onde começa a fascinante saga da marca de artigos de luxo mais célebre do planeta.
Nesta história irretocável, acompanhamos o desenvolvimento do nome Louis Vuitton contra o pano de fundo histórico da França e da Europa: a monarquia constitucional de Luís Felipe, a ascensão e a queda de Napoleão III, a guerra Franco-Prussiana, a Comuna de Paris, o nascimento da República, as duas guerras mundiais. O que vemos é uma palpitante história de inovação, que parte da transformação de costumes e valores ocasionada pelos avanços tecnológicos e pela Revolução Industrial, chegando até o século XXI.
O que Louis Vuitton não sabia é que criminosos matariam ou roubariam para comprar seus produtos de luxo, que a degradação pelo consumo, poder, e riquezas a qualquer preço, produz ditaduras, guerras mundiais, indústrias de produtos falsificados, assim como fake News e fake líderes, acelerados por robôs de jogos de apostas, emendas e votos comprados, degrada-se instituições para salvar oligarquias e gangues há décadas no poder roubando impunemente sem Deus, família , pátria nem esquerda. Apenas mais uma roupa eleitoral da moda da época de partidos de grife, usados e descartados. A nova moda é usar a marca da oligarquia, ser um operador, tecnocratas que usam as instituições, roubar e se defender em grupo, agir como máfias, usar as moedas que trocou com dinheiro público pela impunidade. Miséria viva, vive a corrupção, viva o luxo de alguns sem esconder a mentira, mediocridade, ignorância e brutalidades. A Ditadura e os golpes da corrupção da Oligarquia e gangues partidárias.
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