Esse texto vai doer escrever. Vamos chorar, mas Deus e Maria pediram para escrever. Sabe por que amo ela, porque ela é tudo que me falta, estava aprendendo muito. Algumas mulheres podem nascer em castelos, cercadas de privilégios, mas nunca serão Rainha, não é uma questão de querer e sim de ser, mais do que isso de merecer ser coroada.
Transformar o cotidiano no castelo, a vida no reinado, exige que aprendemos a enxergar vários detalhes, desde sua mesa de trabalho, a concepção dos vestidos, a resolutividade presente em suas prioridades, a busca por oportunidades e acontecimentos que amplie seu ser e a vida dos que as cercam, suas lembranças da escola e da infância... Não vou criar um check list da Rainha, mas o que cada momento desse significa amar ela. Claro que tem coisas que não posso falar são segredos, mistérios, são infinitos particulares.
Eu passei a vida querendo aprender para mudar o mundo. Mas que mundo? Ela me ensinou a olhar para o mundo de outras formas, a olhar para mim o que não enxergava, nem era prioridade, ela não estava cuidando de si nem do reino, estava me ensinando a cuidar de mim, para quem nunca teve um lar é muito. Mas aí está o problema, o guerreiro tem o dever de proteger e cuidar da Rainha, não é o inverso, eu fui entrando em cada mundo dela, inclusive os mais caros a sua alma, sim ela abriu as portas do castelo, e eu as fechei de tanta luz, o sol batia no rosto, eu me perdia no labirinto e nas paredes de encontrar um caminho de amá-la. Amar ela, o reino e o dia a dia do reinado são coisas diferentes, e nossas vidas não estavam tão fáceis, talvez esse amor incomodasse muita gente, mas a culpa e vergonha é minha.
A liberdade da Rainha é inegociável, da mesma forma que o acaso e as bênçãos que recebemos, gerava uma sinfonia e singularidade com o Universo seja numa oração, viagem, ou no simples beijar ela sem óculos, ver seus olhos, pintar sua alma. Nem toda Rainha é musa, no caso dela, ela me ilumina a escrevê-la, transformar em poesia e filme, lembrar que palavras ganham vida nas igrejas, em Paris, ou no grande jardim.
Se preciso sofrer para libertar a vida do guerreiro e transformar em amor que esse caminho torne outros mundos possíveis que começam em gestos, olhares, silêncio para que em cidades que visitamos, cada pedra tem uma história a contar, cada flor em jardim japonês um ângulo para olhar, cada movimento em grandes cidades leve as agradáveis surpresas e alegrias de estar com ela de verdade, compreendendo o amor que sinto e vejo-o brilho de diamantes em seu castelo ganhar formas em várias dimensões da vida. A profundidade sobre amar ela vem com entusiasmo, ter Deus dentro de si, e encantamento carregar sua foto como um simbolo de oração pelo ser amado, mesmo sem saber tudo, o dever de aprender e ser puro, inocente e vivo, cada segundo ao seu lado
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