Interessante ver o Brasil apreender nas ruas a ter uma vida coletiva. Um ambiente desconhecido por muitos que consideram ter uma vida humana. Porem espero que aprendam que nem tudo que vê nas ruas reduzam a politica, de ser esquerda ou direita, coxinha ou golpista. As primeiras violências são resultados disto; quanto mais se desfaz o bom senso crescem os extremistas.
A vida política também é intelectual, econômica, espiritual, moral, social, sexual e outras dimensões humanas. Como diria Ortega y Gasset “ ser de esquerda , como ser de direita, é uma das infinitas maneiras que o homem pode eleger para ser um imbecil” Tendo em vista que “ hoje as direitas prometem revoluções e as esquerdas tiranias.”
Temos consciência do que nos é possível hoje ? Temos varias saídas da crise e do golpe. Não podemos reduzir as potencialidades de um país como o Brasil a uma parte mínima do que ele é e pode ser. Porem temos que pensar , decidir e não ser levado pelas circunstâncias que nos impõe. Não somos como uma bala de um revolver cuja trajetória esta determinada. Temos que exercer nossa liberdade e decidir nosso modo de existência coletiva na sociedade. Mas o que decide é nosso caráter , do tipo de seres humanos que for dominante nela. E a cada instante podemos triunfar ou regredir na política numa barbárie sem limites como já vemos na criminalidade no Brasil.
Não temos como escapar desta decisão ou dos perigos e dramas que fazem parte de nossas circunstâncias. E cada um assina sua biografia.
Toda vida é luta ; e as dificuldades que tropeçamos para realizar nossas vidas são precisamente o que desperta e mobiliza nossas atividades e capacidades. Podemos escolher não pensar, não decidir, não viver, mas nos tornaremos prisioneiros nos andares inferiores de nossa vida e nas correntes de uma massa sem destino.
Existem aqueles que negam o que tem que ser, e se transformam num fantasma, sentindo a inferioridade da existência que levam em relação ao que podem construir . Ficam presos as correntes e se deixam levar pelas massas. Vidas humanas que marcham perdidas pelo labirinto de si mesmas.
O egoísmo é labiríntico. A vida coletiva vivida e decidida de forma autentica colocada a serviço de algo maior é o que nos transcende.
Hora de ordenar coletivamente o caos de nossas vidas. Hora de encarar realidades e construir futuros. O nome disto é politica é não servir de massa de manobra de podres poderes. Só saberes radicais podem superar problemas radicais - de radical desorientação que afetam a vida humana, individual e coletiva.
Massa é o homem médio. Ele tem ideias taxativas sobre tudo, só que perdeu a audição. A consequência disto é a violência. Ele acha que tem em suas mãos a razão e a justiça e faz da violência a sua única razão. Não reconhece o direito que a maioria ortorga a minoria.
Necessitamos de novas formas de ser e viver em sociedade que incorpore em instancias mais amplas nossas diversidades unindo o poder público a coletividade regida por ele.
Hoje a crise das normas de que haja só direitos e nenhuma obrigação gerou uma geração de meninos e filhinhos de papai que viveram na abundancia e comprometem algo que não criaram; e que nem sequer sabem compreender ou estimar.
Muitos destes homem médios no meio das massas estão do lado do golpe praticando violências e outros nas burocracias estatais e gangues partidárias que receberam de presente ou herdaram sem lutar nas ruas em condições adversas para conquista-las. Eles falam com petulância e autoridade de tudo que desconhecem.
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