SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

domingo, 9 de agosto de 2020

Por Amor a Vida ! Gonzaquinha !




SIMPLES SAUDADES!

A saudade que eu sinto

Não é saudade da dor de chorar

Não é saudade da cor do passado

Que deixa grudado o meu pé nesse chão

Não é a tristeza que queima o peito

Não é lamentar o que nunca foi feito

Não é a doença que acaba com a gente

Deixando esmagada a vida no chão


É a estranha saudade do que ainda não vivi

É a raça e o sangue de um simples moleque

Que leva na ponta da língua a todos os cantos

O sal e o doce da palma da mão


É a garra e a alegria de um simples menino

Que acredita nas pessoas e no futuro

Que seja fruto da força imensa de nossos corações

SANGRANDO 

Quando eu soltar a minha voz por favor entenda
Que palavra por palavra eis aqui uma pessoa se entregando
Coração na boca, peito aberto, vou sangrando
Sã o as lutas dessa nossa vida que eu estou cantando
Quando eu abir minha garganta essa força tanta
Tudo que você ouvir, esteja certa que estarei vivendo
Veja o brilho nos meus olhos e o tremor nas minhas mãos
E o meu corpo tão suado, transbordando toda raça e emoção
E se eu chorar e o sol molhar o meu sorriso
Não se espante, cante
Que o teu canto é minha força pra cantar
Quando eu soltar a minha voz por favor entenda
É apenas o meu jeito de viver
O que é amar

PEQUENA MEMÓRIA PARA UM TEMPO SEM MEMÓRIA !

Memória de um tempo onde lutar
Por seu direito
É um defeito que mata
São tantas lutas inglórias

São histórias que a história
Qualquer dia contará
De obscuros personagens
As passagens, as coragens

São sementes espalhadas nesse chão
De Juvenais e de Raimundos
Tantos Júlios de Santana
Dessa crença num enorme coração

Dos humilhados e ofendidos
Explorados e oprimidos
Que tentaram encontrar a solução
São cruzes sem nomes, sem corpos, sem datas

Memória de um tempo onde lutar por seu direito
É um defeito que mata
E tantos são os homens por debaixo das manchetes
São braços esquecidos que fizeram os heróis

São forças, são suores que levantam as vedetes
Do teatro de revistas, que é o país de todos nós
São vozes que negaram liberdade concedida
Pois ela é bem mais sangue

Ela é bem mais vida
São vidas que alimentam nosso fogo da esperança
O grito da batalha
Quem espera, nunca alcança

Ê ê, quando o Sol nascer
É que eu quero ver quem se lembrará
Ê ê, quando amanhecer
É que eu quero ver quem recordará

Ê eu, não posso esquecer
Essa legião que se entregou por um novo dia
Ê eu quero é cantar essa mão tão calejada
Que nos deu tanta alegria
E vamos à luta

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