SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

terça-feira, 7 de maio de 2024

RIO GRANDE? A miopia e ignorância brasileira de não aprender com suas tragédias!


 

50 mil é o que o Governo Eduardo Leite destinou para a Defesa Civil. Existem vários estudos científicos que apontam o aumento das chuvas no Rio Grande do Sul. Bem, a soma de dados, uma leitura científica da realidade, e uma gestão profissional do Estado público com quadros qualificados e competentes, teria por consequência uma estratégia e o plano de prevenção diante das mudanças climáticas que salvaria e protegeria milhares de vidas, além de economizar bilhões do dinheiro brasileiro da sociedade e dos Governos. Porém a realidade é outra das políticas estaduais e brasileiras, grande parte dos cargos públicos são nomeados operadores, parentes e membros de partidos com ou sem nenhuma qualificação para as áreas que têm que gerir. Discutir prevenção, prioridades públicas e dados sobre situações que todos sabem e se repetem com as mesmas consequências há anos, é acreditar que nos Municípios, Estados e no Brasil ou no Congresso existe Estado, Democracia e Justiça. O que temos na República das bananas, oitava economia do mundo, uma das maiores desigualdades do mundo, são elites, oligarquias e gangues partidárias que usam o estado a seu favor para corrupção, manutenção de privilégios, compra de votos, incentivos fiscais e financiamentos públicos contra o povo brasileiro, somos geridos por capitães do mato das ditaduras econômicas que se auto proclamam deuses em nome do neoliberalismo e do feudalismo com seus respectivos feudos e casas grandes.



Claro que uma tragédia serve para gerar comoção pública, engajamento da mídia e silêncio sobre os principais responsáveis há anos no poder. Claro que essa não é nossa única tragédia, nem nossos únicos silêncios, tem outras que matam muito mais como miséria, doenças, crime, violência pelas mãos dos mesmos donos do poder e capatazes que juntas geram consequências sociais, ambientais e econômicas.




 

A mudança climática, as inovações tecnológicas e seus impactos, o domínio do crime organizado, desigualdades e outros. Tratam-se de problemas complexos para pensamentos lineares e fragmentados sem uma visão sistêmica e uma abordagem interdisciplinar que exige a integração de políticas públicas. Enquanto isso, disputas eleitorais medíocres pautam a agenda no país. Aqui se enrica roubando o Estado, matando gente, e se fossemos avaliar o impacto da gestão pública na vida das pessoas é absurdo a incompetência, ignorância, brutalidades e desperdício de recursos. Amartya Sen em seu livro Escolha coletivas e bem estar social nos alerta para os limites de disputas eleitorais que colocam em risco a própria democracia, a vida e o mundo. 



Fica a pergunta: Por que cidades na Holanda e outros países que vivem entre rios resolveram seus problemas de enchentes há décadas e nós não? Quanto vale o conhecimento e vida para nossas elites, oligarquias e gangues partidárias tipo centrão? Porque atualmente muitos países e cidades estão executando planos para mudanças climáticas, e nós nos preocupamos em destruir a natureza, a democracia e continuar matando milhões de pessoas sem condições mínimas de viver há séculos? Porque não damos a mesma importância em campanhas humanitárias ao desenvolvimento da consciência crítica, a capacidade de cobrar os políticos independente de quem esteja no poder, porque políticos ditos de esquerda, agem pior ou igual a direita para se manter no poder sempre? Porque é tão difícil falar de amor, cidadania, justiça, solidariedade, igualdade e as verdadeiras liberdades para alguns que acham que o Estado está a serviço de príncipes, nobreza e elites? Vivemos uma enchente de violências, brutalidades, ignorância e corrupção que em outros países resultou em tragédias e guerra civil. Os santos estão chegando!         

 



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