SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Sobre outros Hitlers, nazismos, e violências ocultas em sociedades econômicas e políticas corruptas sem transparência que atacam e destroem milhões de vidas em nome de homo deuses.

 

A verdade é que muitos não nascem Hitler mas se tornam Hitler e são aplaudidos em nossa sociedade.                        

Porque durante décadas nem um dos Diretores ou Sócios das Lojas Americanas denunciou as fraudes na empresa? Um executivo externo oriundo do Santander é quem denunciou e recusou assumir a empresa. A Diretoria atuava como máfias? Porque transferiram bens para seus filhos ou parentes? 

https://revistaforum.com.br/brasil/2023/12/30/um-dos-donos-da-americanas-transfere-r-295-bi-para-filho-meritocracia-fazendo-mais-um-bilionario-151381.html

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/06/28/anotacoes-de-gutierrez-detalharam-plano-para-ex-ceo-da-americanas-blindar-patrimonio.ghtml

Se houve fraudes na educação pública ou na politica fiscal de um Estado porque políticos, gestores públicos e professores silenciariam? Muitos políticos se calam para corrupção, para eleger filhos e parentes, e mentir sobre as reais consequências de suas más gestões ditas públicas como a pobreza, o crime e as péssimas condições de educação e saúde para inglês ver. Políticos se tornam Hitler com corrupção, fraudes, destruição de partidos e democracia, com suas oligarquias e elites trocando moedas. 

O nazismo matava pessoas que eram contrárias a Hitler, e seu exercito e policia especial agia com toda brutalidade na guerra com outros países, contra seu próprio povo de homossexuais, deficientes e as piores atrocidades contra os judeus. Isso a humanidade sabe e acha absurdo. Mas se coisas como essas estivessem acontecendo agora em governos de direita e esquerda, por políticos e populações que se omitem, calam, roubam e atacam crianças, jovens, idosos? Tudo em nome do poder, negócios, corrupção sem lei, nem Deus nem amor. Viva São Maquiavel.

Não é novidade para ninguém que o povo palestino sofre bastante com pobreza, desigualdades e ataques durante décadas. Da mesma forma que historicamente o povo judeu durante milênios viveu na pobreza e foi atacada por várias nações. O grupo terrorista Hamas ataca e Bibi revida, ambos sem limites, sem lei, terror contra o povo. Até que ponto essas violências de guerra em ultimo estágio se relacionam com as violências das corrupção, fraudes e mentiras com suas consequências destruindo a lei, a ética, a educação, a espiritualidade, a sociedade, a vida da maioria da população em nome de minorias que vivem da guerra, da politicagem em nome do capital e do poder a qualquer preço.

Será que professores se calariam e omitiriam sobre as notas, sistemas de avaliação, condições mínimas de educar, mesmo não vivendo em regimes nazistas, com ameaças de morrer, como hoje temos com as facções; apenas pelo uso da força e violências dos políticos que transformam a educação em um grande negócio eleitoral e econômico? Sobre o silêncio de elites e fundações que se beneficiam com isso as custas das vidas de milhões de alunos e professores.

Será que médicos se calariam e omitiriam sobre as consultas, condições de exames e diagnósticos, sistemas de avaliação e gestão da saúde, condições mínimas de trabalho, mesmo não vivendo em regimes nazistas?

O fato é que o Nazismo dialoga com o neoliberalismo e a privatização do Estado público para servir a interesses de elites, oligarquias e gangues partidárias. O fato é que professores, alunos, pais, médicos e pacientes não podem ficar calados, nem negar a realidade que todos os dias temos nas escolas e postos de saúde. Ninguém apaga, nem frauda a História e a verdade da realidade em milhares de lugares que impactam milhões de vidas. É preciso auditoria externa e da sociedade com transparência sobre as escolas, postos de saúde, contas públicas para enfrentar os nazismos ou delírios de minorias de políticos e elites que fraudam o sistema econômico, a lei, a democracia mas que não podem continuar mentindo, roubando e matando como fazem Ditaduras de direita e esquerda como o crime organizado no mundo sem lei e justiça, dominado pelas impunidades, brutalidades e ignorâncias. A verdade é que muitos não nascem Hitler mas se tornam Hitler e são aplaudidos em nossa sociedade. Chegou a hora de levantes de periferias, escolas, postos de saúde contra Hitler e elites que com suas incompetências, impunidades, brutalidades, violências, fraudes continuam a roubar e matar o povo.                        


        

  

Literatura e matemática



 

Literatura e matemática Capa comum – 3 julho 2017


Você já pensou que poderia levar mais de um milhão de séculos para ler um poema alexandrino ao mesmo tempo que, num só átimo de tempo, poderia criar com base nele o seu próprio poema? E, o melhor, você não seria um plagiador no sentido estrito do termo. É o caso de "Cent mille milliards de poèmes", de Queneau. Pensou em ler um romance no qual você, leitor, constrói o percurso do enredo? Em O Castelo dos Destinos Cruzados, de Italo Calvino, a narrativa discorre em todos os sentidos com bifurcações de destinos, e cabe a você, autor e leitor e, simultânea e inversamente, leitor e autor, construir sua trama. E aquelas escrituras em que o autor coloca uma restrição, começo e fim já preestabelecidos ou a omissão de certa letra, e outras em que o texto se move como o cavalo no tabuleiro de xadrez (função que obedece a certos requisitos)? Em determinados casos, ainda, tudo se encontra como que em um quebra-cabeças, com paradoxos, adivinhações, espelhamentos, palíndromos, criptografia, como em Arnaut Daniel, Cervantes, Lewis Carroll, Edgar Allan Poe, Júlio Verne, Queneau e vários contemporâneos nossos. Neste Literatura e Matemática: Jorge Luis Borges, Georges Perec e o Oulipo, que a editora Perspectiva publica em sua coleção Big Bang, Jacques Fux, que possui a seriedade de um pesquisador e o imaginário de um romancista, nos introduz numa galáxia de astros-escritores que vão girando e criando em torno de um sol, cuja massa tem a infinitude dos números primos (aqui, os menciono por suas propriedades tão singulares) e a estrutura do pensamento criador da matemática geradora de tantas perguntas nem todas ainda respondidas que aguçam a nossa mente, com ou sem um bom computador. Espero, pois, que a leitura desta obra faça com que os que amam a matemática venham a amar a literatura e os que amam a literatura venham a descobrir na matemática outros tantos encantos.

1599: 2ªedição - Um ano na vida de Shakespeare

 


Nova edição da premiada biografia de William Shakespeare em comemoração ao seu aniversário de 460 anos

O ano de 1599 foi crucial para o desenvolvimento artístico de Shakespeare, assim como as reviravoltas históricas que ocorreram nesse período. Os elisabetanos passavam por um momento delicado de sua história. Já em idade avançada, a rainha Elizabeth I não transmitia segurança para seu povo: não tinha um herdeiro direto e a rebelião irlandesa não podia ser contida. O próprio conde de Essex, que gozava de grande simpatia da rainha, era ineficiente na batalha e sua lealdade começava a ser contestada.

A Armada Espanhola se aproximava de Londres e traidores e espiões da Scotland Yard estavam por toda a parte. A insegurança da rainha transformou-se em censura: qualquer um que a maldissesse, ainda que minimamente, poderia ser condenado à prisão.

Este livro é tanto sobre o que Shakespeare realizou quanto sobre o que os elisabetanos vivenciaram nesse ano, duas coisas que são quase inextrincáveis: é tão impossível falarmos sobre as peças de Shakespeare sem considerar sua época quanto compreender o que aquela sociedade vivenciou sem dispormos das perspectivas proporcionadas pelo grandioso trabalho de dramaturgo.

Daniele Silvestri - A bocca chiusa


 

Tradução da letra

Fatece larga isso ... passa amanhã.
agora não podes.
Não vou abrir hoje, porque vou atacar.
e desceremos a rua com todos os estandartes
para fazer como sempre a figura do frignoni
não quero saber.
Nada
Hoje canto entre outras pessoas
porque acredito nisso ou talvez por decência.
o que a participação certamente é liberdade
mas também é resistência.
e não tenho escudos para me proteger.
armas para me defender
sem capacetes para me esconder ou santos
recorrer
Só tenho esta língua na boca e talvez
um meio sonho no teu bolso
e muitos, muitos erros maus, mas eu pago-os a todos.
Fatece largo who ... passa a procissão,
se encherem as ruas
via Merulana, parece um berço.,
e há tantos que é quase assustador
ou apenas três falhados, como a polícia diz.
e as palavras, Sim, eu sei, eu sempre as conheço.
mas o sol nasceu e para mim parecem-me
mais bonita
escola e trabalho, que temas originais
se não fosse essa velha ideia deles
mesmo assim
e sem escudos para me proteger ou armas.
para me defender
nem capacetes para esconder nem Santos
recorrer
Só tenho esta língua na boca e se cortares isto ...
Eu não paro, desculpa, eu também canto.
... com a boca fechada
olha quantas pessoas podem responder
depois de mim…
boca fechada

Resenha sobre Neurociências e o Ensino da Matemática por Maria Ingredy Barbosa

 


Resenha sobre Neurociências e o Ensino da Matemática

Autora: Maria Ingredy Barbosa

Pedagoga

Psicopedagoga

Membro do Grupo G-tercoa/ UFC/ CNPQ

O estudo da neurociência tem oferecido insights valiosos sobre como o cérebro humano processa informações matemáticas, proporcionando novas perspectivas e métodos para o ensino da matemática. A integração de conhecimentos neurocientíficos na educação pode transformar a maneira como os alunos aprendem e compreendem conceitos matemáticos, levando a um ensino mais eficaz e personalizado.

 

O Cérebro e a Matemática

A neurociência cognitiva tem revelado que a matemática envolve várias áreas do cérebro, incluindo o córtex pré-frontal, o giro angular e o sulco intraparietal. Estudos mostram que estas áreas são ativadas durante tarefas que envolvem cálculos numéricos e resolução de problemas matemáticos. De acordo com Butterworth, Varma e Laurillard (2011), "o córtex intraparietal é crítico para a representação e manipulação de números". Isso significa que compreender como essas áreas funcionam pode ajudar os educadores a desenvolver métodos de ensino que alinhem melhor com o funcionamento neural dos alunos.

 

O Papel da Memória e da Atenção

A memória de trabalho e a atenção são componentes essenciais no aprendizado da matemática. Pesquisas indicam que déficits na memória de trabalho podem levar a dificuldades em tarefas matemáticas complexas. Como destacado por Swanson e Jerman (2006), "crianças com dificuldades em matemática frequentemente exibem limitações na capacidade de memória de trabalho". Estratégias educacionais que fortalecem a memória de trabalho, como o uso de exercícios de repetição espaçada e técnicas de visualização, podem melhorar significativamente o desempenho dos alunos.

 

Aprendizado Individualizado

Uma das grandes vantagens do uso de neurociência na educação é a capacidade de personalizar o aprendizado de acordo com as necessidades individuais dos alunos. Estudos de neuroimagem têm mostrado que diferentes alunos podem usar estratégias variadas para resolver problemas matemáticos, dependendo de suas redes neurais individuais. Conforme relatado por Dehaene (2011), "os cérebros dos alunos reagem de maneira diferente a várias estratégias de aprendizado". Isso sugere que um modelo único de ensino pode não ser eficaz para todos os alunos, e métodos personalizados, que consideram as variações individuais, podem ser mais bem-sucedidos.

 

Implicações para a Prática Educacional

A aplicação de princípios neurocientíficos no ensino da matemática pode levar a práticas educacionais mais eficazes e inclusivas. Por exemplo, o uso de ferramentas visuais e interativas pode facilitar a compreensão de conceitos abstratos, como sugerido por Gersten et al. (2009). Além disso, a incorporação de pausas regulares e atividades físicas pode melhorar a concentração e o engajamento dos alunos, promovendo um ambiente de aprendizado mais dinâmico.

 

Conclusão

A neurociência oferece uma base sólida para a inovação no ensino da matemática, destacando a importância de compreender os processos cerebrais envolvidos na aprendizagem. A implementação de estratégias baseadas em evidências neurocientíficas pode não apenas melhorar o desempenho dos alunos, mas também tornar o aprendizado mais acessível e interessante. O futuro da educação matemática está, portanto, intimamente ligado aos avanços na compreensão do cérebro humano.

 

Referências

Butterworth, B., Varma, S., & Laurillard, D. (2011). Dyscalculia: From brain to education. Science, 332(6033), 1049-1053.

Swanson, H. L., & Jerman, O. (2006). Math disabilities: A selective meta-analysis of the literature. Review of Educational Research, 76(2), 249-274.

Dehaene, S. (2011). The Number Sense: How the Mind Creates Mathematics. Oxford University Press.

Gersten, R., Beckmann, S., Clarke, B., Foegen, A., Marsh, L., Star, J. R., & Witzel, B. (2009). Assisting students struggling with mathematics: Response to intervention (RtI) for elementary and middle schools. National Center for Education Evaluation and Regional Assistance, Institute of Education Sciences, U.S. Department of Education.