Também se chamava estrada Viagem de ventania Nem se lembra se olhou pra trás Ao primeiro passo Aço, aço, aço, aço, aço, aço, aço, aço
Porque se chamavam homens Também se chamavam sonhos E sonhos não envelhecem Em meio a tantos gases lacrimogênios Ficam calmos, calmos Calmos, calmos, calmos
E lá se vai Mais um dia
E basta contar compasso E basta contar consigo Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção E o coração na curva De um rio, rio, rio, rio, rio, rio
E lá se vai Mais um dia E lá se vai Mais um dia
E o rio de asfalto e gente Entorna pelas ladeiras Entope o meio-fio
Esquina mais de um milhão Quero ver então a gente Gente, gente, gente, gente, gente, gente Gente, gente, gente
Quando o medo interfereQuand la peur s'immice Em nossas ilusõesDans nos illusions Nós as abandonamosOn abandonne E abandonadasAbandonne O céu absolveLe ciel pardonne
Quando a mente se fechaQuand l'esprit s'enlise Na insensatezDans la déraison Os canhões ribombamLes cannons tonnent E no ribombar dos canhõesCannons tonnent Os gritos ressoamLes cris résonnent
Por puniçãoPour la peine Irei levá-loJe t'emmène
Queremos sonhosOn veut des rêves Que nos levantemQui nous soulèvent Nós queremos floresOn veut des fleurs Para a nossa dorA nos douleurs Queremos o sentidoOn veut du sens De inocênciaDe l'innocence Em nome dos nossos livres-pensadoresAu nom de nos libres penseurs Em nome das lágrimasAu nom des larmes Que nos desarmamQui nous désarment Deve ser possívelOn doit pouvoir Mudar a históriaChanger l'histoire
Por puniçãoPour la peine
Em nome de nossos pais que nos ensinaramAu nom de nos pères qui nous ont appris O preço de um homemLe prix d'un homme O preço do homemPrix d'un homme Que nós somosCe que nous sommes
Em nome de nossos irmãos esquecidosAu nom de nos frères tombés dans l'oubli Dos direitos humanosDes droits de l'homme Direitos humanosDroits de l'homme Direito dos homensDroit des hommes
Queremos sonhosOn veut des rêves Que nos levantemQui nous soulèvent Nós queremos floresOn veut des fleurs Para a nossa dorA nos douleurs Queremos o sentidoOn veut du sens De inocênciaDe l'innocence Em nome dos nossos livres-pensadoresAu nom de nos libres penseurs Em nome das lágrimasAu nom des larmes Que nos desarmamQui nous désarment Deve ser possívelOn doit pouvoir Mudar a históriaChanger l'histoire
Por puniçãoPour la peine Por puniçãoPour la peine
Eu quero sorrir para os seus errosJe veux sourire à tes erreurs Beijar suas feridasEmbrasser tes blessures Vamos aprender de coraçãoNous apprendrons par coeur A exuberânciaLa démesure
Para os nossos problemas, são as mesmasCar nos peines sont les mêmes
Queremos sonhosOn veut des rêves Que nos levantemQui nous soulèvent Nós queremos floresOn veut des fleurs Para a nossa dorA nos douleurs Queremos o sentidoOn veut du sens De inocênciaDe l'innocence Em nome dos nossos livres-pensadoresAu nom de nos libres penseurs Em nome das lágrimasAu nom des larmes Que nos desarmamQui nous désarment Deve ser possívelOn doit pouvoir Mudar a históriaChanger l'histoire
Só peço a DeusSolo le pido a Dios que a dor não me seja indiferenteQue el dolor no me sea indiferente que a seca morte não me encontreQue la reseca muerte no me encuentre vazia e só sem ter feito o suficienteVacío y solo sin haber hecho lo suficiente
Só peço a DeusSolo le pido a Dios que o injusto não me seja indiferenteQue lo injusto no me sea indiferente que não me esbofeteem a outra bochechaQue no me abofeteen la otra mejilla Depois que uma garra me arranhou essa sorteDespués que una garra me arañó esta suerte
Só peço a DeusSolo le pido a Dios que a guerra não me seja indiferenteQue la guerra no me sea indiferente É um monstro grande e esmagaEs un monstruo grande y pisa fuerte Toda pobre inocência da genteToda la pobre inocencia de la gente É um monstro grande e esmagaEs un monstruo grande y pisa fuerte Toda pobre inocência da genteToda la pobre inocencia de la gente
Só peço a DeusSolo le pido a Dios que o engano não me seja indiferenteQue el engaño no me sea indiferente Se um traidor pode mais que uns quantos,Si un traidor puede más que unos cuantos que esses não esqueçam facilmenteQue esos cuantos no lo olviden fácilmente
Só peço a DeusSolo le pido a Dios que o futuro não me seja indiferente,Que el futuro no me sea indiferente Desiludido está o que tem que marcharDesahuciado está el que tiene que marchar para viver uma cultura diferenteA vivir una cultura diferente
Só peço a DeusSolo le pido a Dios que a guerra não me seja indiferenteQue la guerra no me sea indiferente É um monstro grande e esmagaEs un monstruo grande y pisa fuerte Toda pobre inocência da genteToda la pobre inocencia de la gente É um monstro grande e esmagaEs un monstruo grande y pisa fuerte Toda pobre inocência da genteToda la pobre inocencia de la gente
Em A hora dos predadores , Giuliano da Empoli dá continuidade à análise iniciada em Os engenheiros do caos , expandindo a reflexão sobre o novo cenário político global. O autor explora a convergência inquietante de tecnologia, guerra e poder, revelando como as democracias ocidentais se deixaram seduzir por oligarcas tecnológicos e autocratas carismáticos. No centro de sua análise, surge o perfil dos "borgianos": uma nova classe de líderes maquiavélicos e implacáveis, inspirados na histórica família Bórgia, famosa por suas estratégias astutas e imorais para garantir o poder. Esses líderes operam com uma lógica de manipulação e conquista a qualquer custo.
Por meio de uma narrativa que mistura observação direta ― muitas vezes in loco ―, referências filosóficas e literárias, e reflexão estratégica, Da Empoli expõe como o uso de inteligência artificial, ciberataques, manipulação de dados e guerra de narrativas está redesenhando os campos de batalha do século XXI. O livro oferece um retrato perturbador de um mundo onde o antigo equilíbrio geopolítico cede, e a força volta a prevalecer sobre o diálogo e a diplomacia.
"Em A hora dos predadores, tudo é verdadeiro, tudo é insano." Paris Match
"Uma análise arrepiante de um novo mundo em caos. Almas sensíveis, abstenham-se." L'Opinion
"Um quadro sombrio da partilha do mundo entre poderosos não europeus, sem fé ou lei." Libération
"Uma análise cirúrgica da aceleração das transformações mundiais. Leitura obrigatória." France Inter
"Um relato crepuscular e luminoso sobre o colapso político e geoestratégico em curso." Le Figaro
"Um retrato impressionante de como as elites ocidentais entregaram as chaves do poder aos novos 'conquistadores da tecnologia'." Les Échos
"Uma pena afiada." La Croix
"Um relato magistral." L'Express
"Um livro sombrio e brilhante." La Tribune Dimanche
IMORTALIDADES
Pode a morte ser vencida? Tudo que vive se aferra à vida. O desejo de perenizar-se, nesta ou em outra vida, é a continuação do instinto de sobrevivência por outros meios. Religiosos ou seculares, os projetos e vislumbres de vida eterna remontam à mais antiga ancestralidade do animal humano ― e permanecem vivíssimos em nossos dias. Como se manifesta na experiência humana, em diferentes épocas e culturas, a ambição de transcender à transitoriedade do corpo e aos caprichos do acaso? Como buscamos projetar a nossa existência para além da nossa finitude? O que é feito de quem se foi? E o que podem nos dizer a filosofia, a ciência e as religiões face ao doloroso enigma da morte, que da vida o nó desata? O tema central de Imortalidades não é a morte, mas a afirmação da vida ― o desejo de ser para além de si.
Enquanto você lê esta reportagem, ativa circuitos cerebrais que nós, seres humanos, levamos milhares de anos para desenvolver: os da leitura.
Decodificar letras, símbolos e significados transformou o nosso cérebro e nossa sociedade, e criou algo que não existia quando a nossa espécie surgiu.
"Nós pensamos na linguagem como algo natural, e deduzimos que a língua escrita é algo natural também. Mas não é, nem um pouco", afirma à BBC News Brasil Maryanne Wolf, cientista cognitiva, professora da Universidade da Califórnia em Los Angeles e autora de O Cérebro Leitor (editora Contexto).
"E quanto mais você lê, mais esse sistema molda o cérebro, de modo cumulativo. Dá a ele todo um conhecimento, toda uma construção de processos que eu chamo de leitura profunda."
No entanto, Wolf adverte que essa habilidade de leitura profunda está sob risco, por causa dos hábitos digitais modernos – como apenas "passar os olhos" em textos online.
A seguir, explicamos quatro formas como a leitura alterou a forma como pensamos – e como preservar essas conquistas.
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Legenda da foto,Leitura não é algo inato, e sim um conjunto de circuitos cerebrais que os humanos desenvolveram, afirma cientista Maryanne Wolf
1 - A 'invenção' da leitura
Maryanne Wolf explica que um cérebro neurotípico já nasce com os circuitos que permitem que nossos olhos enxerguem e que as nossas cordas vocais produzam os sons da fala. Mas ele não nasce com um circuito que permita ler.
Esse processo provavelmente começou por volta do ano 3300 a.C., com o povo sumério, na Mesopotâmia, onde hoje fica o Iraque. Os sumérios criaram o sistema cuneiforme, de cunhar símbolos em argila – embora haja debates entre alguns cientistas que os precursores da escrita possam ter sido os egípcios, com seus hieróglifos.
De qualquer modo, decifrar símbolos passou a exigir mais do cérebro do que apenas enxergar. Era preciso associar aquele símbolo a algum objeto, conceito ou emoção, e também a algum som.
"Os símbolos de escrita começaram a surgir mais ou menos 6 mil anos atrás. E exigiram uma mudança no cérebro, em que um símbolo visual passou a representar um conceito e ser expressado por linguagem", diz a autora.
Em seu livro, Wolf explica que os cientistas acreditam que os nossos ancestrais "reciclaram" para a leitura circuitos antes usados para o reconhecimento de objetos.
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Legenda da foto,Ruína de escrita cuneiforme dos sumérios, encontrada no Iraque; acredita-se que esse povo seja o precursor da escrita
Em 1989, um grupo de pesquisadores acompanhou a atividade cerebral de pessoas olhando para uma série de caracteres - alguns deles com significado e outros aleatórios, que não significavam nada em particular.
E quando as pessoas olhavam para os caracteres que tinham significado real - ou seja, eram uma palavra de um idioma -, ativavam-se áreas muito mais amplas da visão, e também células específicas que a nossa espécie desenvolveu para processar o sentido de letras, palavras e sons.
E uma única palavra é capaz de despertar no cérebro todo um acervo de conceitos relacionados.
Wolf cita um experimento feito anos atrás pelo cientista cognitivo David Swinney. Os participantes do estudo, quando liam a palavra "bug", em inglês, pensavam não só no significado básico do termo - inseto -, como também em "bugs de informática" e até mesmo no carro Fusca (que em inglês chama Beetle, nome de um inseto).
2 - O idioma que aprendemos impacta áreas diferentes do cérebro
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Legenda da foto,Aprendizado do chinês, com seus logogramas, ativa áreas visuais do cérebro, de modo distinto a idiomas como inglês e português
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Outra observação de Wolf é de que diferentes idiomas podem impactar o cérebro de modo distinto.
Vejamos o caso do chinês, um dos idiomas mais antigos do mundo, escrito no chamado sistema logográfico. Cada ideia ou preposição, por exemplo, é representada por um símbolo, em vez de por um conjunto de letras do alfabeto.
Pesquisas indicam que o aprendizado de sistemas logográficos ativa áreas diferentes do cérebro do que o aprendizado de português ou inglês, por exemplo. Em particular as regiões envolvidas na memória visual e associação visual.
Uma das formas como os cientistas descobriram isso foi a partir de um estudo pioneiro sobre o bilinguismo na década de 1930. Nele, pesquisadores chineses estudaram o caso de um homem que sofrera um derrame cerebral grave. No entanto, o derrame impactou apenas a capacidade do paciente de ler chinês. O conhecimento do idioma inglês continuou intacto.
"É um exemplo de como os circuitos do cérebro refletem as demandas do idioma chinês, que exige mais memória visual e mais processamento visual daqueles belos e intrincados símbolos", afirma Maryanne Wolf.
3 - Repertório desde a primeira infância
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Inclusive, esse aprendizado tão sofisticado começa antes da alfabetização formal: já quando os bebês ouvem história no colo dos adultos ou veem livros com figuras – mesmo que ainda não consigam decifrar as letras.
Para Wolf, isso já cria o terreno para a criança desenvolver habilidades emocionais importantes, como a empatia e a capacidade de se colocar no lugar de um personagem da história.
Em contrapartida, a negligência à leitura tem um efeito contrário - e bastante prejudicial - ao cérebro infantil.
Um famoso estudo americano de 1995 concluiu que crianças de lares pobres, sem acesso à leitura e a estímulos, terão escutado, até os 3 anos de idade, 30 milhões de palavras a menos do que uma criança estimulada e de classe média.
Hoje já existem outras pesquisas contestando algumas conclusões desse estudo – dizendo que não é uma mera questão de nível socioeconômico, e que tais conclusões podem estigmatizar crianças mais pobres.
Mas um ponto-chave continua a valer: com menos repertório, a tendência é que a criança já comece a vida acadêmica em desvantagem.
4 - Capacidade de leitura profunda se perdendo
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Legenda da foto,Hábitos digitais, como meramente 'passar os olhos', podem mudar nossa capacidade de leitura profunda, segundo pesquisadora
Uma grande preocupação da pesquisadora é com o que ela chama de "crise de leitura".
O fato de que ler não é uma capacidade inata dos humanos, e sim algo adquirido e aperfeiçoado ao longo de milênios, significa, segundo Wolf, que essas habilidades podem ser atrofiadas ou lentamente perdidas.
Pensa em como você lê na tela do celular. Por acaso é uma passada de olhos, fazendo scroll na tela, e interrompendo a cada notificação do WhatsApp? Isso é cada vez mais comum.
O problema, segundo Wolf, é que se limitar a essa leitura superficial pode prejudicar nossa capacidade de imersão num texto, de entender argumentos complexos, de fazer uma análise crítica, de identificar notícias falsas ou, simplesmente, de mergulhar em um livro bem escrito.
"Quando você apenas passa o olho no texto, estudos mostram que você absorve apenas uma amostra do que está escrito", diz ela. "E você não perde apenas dados ou fatos absolutos, mas também todo o propósito do que o escritor está tentando instigar – que é a beleza da linguagem."
Wolf cita pesquisas acadêmicas indicando, por exemplo, que crianças que usam o celular desde os primeiros anos de vida podem ter um desempenho pior na escola depois.
Além disso, "num cérebro que é constantemente distraído e hiper-estimulado, os neurotransmissores começam a desejar estímulos em um intervalo cada vez mais curto. Daí é comum que essas crianças, quando estão off-line, se sintam muito entediadas."
E tampouco sobra tempo para a leitura de lazer, "o que significa que (muitas crianças e adolescentes) não vão desenvolver essa capacidade de leitura profunda".
"O antídoto para isso é o mais simples e bonito o possível: ter nossas crianças imersas na leitura, e ter uma vida de leitor. Ajudá-los a entender que (a leitura) pode ser um santuário onde elas podem pensar por conta própria", conclui Wolf.
"Mas é um antídoto duro, no sentido de que exige que pais e professores ajudem. Eles têm de servir de modelo. Eles têm de ler para as crianças. E eles próprios precisam desenvolver o gosto pela leitura."
Dislexia e dificuldades de leitura
Crédito,Reprodução
Legenda da foto,Autora Maryanne Wolf teme que esteja em curso uma "crise de leitura", que vai pode atrofiar nossa capacidade de nos aprofundarmos em textos e em entendermos suas nuances
Outro ponto de atenção são as muitas crianças com dificuldades de leitura, como a dislexia - uma condição que, segundo diferentes estimativas, atinge de 4% a 10% da população mundial.
A dislexia é caracterizada por entraves de aprendizado de leitura e ortografia. Crianças com dislexia costumam ter dificuldade também em distinguir sons e fonemas dentro das palavras, ou em recordar informações que veem e escutam.
Maryanne Wolf tem um filho disléxico e dirige um centro de estudos sobre a dislexia na Universidade da Califórnia. E lamenta que tantas crianças com essa característica sejam taxadas de incapazes ou preguiçosas, em vez de diagnosticadas e ajudadas.
"O enredo da história da dislexia poderia ser contado com pequenas variações em todo o mundo", escreve Wolf em O Cérebro Leitor.
"Uma criança inteligente, digamos um menino, chega à escola cheio de vida e entusiasmo; se esforça para aprender a ler como todo mundo, mas, diferentemente de todos, parece que não conseguirá aprender; seus pais lhe dizem para se esforçar mais um pouco; os professores lhe dizem que 'não está trabalhando com todo seu potencial'; alguns colegas o chamam de 'retardado', 'idiota'; recebe a mensagem avassaladora de que não terá muito valor; e assim, essa criança deixa a escola sem qualquer traço do entusiasmo inicial de quando entrou", afirma ela.
Em seu livro, a pesquisadora cita algumas hipóteses para explicar a dislexia, como uma possível falha nas estruturas de linguagem ou visão do cérebro. Também é possível que pessoas disléxicas usem circuitos cerebrais diferentes dos de um leitor típico.
"Já conhecemos muito, mas muito ainda precisa ser explicado na história e nos mistérios da dislexia", diz Wolf.
"Em muitos casos, o cérebro nunca atinge os estágios mais elevados de desenvolvimento da leitura, pois leva muito tempo para conectar as primeiras partes do processo. Muitas crianças com dislexia literalmente não têm tempo para processar a informação escrita."
Ao mesmo tempo, muitas pessoas com dislexia são consideradas excepcionalmente criativas e inteligentes.
Inclusive existe o debate de que grandes gênios da humanidade, como Leonardo da Vinci, Thomas Edison e Albert Einstein possam ter sido disléxicos.
Da Vinci, por exemplo, tinha dificuldade com a leitura e às vezes escrevia da direita pra esquerda, e com erros ortográficos e sintáticos.
"A maioria das pessoas com dislexia não possui talentos espetaculares como os de Edison ou Leonardo, mas parece haver um grande número de pessoas portadoras de dislexia extraordinariamente talentosas", escreve Wolf.
Além disso, hoje já existem muitas estratégias para ajudar crianças com essa e outras dificuldades de leitura.
"O principal é tentar ajudar as crianças a descobrirem a sensação de terem um santuário de leitura", afirma Wolf à BBC News Brasil. "No começo, é claro, as histórias são muito simples e com o tempo vão ficando mais complexas. Mas sempre enfatizando habilidades como capacidade de dedução, empatia e pensar por conta própria."