No Japão, escapar da pobreza leva apenas 14 horas de trabalho de salário mínimo. Nos EUA, são necessários 80.
Isso é o que o gráfico nos diz. Mas o que isso realmente significa?
Primeiro, o enquadramento é um pouco enganoso. Esta é a pobreza relativa, definida como renda abaixo da metade da renda média disponível. Em sociedades mais igualitárias como o Japão, o "piso" está mais próximo do meio, por isso leva menos horas para subir acima dele.
Em segundo lugar, o Japão não começa apenas com menos desigualdade. Também possui ferramentas mais eficazes para fechar lacunas: cobertura universal de saúde, proteções trabalhistas mais fortes e transferências mais redistributivas. Isso torna a subida do fundo menos íngreme.
No entanto, este não é um conto de fadas. O Japão ainda enfrenta desafios profundos: pobreza idosa em uma sociedade que envelhece rapidamente, trabalhadores precários e não regulares com segurança limitada e pais solteiros (principalmente mulheres) que lutam para sobreviver.
Então:
A história do Japão é de décadas de compressão salarial e amplo investimento social, enquanto os EUA escolheram outro caminho e a lacuna entre os dois é a longa sombra dessas escolhas.
E "pobreza" é uma palavra escorregadia: linhas relativas revelam desigualdade, linhas absolutas a escondem.
Ative para ver a imagem maior.
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