O clima de perseguição política, boatos, delírios de grupos
pelo poder, adivinhação dos desejos dos reis , insensibilidades e desonras dos poderosos
penetra na vida dos indivíduos indefesos diante do fanatismo politico de
alguns. Desorganizando suas consciências e as realidades em que atuam. A invasão politica das subjetividades e
suas impotências diante das loucuras na politica é preenchida por estes conteúdos gerados pela violência social na forma como grupos políticos ou mesmo
reis conduzem o poder.
Os poderosos se acham dominados por uma onipotência mágica.
Eles acham que seus privilégios podem
tudo e não correm nenhum risco. Dirceu, Cid Gomes, Eduardo Cunha, Sergio Machado a fila vai aumentando... Acham que é possível separar os efeitos de seus atos em sua vida
pessoal subjetiva da vida social. A vida
coletiva politica cria uma atmosfera cultural que geram com seus atos a loucura em muitas
pessoas que compartilham os delírios , alguns indefesos , outros onipotentes mágicos
vislumbrados com seus poderes.
Muitos pesadelos na história foram construídos assim como o
Terceiro Reich. As reações das pessoas a estas violências geram pertubações psíquicas frutos de um campo social histórico. E quando alguns desejam se
libertar ou não aceitar estas loucuras são considerados dissidentes. A junta
militar Argentina chamou de loucas da
Praça de Maio, as mães que se
reuniam e andavam em roda neste lugar de
Buenos Aires , para protestar contra o desaparecimento de seus filhos. Fico
imaginando as mães de jovens mortos na periferia gritando para projetos de poder que delirando
em seus atos acham que não tem nada haver com isso ? Afinal o dinheiro público
esta a serviço destes jogos do poder.
O impacto da história sobre seus atores, testemunhas e
vítimas produzem discursos que buscam transformar em louco o opositor , a
fronteira entre a paixão política e seus
excessos mórbidos, entre convicções pessoais e transbordamentos maniacos,
mistura o ideológico e o patológico nos delírios do poder e todos os efeitos que
isto tem no publico e na vida das pessoas simples.
A não concordância busca reduzir o dissidente ao silêncio,
os revolucionários a melancolia ou o que na minha visão as vezes só estão “doentes” de amor a humanidade , a um sonho, a
uma causa. Isto é bem diferente das loucuras e patologias dos poderosos. Os
grupos políticos servem para isolar o que pensam e são diferentes. As suas
repressões servem para tentar anular o debate, o dialogo, e a avaliação de
projetos de poder que nada tem de projetos de sociedade.
Entender o silêncio dos inimigos ou dos que tem medo diante dos esquemas poderosos é resgatar a verdadeira
politica e não as loucuras que o poder provoca.Os donos do poder acham que a sua fala é das pessoas que eles
desgovernam. As “boas intenções “ de suas falas justificam a coerção aos
inimigos.
Os políticos loucos “esquecem de si mesmos, saem de si, esvaziam
os sentidos de toda afeição terrena, purga o espirito de toda humana solicitude
e trata tudo com indiferença” Os dramas
de suas vidas , de suas relações com o dinheiro, o poder e o amor, torna a
política a forma de conquistar poder, dinheiro e amor por outras vias públicas.
Enquanto a miséria social pertence a uma história dos iletrados, dos anônimos, dos excluídos , dos marginais, dos sem voz, nem os poderosos nem eu podemos faze-los falar. Eles perdem a cabeça se falarem mas os poderosos perdem a cabeça em seus delírios de poder. Porem fica a escolha entre perder a cabeça e morrer fome diante de uma nobreza no poder fortalecendo reinos feudais. Diante destas realidades as Revoluções ocorrem. A guilhotina só pode ser parada pela germinação de outras formas de ser, viver e governar.
Continua na parte II.
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