SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Rebelião Nordestina de heróis por um dia!




“E nenhum tempo, nem poder fará ruir! A forma moldada que evolui, vivida.” Goethe. 




A história é escrita pelas pessoas, onde menos se espera, um deserto florir. Visitei uma cidade chamada Cruz que tem uma linda praça gastronômica apesar de ser uma cidade nova com pouca população e recursos assim como ao lado dela tem um Castelo em pleno sertão. Voltaire se tornou a primeira celebridade do mundo com suas ideias e fez florir a Revolução Francesa assim como GabiGol em minutos muda a historia das Libertadores, do Flamengo e de sua torcida. Porem apesar de suas rebeldias que os tornam heróis, alguns apenas por um dia , outros pela eternidade, nenhuma flor nasce sozinha, nenhum jardim se perpetua com uma flor para escrever a Historia. 


Porém elas nascem ao mesmo tempo, em varias cidades do Nordeste ou na alma e coração dos nordestinos, que estão vivendo uma guerra pela liberdade, autonomia em guiar seu destino diante das histórias cada vez mais tristes das oligarquias, elites, burocratas e gangues partidárias que não demonstram nenhum amor por suas vidas e sonhos. Chegou a hora de multiplicar as rebeldias que geram pães, trabalho, arte, saúde, educação, tecnologias, preservação da natureza, famílias, comunidades e cidades com novas formas de ser, viver e governar. 


Tenho me dedicado a compreender brilhante análise do cientista político de Harvard, Robert Putnam, das tendências econômicas, sociais e políticas ao longo do século passado, demonstrando como passamos de uma sociedade individualista do eu para uma sociedade mais comunitária do "nós" e depois voltamos novamente - e como podemos aprender com essa experiência para virar a esquina em direção a uma nação mais forte e mais unificada, do autor de Bowling Alone e Our Kids.

Desigualdade profunda e acelerada; polarização política sem precedentes; discurso público vitriólico; um tecido social desgastante; narcisismo público e privado - os americanos e brasileiros de hoje parecem concordar em apenas uma coisa: este é o pior dos tempos. 


Mas já estivemos aqui antes. Durante a Era Dourada do final do século XIX, as Américas eram altamente individualistas, totalmente desigual, ferozmente polarizada e profundamente fragmentada, exatamente como é hoje. No entanto, quando o século XX começou, os Estados Unidos e o Brasil se tornaram - lenta, desigual, mas constante - mais igualitários, mais cooperativos, mais generosos; uma sociedade mais focada em nossas responsabilidades uns com os outros e menos focada em nosso interesse próprio mais restrito. Em algum momento da década de 1960, porém, nossa nação virou outra esquina, e todas essas tendências foram revertidas, deixando-nos na desordem de hoje.

Em uma ampla visão geral de mais de um século de história, com base em sua combinação inimitável de análise estatística e narrativa, Robert Putnam analisa uma notável confluência de tendências que nos levaram de uma sociedade "eu" para uma sociedade "nós" e depois voltamos novamente . Ele tira lições inspiradoras para o nosso tempo desde uma época anterior, quando um grupo dedicado de reformadores endireitou o navio, colocando-nos no caminho de nos tornarmos uma sociedade mais uma vez baseada na comunidade. Cativante, revelador e oportuno, este é o trabalho mais ambicioso de Putnam até o momento, uma pedra angular adequada para uma carreira brilhante. 


Enquanto essas paisagens se modificam, outras feudais permanecem intocáveis no Ceará e no Nordeste. Por exemplo quando Tasso era Governador do Ceara, os jornais publicaram que a Receita Federal ia fiscalizar o Grupo Edson Queiroz e logo depois Edson Queiroz Neto que se propunha uma alternativa a Tasso deixou a politica. Nem mesmo entre nossas elites que tem todas as condições financeiras para disputar a democracia, em terras feudais de oligarquias, impera o terror e o medo. O Governo Federal hoje sem o controle e independente da oligarquia cearense, fato inédito em nossa história, fará um enorme favor a população cearense, se puder iluminar com transparência, o pagamento de impostos, incentivos fiscais e financiamentos públicos das empresas cearenses que são beneficiadas pelo Estado público em detrimento há décadas da maioria de nossa população. Afinal no Ceará a classe política feita de Deputados e Senadores Empresários, poder legislativo, judiciário, imprensa e outros todos se calam para corrupção no Ceara nas várias denúncias e pedidos de CPIs do Deputado Heitor Ferrer como Aquário, Tatuzões, JBS e outras. No Ceará não é povo que vive do Estado é a Oligarquia. O que nos distingue brutalmente de outros processos democráticos individualistas ou comunitários porque impera a Ditadura das Oligarquias sem lei. 


Por esta razão as rebeldias dos heróis nordestinos começaram em várias cidades e os jardins a florir, estamos em guerra pela vida, pelo direito de sonhar, expressar suas dores e sofrimentos, criar e empreender novas formas de ser, viver e governar. Cada semente plantada, cada ato de rebeldia, de denúncia de corrupção, da coragem da verdade, em mostrar como as oligarquias atuam e se reproduzem no poder nos seus feudos cidades e na distribuição dos cargos e orçamentos estaduais revelam as piores praticas de poder inviabilizando a democracia somada ao silêncio sobre corrupção. 


Não é possível segurar um, centenas, milhares, milhões, é possível aprisionar vereadores, Deputados, burocratas, juízes, jornalistas, e pessoas que dependem de serviços da prefeitura e do Estado para viver. Porem é impossível segurar a revolta, a rebeldia, as causas, as ideias, os sonhos, a luta contra a escravidão e a ditadura que impera no Ceara dos Coronéis Ciro e Tasso.  

A rebeldia cada vez mais explode de onde menos se espera das quebradas, dos presídios, dos evangélicos, de milhões de nordestinos e seus descendentes espalhados pelo Brasil que fugiram e continuam fugir da seca, miséria, desigualdades e violências das oligarquias, que desde seus antepassados, avôs, pais e agora os juniores sem currículo que herdaram privilégios e cargos públicos. Porém são esses rebeldes originais, os verdadeiros heróis artistas, jogadores de futebol, educadores, empreendedores e outros profissionais que sem dinheiro e com seu talento construíram com os imigrantes outros Brasis mais solidários e comunitários com a pobreza e desigualdade da maioria. Porém mesmo olhando e mudando o nosso local estaremos cantando com o mundo que não tem medo da liberdade, igualdade e fraternidade. Chegou a hora de unir o Brasil rico com o pobre e quebrar nosso muro de Berlim! Cada um pode quebrar com ousadia um pedaço do muro que nos divide sendo herói por um dia.



Nenhum comentário:

Postar um comentário