SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

domingo, 26 de setembro de 2021

CULTURA ECONÔMICA DEMOCRÁTICA GERA INOVAÇÃO COM IMPACTO SOCIAL.




Não por acaso o Brasil é um dos países com as maiores desigualdades e injustiças do mundo, e a história não é a única explicação. Infelizmente nossas ditas instituições e organizações de vários setores da sociedade continuam trocando moedas entre si, fazendo negócios, protegendo seus feudos e privilégios, às custas da democracia, produtividade, ascensão social pela educação e ausência de inovação e impactos sustentáveis que transforme nossa cultura. 



Qual a métrica que avalia impacto social numa sociedade fragmentada com tecidos sociais violentos ? Onde milhões de vidas nos últimos séculos e nas próximas décadas tem poucas chances e oportunidades de transformarem suas existências, ascenderem socialmente e modificarem os lugares onde vivem ? Que cultura, economia, e democracia é essa que em seus discursos adota conceitos universais conquistados pelos cidadãos e história de outros países mas que no Brasil são esvaziados de seus conteúdos léxicos e de suas práticas transformadoras ? Vivemos de simulacros, de cópias das cópias, onde nossos contextos históricos, econômicos, políticos e sociais negam os direitos básicos para maioria de sua população enquanto elites, oligarquias, e gangues partidárias enriquecem pelo Estado "Casa grande" dito público ? 



Amartya Sen escreveu há mais de 4 décadas o livro “ Escolha coletiva e bem estar social”  que foi essencial no desenvolvimento das metas do milênio da ONU que depois foram ampliados seus indicadores e métricas por Oxford. Esse livro coloca os limites das eleições em resolver nossos desafios coletivos, a necessidade de aprofundar a democracia por outros caminhos, e a participação da sociedade civil é essencial numa sociedade em rede no processo de construir inovações com impacto social, e escalar em política pública. Sim, as inovações passam pelo critério em ampliar a produtividade de uma economia, foi isso historicamente que as tecnologias fizeram. Elas reduziram custos e ampliaram o acesso a energia, telefone, transporte, computadores, celulares e outros. Essas inovações produziram culturas tecnológicas, ampliaram caminhos digitais e redes sociais para difundir vozes diversas que aprofundaram a democracia mais do que os Partidos, difundiram o saber mais do que as Universidades, incluindo as consequências positivas e negativas desse processo histórico. 



Muitas organizações de nossa sociedade tentam segurar essa cultura digital e tecnológica que impacta ainda mais nossa sociedade, e não é apenas a direita e a negação da ciência e mudanças climáticas, ou a esquerda que ainda não descobriu que o Muro de Berlim caiu, que a China é brutalmente capitalista e ditatorial e que estes delírios têm profundos impactos em nossa economia, governos, e sociedade. Nessa terra brasileira poderá emergir uma revolução francesa quando empresas e políticos vivem do Estado ? Vidas negras importam ? As mulheres marcharam por igualdade, pão e rosas ? A nossa primavera árabe tirou Dilma e levou Temer e centrão ao poder, e continuam no poder do Trump brasileiro numa sempre fake histórica. Não foi apenas a proclamação da República, as revoluções foram oligárquicas e militares, a educação, economia, ciência e a maioria do povo sempre excluída desse processo. Até os partidos de esquerda são oligárquicos e sem democracia interna, onde parentes e amigos se revezam no poder, trocando moedas e protegendo seus feudos, cargos e fundos. 



O que precisa mudar em nossa cultura são os tomadores de decisão e o processo pelo qual a democracia define o que é prioridade. E as eleições regadas por fundos e campanhas milionárias inviabilizam muitas vozes e a Democracia. Nossa historia de escravidão, passada e atual com o racismo, morte de milhões de jovens nas ultimas décadas, muito mais que na pandemia, presídios super lotadas sem acesso a lei e justiça, periferias e comunidades abandonadas entregues ao controle do trafico de drogas e a pobreza, todos no aguardo da nova eleição e salvador da pátria. A ciência, economia, e sociedade precisa de liberdade para florescer! Nenhum país na história mudou sem tirar as pessoas da pobreza. A nossa cultura antieconômica, antidemocrática, e anti social, insisti que não, e fala em inovação. A inovação de verdade no Brasil começa pelas políticas públicas e nossa capacidade em mensurar seus impactos em transformar vidas e comunidades. 


 

A internacionalização é um caminho que outras nações seguiram, outras libertaram seus povos infelizmente pelo caminho das guerras e revoluções, os direitos constitucionais de negros, mulheres e índios precisam ser efetivados, a educação cidadã e a ciência precisam dialogar nas Escolas e Universidades, a economia continua sendo sinômino de produtividade e melhores salários no mundo, gestão e estratégia convergem, democracia e cultura andam juntas, inovação começa pelo social e política publica, impacto é transformar vidas e os lugares onde moram, tudo isso são ingredientes para uma cultura econômica democrática com inovação cientifica, tecnológica e social.  Sim precisamos pensar, ter estratégias sistêmicas e complexas que gerem sinergias entre setores, otimizando recursos e ampliando impactos. O Brasil vai ser o primeiro Vale de inovação global em políticas públicas e impacto social. 






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