Uma das maiores lições que a Paixão de Cristo pode nos educar é sobre a nossa capacidade de ir além de nossos limites, sofrimentos, e dores em nome de outras pessoas, de seus sofrimentos, e do amor a Deus. Esses últimos dias uma Professora e crianças foram mortas na escola e na creche. O que essas Paixões de Cristo nos ensinam sobre poder, dinheiro e loucos.
Outras milhares de crianças, jovens e professores estão sendo crucificados em sala de aula por coordenadores, diretores e políticos que usam a Educação para manter seu dinheiro, poder e loucuras, mas que não respeitam e se omitem em relação às vidas e os sofrimentos das crianças e professores, sendo crucificados nas escolas e mortos pouco a pouco todos os dias sem apreender há anos. Os gestores da educação sabem, mas talvez vão rezar para seus Deuses para proteger seus poderes, dinheiro e loucuras e continuar usando as escolas como espaços de crucificação. Claro que vão tratar seus filhos de um jeito, mas dos outros não?
Aqui não tem espaço suficiente para mostrar cenas da crucificação por exemplo o Ministério público apresentou a Prefeitura de Fortaleza a necessidade urgente de melhorar as condições das escolas públicas nos lugares mais pobres onde falta condições mínimas em escolas e creches como salas de aula dignas, banheiros, espaços para brincar, brinquedos, comida digna para muitos que é única refeição do dia, lápis...A Prefeitura de Fortaleza não atendeu essas prioridades e hoje está na mão de um juiz o processo. Mas o calvário de alunos e professores continua pois gestores educadores capitães do Mato se calam e omitem, você busca realizar aulas diferentes que visam captar a atenção, memória, e percepção das crianças nessas condições difíceis mas é negado, cancelam recreios mesmo sem chuva, não tem nenhum apoio para cumprir suas funções porque estão substituindo professores em sala de aula que a Prefeitura não manda, e outros pois existem milhares de fatos como esses acontecendo em diversas escolas pelo Brasil. Escolas sem coordenador, crianças diagnosticadas sem apoio em seus processos de aprendizagem em sala de aula, violências e indisciplinas sem controle, crianças sem alfabetização em séries como 3, 4 e 5 anos, entre outros. Objetivo é educar, ou crucificá-los em escolas depósitos que não tem condições mínimas de educá-las? Pedimos apoio ao Ministério público, UFC, Câmara de Vereadores e SME que não se calem nem se omitam diante dessas situações. Até porque a solução não é difícil, tem recursos, mas precisa priorizar o que é urgente. Um plano por escola como Paulo Freire fez quando Secretário de Educação em São Paulo.
A SME faz uma avaliação chamada ADR para saber o que o aluno aprendeu no ano anterior para recuperar no atual ano letivo, o que ele deixou de aprender somando o conteúdo da atual série. Nas escolas onde estou o nível de aprendizado que recebemos dos alunos é baixíssimo, como somos novos na rede perguntei aos professores com mais tempo se sempre foi assim? A Resposta é sim. Claro que nas condições que apresentei acima é difícil mesmo aprender com sala de aula e escola com muitos problemas sem solução durante anos. Muitos alunos passam sem saber nem aprender durante décadas para manter pela força e violências o case de educação cearense? Crucificam crianças e professores todos os dias para manter seus poderes, dinheiro e loucuras.
É tão difícil dialogar sobre como mudar essa situação nas escolas? É tão difícil parar de mentir e enganar as famílias que acreditam na escola? Qual o impacto que terá na educação se as salas de aula tiverem condições mínimas de ensino, se universitários de Universidades públicas em suas formações em diversos cursos podem apoiar escolas com psicólogos, assistentes sociais, advogados ajudarem as famílias a conquistar seus direitos, administradores fazerem um plano de negócios para os pais terem um pequeno negócio e renda, acadêmicos da saúde, entre outros cursos e sua colaboração nas comunidades onde as escolas atuam. Se os governos integrarem política educacional com social como os melhores sistemas de ensino do mundo que não mandam para escolas crianças com fome, sofrendo violências, e sem saber ler. Se a FIEC pode priorizar as famílias que tem filhos nas escolas com emprego ou contratação de seus pequenos negócios pelas empresas da região. Se o Governo Federal pode aportar recursos para extrema pobreza e violências que fazem parte do cotidiano das escolas.
Se podemos ter um plano por escola em dialogo com a SME, Escolas, famílias e sociedades dividindo as tarefas e responsabilidades. Um professor da California a convite da Fundação Lemann mostrou em números que é impossível resolver Educação sem resolver a Pobreza, inclusive é mais caro. Acho que Lemann não ficou feliz com esse diagnóstico porque ninguém quer dizer a verdade no Brasil enquanto milhões pagam com suas vidas e mortes, crucificados todos os dias num país de maioria de católicos e evangélicos, mas ninguém vê Cristo nas crianças?
Se a educação como está resolvesse porque o crime avança tão rápido? O Brasil prefere gastar 300 bilhões de reais com segurança e presídios. O Ceará mata 4 vezes mais jovens que São Paulo que tem 4 vezes nossa população. Bilionários não pagam impostos no Ceara e no Brasil com incentivos fiscais. Os bilhões do Banco do Nordeste por ano nos últimos 50 anos beneficiam grandes empresários, corrupção e políticos. Um BNB vivendo às custas dos nordestinos. Por ultimo em uma das escolas onde ensino tem um pedreiro trabalhando lá sua família vive na comunidade há 108 anos, seus pais e filhos estudaram na escola, e nenhum pela educação e trabalho conseguiram melhorar suas vidas. É apenas mais um personagem de nossa História que assim como alunos e professores tem que apreender a gritar, lutar, construir e imaginar novos dias na educação com um plano por cada escola evitando a crucificação e morte de milhares de crianças e professores.
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