A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não podem dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria. Paulo Freire
Apreender para que sejamos mais conscientes de quem somos, das coisas, e do ser eterno e absolutamente infinito, imanente a todas as coisas, que são deles expressões certas e determinadas, modos imanentes, expressões modulares da ação necessária, isto é, eterna e infinita, de Deus ou Natureza. Isso não foi escrito na Bíblia mas por Spinoza. Isso não é Religião é Educação.
Em Spinoza não há lugar para ascetismo mas para alegria e ética. Existe lugar para vida e política democrática de transformar a existência e por isso em mudar a sala de aula para alegria de bilhões de crianças e jovens. Construindo experiências que absorvam nossas alegrias, tristezas e amor pela vida, família, Deus, sonhos...em busca de uma liberdade de ser cada vez maior.
As decisões e escolhas que tomamos na vida são momentos em que a razão emerge como afeto como resposta e solução aos problemas colocados pela experiência. Mas numa educação que nega as experiências e os afetos, o que é apreender conteúdos vazios de existências?
A passividade limita nossa capacidade de agir, pensar e sonhar, mas buscamos alegrias equilibradas e não alegrias obsessivas e excessivas que nos acostumamos a ver nas redes sociais. Alegria experimentada amplia nosso ser, nossa capacidade de agir e pensar, e favorece o próprio ato de questionar o pensar, as experiências e os afetos. Rumo as vitórias e felicidade!
O grande problema que nos coloca é o que fazer de nossas alegrias? Um caminho de aprendizagem sobre quem somos, a vida, as pessoas e o mundo que vivemos. Spinoza define alegria como a passagem do homem de uma perfeição menor à uma maior, sendo que perfeição é o mesmo que realidade. Passar uma perfeição maior é adquirir uma maior realidade, isto é, uma potência de agir e pensar ou realizar-se. Nós estamos determinados a buscar alegrias, porque somos determinados a agir, a fazer coisas, a viver, e quando nossa potência de agir, fazer, viver é aumentada, reforçada ou favorecida por algo, a expressão disto na mente é alegria.
O que é uma verdadeira alegria? É adquirir UM BEM e não apenas bens que é eterno e infinito que nutre o ânimo da alegria e é desprovido de toda tristeza. Alegria é afirmação da existência e tristeza é sua negação. Tais alegrias ou prazeres deixam de ser vícios ou pecados para serem compreendidos como modos de ser que buscamos naturalmente, no exercício mesmo de nosso conatus, aprendizado ou essência.
A essa experiência afetiva chamamos de processo libertador das dores e tristezas que concorda por excelência com a razão e com o poder de governar a si e os outros no mundo que clama por uma sabedoria viva, democrática e alegre rumo a vitória e a felicidade.
Esse texto é uma homenagem a UFC VIVA, DEMOCRÁTICA EM SUA MISSÃO DE EDUCAR COM ALEGRIA COMO DIVERTIDA SURPRESA DE APRENDER. Aos Professores filósofos, educadores e cientistas que enfrentaram os delírios, vaidades, ignorâncias, e violências numa educação da morte e da mentira no Desgoverno Bolsonaro.
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