SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

segunda-feira, 30 de junho de 2025

SOBRE O NOSSO FUTURO. Por Egidio Guerra e João Victor Guerra . Dia 11 de um novo ciclo de plantar e colher .

 Dia 11 de um novo ciclo de plantar e colher .


Talvez um das coisas mais lindas de ver é ver filmes históricos ou ler biografias, porque em poucas horas conhecemos o passado, presente e futuro. Na Bíblia vêm profecias e parábolas, mas quem quer aprender com a história e a vida? Por isso, por incrível que pareça, muitos poucos, mas todos querem saber o futuro! Esquecem que o futuro carregamos dentro de nós, em escolhas que se misturam em nosso ser, na interface entre várias áreas da vida, como trabalho, amor, educação, espiritualidade, políticas, saúde e outros, como se cada uma delas fosse fios que entrelaçam nosso destino. Agora, multiplica essas escolhas, pensamentos, atitudes, valores entre centenas, milhares, milhões e bilhões de pessoas, e temos assim a escrita da História e do futuro. Mil coisas vão acontecer amanhã e vão impactar sua vida, queira ou não: no seu trabalho, na saúde de um familiar, numa decisão política, numa nova tecnologia, ou porque algum maluco com poder resolveu enlouquecer. Sobre o nosso futuro dependem bênçãos não planejadas, acasos, sortes, mágicas do destino e, claro, Deus.



Imagine o poder de, durante 10 minutos por dia, você fazer qualquer coisa que nunca fez na vida e ampliar seus futuros. Imagine seu talento se unir com outros talentos, ideias e recursos compartilhados mudarem o futuro agora. Isso não depende de um, depende de nós, de solidariedade, fraternidade, amor, bem comum. O inferno é muito semelhante ao ego que não enxerga o outro, o vazio que se expande do tamanho da fuga que o ser faz da realidade e do presente. Talvez seja mais simples amar, ter na vida, ser sincero e honesto com outros sobre seus problemas e dores. Isso muda o futuro agora. 




A principal questão, ser ou não ser, ter futuros amplos a escolher, deriva das equações, variáveis e sentimentos que queremos enfrentar de frente, e ter futuro presente em nossas ações e valores. Bem, essa é a parte boa da história, porque eu não sabia que o mal existia, e muitas vezes o bem não acontece porque o mal age, principalmente quando você está fazendo a coisa certa. Futuros viram sofrimentos, dores, e ao invés de alegrias, perdemos dias e noites perguntando: por quê? Porque um assalto pode acabar com a sua vida, e em muitas casos não como impedir, ou uma desilusão amorosa, ou injustiças sociais, corrupções e outros. Tudo isso, junto com o que nos falta, molda um futuro que amanhã pode estar escrito num livro, virar filme ou jornal. 



Qual o poder de 50 mil vidas na Palestina decidirem suas vidas sem armas, nem comida, nem apoio internacional? Qual o poder de comunidades pobres cercadas pelo crime e corrupção? Eu sei apenas que esses futuros têm consequências e culpados, pessoas e coletivos, incluindo os que se omitem de dizer a verdade, de depois do roubo e maldades tentar esquecer com vícios, sexo e drogas. De sentir, ao mesmo tempo que reza, se matar aos poucos e muita de nossa humanidade.


O nosso futuro depende de enfrentarmos coração com coração, com sabedoria, coragem e amor. Não importa se aquele futuro assustador ainda não aconteceu, importa se não somos responsáveis diretos pelos piores futuros de nossas vidas e dos outros. A sociedade não vive sem ética, nem espiritualidade, mas vive sem dinheiro como entendemos o bezerro de ouro, vive sem ditadores. As maldades se perpetuam e destroem vidas durante anos e gerações. Mas acordamos de manhã, esquecemos tudo e seguimos em frente para onde? Ah, para o futuro, onde milagres ou pesadelos se tornam realidade. Culpamos Deus, mas não culpamos a nós mesmos, não culpamos nossa omissão, desde que o ego, a vaidade, os pecados capitais, desfrutem do medo de tornar-se cada vez mais o humano que traz alegria e felicidade não por um momento, mas uma alegria constante que brilha e ilumina milhares de futuros. 


Se as mudanças climáticas avançarem, veremos cidades costeiras submersas, colheitas fracassadas e migrações em massa. Água potável será disputada a tiro, e os mais pobres sofrerão primeiro. Tempestades e incêndios serão normais, e governos gastarão mais em desastres do que em educação. 



Se a inteligência artificial dominar a humanidade, empregos sumirão, máquinas decidirão quem vive bem e quem é descartável, e a privacidade será mito. Alguns viverão em realidade virtual, dopados de prazer artificial, enquanto outros lutarão por migalhas em favelas tecnológicas.

Se o crime organizado inviabilizar o Estado, policiais serão comprados, juízes ameaçados e hospitais controlados por milícias. Dinheiro sujo financiará eleições, e a lei será a do mais armado. Cidades se dividirão em feudos, onde sobrevive quem paga ou obedece. 



O que podemos fazer? 

Nas famílias: 

Ensinar filhos a plantar, consertar coisas e viver com menos. 

Guardar água, comida e remédios, mas também partilhar com vizinhos. 

Desligar celulares e conversar sobre ética, empatia e resistência. 

Nas comunidades: 

Criar hortas coletivas, bancos de sementes e sistemas de energia solar. 

Organizar grupos de vigilância solidária (sem armas, mas com comunicação). 

Apoiar escolas, igrejas e centros culturais que ensinem autonomia, não dependência. 

Nas cidades: 

Cobrar transparência e pressionar por políticas públicas locais (transporte limpo, reciclagem obrigatória). 

Boicotar empresas que destroem o planeta ou exploram pessoas. 

Usar tecnologia a nosso favor (redes alternativas de comunicação, moedas locais). 

O futuro não é o que vem, mas o que a gente constrói. Se cada rua tiver uma horta, cada bairro um grupo de defesa civil, cada cidade um pacto contra corrupção, o colapso vira renascimento. A escuridão vence se nos dividir. Mas se agirmos juntosmesmo em pequenos gestos —, o amanhã pode ser de luz. 



Exemplos Reais que Estão Construindo Futuros Melhores 

1. Contra as Mudanças Climáticas: 


Cidades Resilientes (Copenhague, Dinamarca): A capital dinamarquesa planeja ser carbono neutra até 2025 com ciclovias, energia eólica e telhados verdes. 

Agricultura Regenerativa (Projeto Seringueiro, Brasil): No Acre, comunidades extrativistas revitalizam florestas enquanto produzem borracha e castanhas, provando que é possível viver da terra sem destruí-la. 

Água para Todos (Projeto 1Milhão de Cisternas, Sertão Nordestino): Tecnologia simples (captação de água da chuva) salvou milhares da seca, mostrando que soluções baratas podem vencer até a escassez. 

2. Contra o Domínio Desumano da IA: 



Cooperativas de Dados (Mondragon, Espanha): Uma das maiores cooperativas do mundo usa tecnologia de forma coletivarobôs são dos trabalhadores, não de patrões. 

Cidades com Renda Básica (Maricá, RJ, Brasil): O município distribui renda universal financiada por royalties do petróleo, provando que é possível usar riqueza coletiva para reduzir desigualdades. 

Software Livre (Linux, Wikipedia): Projetos colaborativos sem donos mostram que conhecimento e tecnologia podem ser compartilhados, não controlados por gigantes corporativos. 

3. Contra o Crime Organizado e Estado Frágil: 



Paz Armada com Educação (Medellín, Colômbia): A cidade foi dominada pelo cartel de Pablo Escobar. Hoje, bibliotecas parques em favelas e investimento em cultura reduziram a violência em 80%. 

Justiça Comunitária (Tribunais de Gacaca, Ruanda): Após o genocídio, ruandeses criaram tribunais locais onde vítimas e culpados dialogavamhoje, o país tem uma das menores taxas de corrupção da África. 

Policiamento Comunitário (Guardas da Floresta, Amazônia): Indígenas e ribeirinhos armados apenas com drones e celulares monitoram e expulsam madeireiros ilegais melhor que o governo. 

O que Podemos Aprender com Esses Exemplos? 

Soluções não precisam ser caras, mas sim coletivas. 

Onde o Estado falha, a sociedade pode agir. 

Tecnologia e tradição podem andar juntas. 

O futuro não é uma profecia — é uma escolha. Se comunidades no sertão, em favelas ou em países destruídos por guerras conseguiram reinventar o amanhã, nós também podemos. Basta decidir se vamos apenas assistir ou fazer parte da mudança. 

Exemplos Reais de Educação que Estão Transformando Futuros 

A educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo — mas se for libertadora, prática e acessível a todos. Esses exemplos mostram que, mesmo em crises, é possível reinventar a aprendizagem: 


 

1. Escolas que Ensinam a Sobreviver (e Prosperar) no Século XXI 

Escola da Ponte (Portugal): Sem salas de aula, séries ou provas. Os alunos aprendem em projetos e decidem seu próprio ritmo. Resultado? Crianças autônomas, críticas e preparadas para a vida real. 

Green School (Bali, Indonésia): Feita de bambu, ensina sustentabilidade na prática. Alunos criam sistemas de energia solar, hortas e até negócios ecológicos antes de terminar o ensino médio. 

Projeto Âncora (Cotia, Brasil): Baseado no modelo da Ponte, prova que educação pública de qualidade é possívelmesmo sem recursos milionários. 

2. Revoluções na Educação Popular 

Movimento dos Sem Escola (Zona da Mata, Brasil): Agricultores sem acesso à escola criaram salas de aula nas lavouras, onde crianças aprendem matemática medindo terra e português lendo direitos trabalhistas. 

Escuelas Radiofónicas (Equador): Nos anos 60, rádios educativas alfabetizaram milhões de camponeses. Hoje, virou modelo para levar ensino a áreas remotas via celular. 

Currículo Ubuntu (Periferias do Brasil): Usa filosofia africana para ensinar ética, empatia e liderança em escolas públicas. Reduziu violência e evasão em várias comunidades. 

3. Tecnologia a Serviço da Educação Real (não do Lucro) 

Khan Academy (Global): Vídeos gratuitos salvaram milhões de alunos em matemática e ciências. Mostra que educação de qualidade não precisa ser cara. 

Escolas de Código (Favela da Maré, RJ): Jovens de periferia aprendem programação e saem empregados, provando que inclusão digital é possível sem depender do governo. 

Universidade dos Pés Descalços (Índia): Camponeses analfabetos viraram engenheiros solares em uma universidade que exige vontade de aprender. 



4. Educação para Reconstruir Sociedades Destruídas 

Escolas da Paz (El Salvador): Em um dos países mais violentos do mundo, crianças aprendem meditação e resolução de conflitos. Reduziu recrutamento por gangues. 

Afroescola (Brasil): Conecta saberes tradicionais africanos ao currículo escolar, combatendo racismo e fortalecendo identidade. 


Escolas para Refugiados (Kakuma, Quênia) :Professores refugiados dão aulas sob tendas, usando até teatro e arte para curar traumas de guerra. 





O que Esses Exemplos Têm em Comum? 

Não esperam pelo governocriam soluções com o que têm. 
Ensinam para a vida, não para provas. 
Unem tecnologia e humanidadenenhuma tela substitui um bom professor. 

Como Levar Isso Para Sua Comunidade? 

Crie rodas de aprendizagem (vizinhos ensinando uns aos outros habilidades, desde costura até programação). 

Pressione por escolas públicas inovadoras Use ferramentas gratuitas (Khan Academy, Duolingo, YouTube Edu) para complementar estudos. 

A educação que liberta existe precisa ser multiplicada. Se uma criança em Kakuma, um jovem na Maré ou um camponês no Equador podem aprender contra todas as dificuldades, qual é nossa desculpa para construir nosso futuro agora? De fazer a diferença no mundo? Nenhuma! Apenas as que nos tornam refens do egoismo, ódio e indiferença que nos aprisionam a um passado que destroi nossa vida, de quem amamos, da Terra e a humanidade , e o futuro dessa e das novas gerações depende de nós. O que mais me assusta são pessoas que não aprendem com seus próprios erros, e as consequências são mais mentiras e sofrimentos entre as pessoas que se auto enganam e enganam outros. Eles esquecem que no fim de tudo, quando não existe futuro o que sobra é o que somos é tudo que cada um carrega em si e compartilha com a vida, a humanidade e Deus. 




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