Enquanto a política e a economia se transformam num campo corrupto - onde cada jogador impõe suas próprias regras e faz acordos nos bastidores -, o Fluminense nos mostra outro caminho.
Viva o Fluminense e seus talentos! Com uma folha salarial menor, mas com amor pelo futebol que não está à venda - nem mesmo para as casas de apostas. Viva a ascensão social de garotos pobres através do esporte - um fenômeno que deveria se repetir na democracia, como aconteceu com Obama, Angela Merkel e outros.
Isso deveria ocorrer nas empresas, universidades e em todos os setores, onde acordos escusos dominam e não deixam espaço para novas gerações mostrarem seu talento, energia e resultados. Se somássemos essa vitalidade à experiência daqueles com mais de 50 anos - tantas vezes injustiçados e negados em seus direitos - poderíamos construir uma economia diferente e uma sociedade unida em seus desafios, mas não dividida por brutalidades, violências e desigualdades.
O jogo político brasileiro: onde o certo virou errado
Nas regras não escritas do jogo político brasileiro, fazer o certo é considerado errado. Uma população pobre, cercada pelo crime e sem chances de ascender socialmente - muitas vezes sem acesso mínimo a políticas públicas de qualidade - acaba vendendo seu voto e elegendo corruptos. Essa tem sido a fórmula histórica da injustiça social.
A corrupção tem peso igual ou maior do que a sonegação dos ricos. São dois lados da mesma moeda, ambos inaceitáveis diante da pobreza, das vidas perdidas e de gerações inteiras de trabalhadores e jovens dizimadas ao longo de décadas.
Não se trata apenas de ricos explorando pobres
O problema vai além: grande parte do centrão e suas famílias, protegidas por privilégios, se elege através da corrupção - negociando incentivos fiscais para empresas e garantindo impunidade para si mesmos. Essa é a equação que explica por que muitos estados não se industrializam e permanecem dependentes de políticos. É assim que o mercado, a cidadania e a democracia morrem - sufocados por diversas formas de ditadura: do Congresso, dos corruptos e das elites.
O Brasil prefere jovens no crime do que no mercado de trabalho
Nesse sistema perverso, é mais conveniente que jovens morram no crime organizado do que tenham acesso a trabalho, educação e cidadania - que gerariam renda e movimentariam a economia. Enquanto isso, políticos, empresários e tecnocratas ficam trocando favores entre si.
Esse círculo vicioso destrói a produtividade, impede inovações e trava o crescimento do mercado interno. Acima de tudo, rouba de milhões de brasileiros o direito mais básico: uma vida com dignidade e qualidade.
O futebol mostra que outro jogo é possível
Enquanto na política as regras são distorcidas, o Fluminense prova que, com talento e paixão, mesmo os menores podem vencer. Se apenas nossa democracia aprendesse a jogar limpo como o esporte...
Futebol vs. Política e Economia: Quando o Jogo é Corrupto, Quem Realmente Ganha?
O futebol, assim como a política e a economia, é um jogo de regras. Mas enquanto no futebol há árbitros (nem sempre justos, mas existem), na política e na economia brasileira, as regras são distorcidas por quem controla a bola. O Fluminense, com sua folha salarial menor e seus talentos revelados, mostra que é possível vencer sem comprar resultados – algo que deveria ser lei na democracia, nas empresas e nas universidades.
1. Ascensão Social: Futebol vs. Democracia
No futebol, um garoto pobre como Vinícius Júnior, Antony ou Richarlison pode se tornar um astro mundial. Já na política e na economia, a mobilidade social é sabotada por acordos de bastidores, onde famílias poderosas e o "centrão" perpetuam seus privilégios. Enquanto Obama e Angela Merkel provam que a democracia poderia ser um campo de oportunidades, no Brasil, o jogo está viciado: quem nasce pobre dificilmente chega ao poder sem se render à corrupção ou ao crime.
2. Corrupção Sistêmica: O Jogo que Ninguém Pode Vencer
No futebol, quando um time tenta comprar o juiz, há punição (pelo menos na teoria). Na política, fazer o "certo" (ser honesto) é visto como burrice, enquanto o "errado" (roubar e negociar votos) é a regra. A população pobre, sem acesso a educação e emprego digno, acaba vendendo seu voto – não por falta de caráter, mas porque o sistema não lhe dá outra opção.
Enquanto isso, empresários e políticos negociam incentivos fiscais, impunidade e orçamentos secretos, mantendo estados inteiros reféns da miséria. Não é só "rico vs. pobre", é uma máquina que prefere ver jovens morrendo no crime a permitir que eles virem consumidores, empreendedores ou líderes.
3. O Mercado da Desigualdade: Onde o Jogo Nunca Acaba
No futebol, um time pequeno pode derrotar um gigante. Na economia brasileira, o jogo é manipulado para que os mesmos sempre ganhem. Universidades e empresas deveriam ser campos de meritocracia, mas viram palcos de nepotismo e lobby. Enquanto isso, gerações de trabalhadores são enterradas na pobreza, e jovens talentos são desperdiçados – ou pela bala, ou pela falta de oportunidades.
4. Uma Nova Partida é Possível?
O Fluminense prova que amor ao jogo e talento podem vencer o dinheiro. Mas na política e na economia, só mudaremos as regras quando:
A corrupção for tratada como crime, não como estratégia.
O voto pobre deixar de ser moeda de troca e virar consciência de classe.
Empresas e governos forem obrigados a abrir espaço para novos talentos, não só para velhos oligarcas.
Enquanto o Congresso for um campo de negociatas, e não de representação real, o Brasil continuará perdendo. Mas assim como um time underdog pode surpreender, a sociedade pode mudar o jogo – desde que pare de acreditar que a derrota é inevitável.
Viva o futebol que inspira. Que a política um dia aprenda a jogar limpo.
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