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Habitante Terra da Sabedoria
SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.
sábado, 1 de março de 2025
SEM ANISTIA !
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025
From United States Of Bolsomimion
Unite States of...
Unite States of...
Unite States of...
... of Bolsomimion
A minha prima Bolsomimion
Deixou de fazer renda só pra ver novela
A minha prima Bolsomimion
Não bebe mais garapa: vai de coca-cola
Luz de Candeeiro não se usa mais
Luz artificial substitui o gás
Calça de couro, alvorada e brim
Deram o seu lugar pra uma tal calça lee
A minha prima escreveu pra mim
E não fala "venha cá", só fala "come here"
Vou mandar minha resposta breve
Para United States of Bolsomimion
domingo, 23 de fevereiro de 2025
DEGRADAÇÃO NAS INSTITUIÇÕES: O SOM DO LUXO E DA CORRUPÇÃO.
Quantos sons consegue ouvir em paisagens sonoras que gritos de violências, silenciam choros reprimidos pela humilhação em 5G, consegue ver imagens e falas que revelam delírios em telas planas de 115 polegadas, sentir odores de esgotos e doenças que se misturam aos perfumes de luxo, o tato que pega o dinheiro roubado é o mesmo que dirige um carro importado. Formar pessoas degradadas que vivem da mentira, corrupção, espetáculo e do luxo é um esporte nacional, onde os campeões tomam o poder sem regras, nem justiça, sobre os olhares de multidões, as instituições se degradam e fingem não saber seu cotidiano. Os corruptos são assim, como os querem impor seus poderes no grito e na força. O mal que isso afirma se confirma nas brutalidades e ignorâncias, em nome dos pobres e da democracia.
Enquanto isso, a culpa não será nem dos empresários que produzem e inovam, nem dos políticos que agem pela lei, assim como daqueles que julgam com a verdade. A culpa não é dos pobres, a história continua a se escrever por múltiplos caminhos. Em 1821, em uma pequena aldeia da região francesa do Jura, nasce Louis Vuitton, que tinha tudo para ser um criminoso. Aos catorze anos, apaixonado pelo trabalho com madeira, mas maltratado pela madrasta, com pouquíssimo dinheiro no bolso e sem saber ler nem escrever, o adolescente decide tentar a vida em Paris. Viajando a pé por dois anos, o jovem Louis sofre todo tipo de privação até chegar à capital francesa, onde começa a fascinante saga da marca de artigos de luxo mais célebre do planeta.
Nesta história irretocável, acompanhamos o desenvolvimento do nome Louis Vuitton contra o pano de fundo histórico da França e da Europa: a monarquia constitucional de Luís Felipe, a ascensão e a queda de Napoleão III, a guerra Franco-Prussiana, a Comuna de Paris, o nascimento da República, as duas guerras mundiais. O que vemos é uma palpitante história de inovação, que parte da transformação de costumes e valores ocasionada pelos avanços tecnológicos e pela Revolução Industrial, chegando até o século XXI.
O que Louis Vuitton não sabia é que criminosos matariam ou roubariam para comprar seus produtos de luxo, que a degradação pelo consumo, poder, e riquezas a qualquer preço, produz ditaduras, guerras mundiais, indústrias de produtos falsificados, assim como fake News e fake líderes, acelerados por robôs de jogos de apostas, emendas e votos comprados, degrada-se instituições para salvar oligarquias e gangues há décadas no poder roubando impunemente sem Deus, família , pátria nem esquerda. Apenas mais uma roupa eleitoral da moda da época de partidos de grife, usados e descartados. A nova moda é usar a marca da oligarquia, ser um operador, tecnocratas que usam as instituições, roubar e se defender em grupo, agir como máfias, usar as moedas que trocou com dinheiro público pela impunidade. Miséria viva, vive a corrupção, viva o luxo de alguns sem esconder a mentira, mediocridade, ignorância e brutalidades. A Ditadura e os golpes da corrupção da Oligarquia e gangues partidárias.
sábado, 22 de fevereiro de 2025
O SOFRIMENTO E ADOECIMENTO DOCENTE.
Sem professores bons é impossível ter uma educação de qualidade. Mas como contar com professores bons quando o sofrimento docente é um tema premente em nosso país? Dados e relatos sobre o quão adoecidos, sobrecarregados e desvalorizados estão os professores, sobretudo da educação básica, ocupam redes sociais, páginas de revistas e jornais, artigos acadêmicos, pesquisas nacionais e internacionais. A condição de desvalorização, desautorização e deslegitimação do professor no Brasil – que está vinculada, mas não se resume, às condições materiais precárias – esvazia o seu lugar de agente no tecido social. É sob essa ótica que o sofrimento docente é considerado nesta obra. O livro faz uma análise sensível, focando a precariedade simbólica, e não apenas material, da imagem e do lugar social dos professores. Voltado para pesquisadores, estudantes de Pedagogia e áreas afins, mas também para os principais interessados no tema: os próprios docentes.
O livro Trabalho, precarização e adoecimento docente parte da prerrogativa de que as transformações sociais, oriundas das crises cíclicas do capital e seus impactos na sociedade contemporânea, desvelam novas formas de exploração da classe trabalhadora que se desdobram em contradições manifestadas de maneira objetiva e subjetiva no corpo, na vida e na saúde dos trabalhadores. Essas mudanças têm colaborado para o aumento da complexidade dos mecanismos de subsunção e alienação do trabalho aos ditames da acumulação capitalista, contribuindo para o desenvolvimento de diversos processos de adoecimento do trabalhador. Na sociedade vigente, o corpo e a saúde são historicamente alvos dos mecanismos de controle do modo de produção capitalista como forma de assegurar a continuidade dos processos de produção e reprodução do capital, pois para trabalhar é necessário que o trabalhador possua um corpo sadio, desprovido de qualquer patologia que prejudique a sua produtividade. Nesse sentido, o trabalho e a saúde possuem uma íntima relação que não pode ser analisada fora do contexto em que o trabalho é realizado, o que implica a necessidade da compreensão dos múltiplos determinantes que envolvem o processo de adoecimento dos trabalhadores. Em um esforço de remar contra uma visão restrita da relação entre saúde e doença, que desconsidera o contexto social, político, econômico e cultural em que os sujeitos estão inseridos, tentamos, neste estudo, estabelecer uma relação entre trabalho, educação e saúde, que priorize o entendimento dos diversos processos e estruturas constituídos e constituintes do trabalho docente, e o contexto do adoecimento do professor na atual configuração da sociedade. Não apenas vinculando a saúde aos aspectos biopatológicos individuais, mas também a considerando uma construção marcada pelas contradições do sistema societal do capital. Mais do que relacionar as principais patologias que acometem os professores em seu ambiente de trabalho, tivemos a intenção de construir uma fundamentação que colaborasse para que os trabalhadores da área educacional pudessem compreender sua realidade e, por meio dessa compreensão, constituir uma reflexão crítica do verdadeiro contexto em que seu trabalho é desenvolvido, contribuindo para a estruturação de uma nova educação, voltada para a desconstrução dessa sociedade calcada na desigualdade e na exploração da vida e da saúde humanas.
As crises inerentes ao sociometabolismo do capital impõem severas formas de expropriação e exploração do trabalhador, particularmente no capitalismo dependente brasileiro. Nesse livro, Amanda Moreira, brilhante educadora pesquisadora, comprometida com as lutas emancipatórias na educação, sistematiza e trata com rigor analítico as particularidades do processo de precarização do trabalho docente. Utilizando o sistema teórico marxista, evidencia seus complexos formatos e impactos sobre as condições de vida e de trabalho dos professores e suas implicações para a educação pública. Sem dúvidas, um livro indispensável para os que se colocam na perspectiva de valorização da atividade docente e da transformação social. Carlos Frederico B. Loureiro Professor Titular da Faculdade de Educação da UFRJ Rio de Janeiro, 8 de setembro de 2019
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
Como economia da Espanha passou a gerar inveja no resto da Europa
Como economia da Espanha passou a gerar inveja no resto da Europa

Crédito,Getty Images
- Author,Guy Hedgecoe
- Role,Repórter de negócios da BBC News
É uma tarde fria de inverno em Segóvia, na região central da Espanha, e os turistas estão reunidos aos pés do aqueduto romano da cidade, admirando seus famosos arcos e tirando selfies.
Muitos dos visitantes são espanhóis, mas também há pessoas de outros países europeus, asiáticos e latino-americanos, todos atraídos pelo charme histórico, pela gastronomia e pela localização dramática de Segóvia, logo após as montanhas ao norte de Madri.
"Houve um momento durante a pandemia de covid-19 em que achei que 'talvez o turismo nunca mais voltasse a ser como antes'", diz Elena Mirón, uma guia de turismo local que está prestes a conduzir um grupo pela cidade.
"Mas agora as coisas estão muito boas, e sinto que este ano vai ser um ano bom, como 2023 e 2024. Estou feliz, porque posso viver desse trabalho que amo."
A Espanha recebeu um número recorde de 94 milhões de visitantes em 2024 — e agora está competindo com a França, que recebeu 100 milhões, para ser o maior centro de turismo estrangeiro do mundo.
E a expansão do setor de turismo no pós-pandemia é um dos principais motivos pelos quais a quarta maior economia da zona do euro tem superado facilmente países como Alemanha, França, Itália e Reino Unido, registrando um aumento no Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2% no ano passado.
Em contrapartida, a economia alemã sofreu uma contração de 0,2% em 2024, enquanto a França cresceu 1,1%, a Itália, 0,5%, e o Reino Unido, 0,9%.
Tudo isso ajuda a explicar por que a revista The Economist classificou a Espanha como a economia com melhor desempenho do mundo.
"O modelo espanhol é bem-sucedido porque é um modelo equilibrado, e é isso que garante a sustentabilidade do crescimento", diz Carlos Cuerpo, ministro da Economia do governo de coalizão liderado pelos socialistas. Ele ressalta que a Espanha foi responsável por 40% do crescimento da zona do euro no ano passado.
Embora tenha ressaltado a importância do turismo, Cuerpo também citou os serviços financeiros, a tecnologia e o investimento como fatores que ajudaram a Espanha a se recuperar do abismo em que se encontrava na pandemia, quando o PIB encolheu 11% em um ano.
"Estamos saindo da covid-19 sem cicatrizes, modernizando nossa economia e, portanto, elevando nosso potencial de crescimento do PIB", ele acrescentou.


Uma tonelada de cocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
Este processo de modernização está sendo auxiliado por fundos do programa Next Generation EU, voltado para a recuperação econômica do bloco europeu no pós-pandemia. A Espanha deve receber até 163 bilhões de euros (cerca de R$ 971 bilhões) até 2026, o que a torna a maior beneficiária destes fundos, ao lado da Itália.
A Espanha está investindo o dinheiro no sistema ferroviário nacional, em zonas de baixas emissões nas cidades, assim como na indústria de veículos elétricos e em subsídios para pequenas empresas.
"Os gastos públicos têm sido altos, e são responsáveis por aproximadamente metade do nosso crescimento desde a pandemia", afirma María Jesús Valdemoros, professora de economia da IESE Business School, na Espanha.
Outras grandes economias europeias tiveram seu crescimento prejudicado por dependerem mais do que a Espanha da indústria, que, segundo ela, "está sofrendo muito no momento, devido a fatores como o alto custo da energia, a concorrência da China e de outros países asiáticos, o custo da transição para um modelo ambiental mais sustentável e o protecionismo comercial".
Desde a pandemia de covid-19, outro grande desafio econômico para a Espanha tem sido a crise do custo de vida desencadeada por gargalos na cadeia de suprimentos e pela invasão russa na Ucrânia em 2022. A inflação atingiu o pico com uma taxa anual de 11% em julho daquele ano, com os preços da energia atingindo particularmente com força os espanhóis, mas no fim de 2024, ela havia caído para 2,8%.
Madri acredita que os subsídios que introduziu para reduzir o custo do consumo de combustível e incentivar o uso do transporte público foram fundamentais para atenuar o impacto dos aumentos do preço da energia, assim como vários aumentos do salário mínimo.
No auge da crise energética europeia, Espanha e Portugal também negociaram com Bruxelas a chamada "exceção ibérica", que permite aos dois países limitar o preço do gás usado para gerar eletricidade a fim de reduzir as contas dos consumidores.
Cuerpo argumenta que essas medidas ajudaram a combater a vulnerabilidade tradicional da Espanha à turbulência econômica.
"A Espanha está se mostrando mais resiliente a sucessivos choques — incluindo o choque inflacionário que veio com a guerra na Ucrânia", ele disse. "E acho que isso faz parte do escudo protetor geral que implementamos para nossos consumidores e nossas empresas."
A produção de energia verde do país é vista como outro fator favorável, não apenas para garantir a eletricidade, mas também para estimular o investimento. A Espanha tem a segunda maior infraestrutura de energia renovável da União Europeia.
Isso é uma vantagem para um país que é o segundo maior produtor de automóveis da Europa, de acordo com Wayne Griffiths, CEO britânico da Seat e da Cupra. Embora a produção espanhola de veículos elétricos esteja atrasada em relação ao resto da Europa, ele vê um enorme potencial nessa área.
"Na Espanha, temos todos os fatores necessários para o sucesso: pessoas competitivas e bem qualificadas, além de uma política energética por trás disso", diz ele. "Não faz sentido fabricar carros com emissão zero se você estiver usando energia suja."
Apesar destes aspectos positivos, um ponto fraco de longa data da economia da Espanha tem sido a taxa de desemprego cronicamente alta, que é a maior da União Europeia, e quase o dobro da média do bloco. Mas a situação melhorou no último trimestre de 2024, quando a taxa de desemprego na Espanha caiu para 10,6%, seu nível mais baixo desde 2008.
Enquanto isso, o número de pessoas empregadas na Espanha agora é de 22 milhões, um recorde. A reforma trabalhista, que incentiva a estabilidade no emprego, é vista como um dos principais motivos para isso.
Esta reforma aumentou as restrições ao uso de contratos temporários pelas empresas, favorecendo uma maior flexibilidade no uso de contratos permanentes. E reduziu o número de trabalhadores em empregos temporários sem prejudicar a geração de empregos.
Além disso, embora a chegada de imigrantes tenha gerado um debate político acirrado, sua absorção no mercado de trabalho é vista por muitos como crucial para um país com uma população que está envelhecendo rapidamente.
O primeiro-ministro socialista, Pedro Sánchez, tem sido franco ao enfatizar a necessidade de imigrantes, descrevendo sua contribuição para a economia como "fundamental".
A Comissão Europeia prevê que a Espanha vai continuar a liderar o crescimento entre as grandes economias do bloco neste ano, e permanecer à frente da média do bloco europeu. Mas desafios estão surgindo no horizonte.

Crédito,Getty Images
A forte dependência do turismo — e uma crescente reação contra o setor por parte da população local — é uma das preocupações.
Outra é a vasta dívida pública da Espanha, que é maior do que a produção econômica anual do país.
María Jesús Valdemoros adverte que este é "um desequilíbrio que precisamos corrigir, não apenas porque as novas normas fiscais da União Europeia exigem isso, mas porque pode causar instabilidade financeira".
Além disso, uma crise habitacional eclodiu em todo o país, deixando milhões de espanhóis com dificuldade de encontrar moradias a preços acessíveis.
Com um cenário político incerto e profundamente polarizado, é difícil para o governo minoritário de Sánchez lidar com esses problemas. Mas, enquanto tenta resolver estas questões, a Espanha está aproveitando seu status de motor do crescimento europeu.