Se de repente por qualquer motivo a gestão de uma empresa sumisse e a vida das pessoas que são seus funcionários dependessem dela? Durante o Governo de Salvador Alende no Chile os executivos de várias empresas fizeram greve. Os funcionários tiveram que assumir a gestão das empresas no que ficou conhecido como Cordones Industriales. Existem outros exemplos. Hoje devido ao abandono e a falta de eficiência, eficácia e efetividade do Estado muitas comunidades pobres e cidades tem buscado formas de se auto-organizar para resolver seus problemas.
Porem este processo se inicia em alguma crise ou desafio de onde emerge lideranças que disputam poder, dividem tarefas e responsabilidades, se planejam e outras funções da administração ate alcançar resultados ou não.
Entender esta jornada de auto-organização é essencial para compreender as dimensões históricas, sociais e culturais que levam ao ser humano desenvolver capacidades e técnicas de gestão que facilitem a organização e administração de alguns objetivos em comum. Porem ao realizar esta jornada vamos descrevê-la a luz dos desafios atuais de nossa sociedade que nos desafia a ser cada dia mais resilientes e estratégicos as diversas mudanças e transformações que impactam sobre nossas vidas e das organizações que compartilhamos horizontes. Se por um lado os desafios são maiores também temos novas tecnologias, redes sociais, saberes como Wikieconomics, Emergência, Teoria dos jogos e outros além de novos processos de ensino capazes de facilitar esta jornada para pessoas que desejem vivenciá-las e empreendê-las em suas organizações e/ou comunidades.
Quais as questões e reflexões que surgem entre as pessoas que compartilham estes ambientes? Como elas começam a definir prioridades, se planejam, se organizam, distribuem tarefas, se capacitam e outros? Quais o limites entre o caos e a organização em ambientes como este ? Aonde a flexibilidade, adaptação as rápidas mudanças, exigência de aprendizado constante e outros desafiam os seres humanos, antes mesmo que as organizações, que para terem sucesso em seus objetivos necessitam compartilhar a jornada como autogestão e o processo de aprendizado ao mesmo tempo.
E como que os papeis vão sendo definidos de forma diferente de organizações rígidas aonde os poderes, interesses, leis, propriedade, capital e outros impedem e dificultam o fluxo de autogestão de pessoas e organizações.
Quais os principais desafios de processos de autogestão como este? Ou seja quais os elementos que entram neste “Ecossistema Social” sabendo que a gestão é uma consequência de diversos fatores econômicos, políticos, ambientais, sociais, educacionais, tecnológicos e culturais.
O presente trabalho pretende responder estas questões. De forma pedagógica vamos durante o processo esclarecendo conceitos e percepções chaves para compreender a dinâmica da autogestão como Ecossistema, Sinergias, Impactos, Sustentabilidade em rede, Fluxo de iniciativas empreendedoras, Desafios sistêmicos e outros.
Pretendemos desta forma ao final buscar novos papeis e desafios para gestão hoje mas principalmente construir novos processos de como estes conhecimentos podem ser ensinados. Defendemos que as experiencias e vivencias em processos de autogestão podem nos ensinar muito sobre como as empresas, uma cidade e outros definem seus modelos de gestão numa complexidade bem mais dinâmica e efetivas dos que modelos rígidos e padronizados que tendem a eliminar a autonomia, co-responsabilidade e criatividade. Fatores hoje fundamentais para competitividade das empresas que emergem naturalmente a luz dos seres que compartilham ideias, desafios e objetivos para desenvolver novos ecossistemas sociais nos ambientes em que a empresa atua.
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