Numa jornada de 4 anos, tive oportunidade de dialogar com Grandes empresas, Co workings, Investidores, Professores de Universidades e Técnicos dos Governos que lidam com nossos desafios sociais, apoio a startups inovadoras ou mesmo pequenas empresas já em funcionamento. A principal lição é que Vidas brasileiras não importam.
O abismo gigantesco, entre a compreensão de diversos setores de nossa sociedade sobre a economia e os desafios sociais brasileiros, é absurdo, mas fruto de nossas grandes desigualdades; que produz várias experiências e saberes no mesmo Brasil com pouco ou nenhum diálogo entre eles. Um jovem nas periferias brasileiras têm pouca informação e acesso a oportunidades, claro que ele quer trabalhar ou empreender, mas aonde ? com que capital ? Claro que jovens nas Universidades querem trabalhar e empreender, mas aonde ? com que capital ? Sim tem editais no Brasil numa linguagem ou modelos de projetos lindos para quem vive no mundo dos MBAs americanos e, pouco ou nada conhecem da realidade da juventude brasileira. Onde estão os Anjos no Brasil ? bem diferente da realidade de outros países aqui se exige patrimônio e faturamento, mas como empreender sem acesso a capital? Com poucos Bancos diferente de outras economias, inclusive os públicos têm as mesmas exigências, podemos ter produtos inovadores, equipe, parcerias estratégicas, mercado e não conseguir empreender porque não são de famílias políticas nem herdaram patrimônios. As Universidades se isolam, ONGs fazem projetos lindos para poucos, empresas investem no limite do marketing mas poderiam ampliar suas cadeias produtivas, e gerar mercados como foi feito na Economia Americana, Canadense, Alemã , Japonesa e outras. Mas cada um no seu quadrado e mundos brasileiros, falam em empreender, gerar trabalho, reduzir a violência e a criminalidade, enquanto todos enfrentamos problemas complexos e sistêmicos.
A Demografia inglesa, americana, alemã, brasileira e a chinesa explicam a sua industrialização e formação de mercado consumidor nos momentos históricos onde emergiram. Hamilton foi o primeiro Presidente do Banco Central americano, assim como milhões de empreendedores americanos, europeus, japoneses e chineses , apesar de suas origens pobres tiveram acesso a oportunidades e capital. Eles souberam transformar gente em produtores de riqueza, cidadania e mercado ao invés de mais crime, violência, homicídios e desemprego que são hoje, a realidade da juventude brasileira. A China conseguiu tirar 300 milhões de pessoas da pobreza, gerou mercado consumidor, o que ampliou a escala de suas indústrias, e hoje é um dos principais líderes da Economia Global! E nós? Podemos fazer o mesmo, mas temos que juntar os vários Brasis e cada um fazer sua parte. É o que proponho com a Ecodigital e o primeiro Vale de inovação em políticas públicas e impacto social, transformar juventude em riqueza, trabalho, cidadania e mercado consumidor; ao invés de gastar 300 bilhões que geram mais violência e criminalidade.
O mais fácil em minha jornada foi desenvolver a tecnologia necessária para transformar esse objetivo numa plataforma na internet e nos celulares que conecte esses jovens com oportunidades em vários setores da sociedade, atuando em várias cidades e territórios ao mesmo tempo. Transformando essa jornada do jovem em missões educacionais, que os educam para serem personagens de sua própria história com capacidades, habilidades, missões e oportunidades para melhorar os indicadores em várias áreas de suas vidas, gerando trabalho, renda e mudando as cidades e comunidades onde residem. O mais difícil tem sido lidar com a cultura do poder e a linearidade dos pensamentos de vários setores que querem lidar com problemas complexos e sistêmicos sem buscar integrar educação, tecnologia, economia e arte. Sim necessitamos dialogar com setores diferentes, otimizar recursos, gerar sinergias e criar novos caminhos numa sociedade com várias disrupções tecnológicas, brutais desigualdades e mudanças climáticas, exigem soluções sistêmicas.
Eu tenho milhões de sonhos de jovens que querem mudar suas vidas e as comunidades onde moram e milhões de oportunidades , aproveitando as capacidades ociosas nas Empresas, ONGs, Universidades com projetos de extensão e politicas públicas brasileiras. Entre elas um portal/ bússola no celular dos jovens para conecta-los a essas oportunidades no mundo real. Agora!
É urgente empreender em rede com sensibilidade, competências e visão sistêmica, pois os problemas sociais exigem inovação que não se reduzem a produtos, e sim a processos econômicos, sociais, educacionais e culturais, que podem ser integrados em produtos/ plataformas que gerem o diálogo, complementaridade e otimização de recursos, visando termos escala, ampliar o impacto e a sustentabilidade desses projetos sociais e de extensão, negócios de impacto social, politicas públicas e produtos de empresas com a respectiva inovação e lucro para todos, a nível nacional e internacional.
Depois de 4 anos nessa jornada, as melhores lições que aprendi é que líderes precisam de colisões entre setores diferentes, mesmo concorrentes, para mudarmos de verdade o Brasil. A pior lição é que infelizmente para muitos de nossos líderes, elites e instituições, as vidas e comunidades brasileiras onde vivem os pobres não importam! Não se tem pressa, urgência, diálogo, compromisso dos que dirigem os recursos públicos, e os recursos privados muitas vezes são omissos, mesmo que isso gere muitas violências e crimes do nosso lado, e destrua a qualidade de vida de todos. As Vidas da maioria dos brasileiros não importam! Você pode nos ajudar a mudar essa História juntos ?
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