Quem é responsável pela fome, pobreza e corrupção no Nordeste? Ninguém? Apesar da exportação de alimentos, trilhões de orçamento público, financiamentos de bancos públicos, políticas públicas fragmentadas sem impacto e sem transformar vidas. O prêmio Nobel Amartya Sen já mostrou que a fome é uma questão política, mostra caminhos de lidar com a pobreza multidimensional, e mostra como os interesses de bilionários, oligarquias e instituições públicas atuando juntos inviabilizam a democracia e a liberdade.
A cidade de Canindé no Ceará é onde fica a basílica de São Francisco. Ele dedicou a vida aos pobres, em sua igreja milhões de romeiros vem fazer e pagar suas promessas, muitas delas geradas por doenças por falta de comida, saúde, trabalho, educação ou um pedaço de terra deles para morar e plantar. No Governo das Oligarquias no Ceará que usam o PT como uma grife de bolsas no mercado eleitoral para se apropriar dos votos de Lula, visando colocar políticos que servem aos interesses da casa grande e não dos pobres. Esse é o período que metade da população vive na pobreza extrema, outros milhões na pobreza, milhares vivendo em casas de taipas, o período que menos fez reforma agrária, que mais matou gente pela criminalidade e violência, em grande maioria jovens, onde 60 % da população não conclui o ensino médio, um dos piores do Brasil em analfabetismo, e um falso case de educação que exclui a maioria da população do acesso à educação, saúde, terra, trabalho...No período do Governo das Oligarquias geraram um dos maiores números de bilionários per capita do Brasil, numa economia com 2% do PIB do Brasil, com bilhões em incentivos fiscais, com bilhões da cooperação internacional usados para fechar o equilíbrio fiscal do Estado, e as mesmas famílias como Ferreira Gomes, Santana, Arruda Cela, Benevides vivendo do Estado há décadas, silenciam para bilhões em corrupção, e usam os partidos para inviabilizar a democracia. O nome disso é PT? Porque esse projeto de poder não é para os trabalhadores, os pobres e os excluídos e sim para bilionários e oligarquias políticas que vivem do Estado.
O Bolsa família ajuda no ciclo curto da pobreza mas depende de outras oportunidades de vida para que gere ascensão econômica e social ampliando trabalho, renda, produtividade, mercado e cidadania, ao invés de mais desigualdades, criminalidade e violências. Essas oportunidades podem ser ofertadas pela sociedade atuando em rede com Políticas públicas, Crédito, Sistema S, ONGs, Projetos de extensão das Universidades e outros. Essa oferta de oportunidades tem que atender as demandas e objetivos de vida de milhões de pessoas que não são escutadas e vivem momentos distintos de sua pobreza multidimensional com prioridades diferentes entre elas e suas comunidades. Elas podem ser conectadas a essas oportunidades no mundo real pelos celulares que também podem ser instrumentos de acompanhamento da trajetória de vida, avaliando o impacto on-line dos serviços prestados a eles por diversos setores da sociedade e mudança nos indicadores sócio econômicos. Essa atuação em rede da sociedade, otimiza recursos, aumenta produtividade, gerando complementaridades e reduzindo desperdícios devido a atuação fragmentada de políticas públicas e de outros setores da sociedade que não muda vidas ao não lidar com a pobreza multidimensional.
Antes algumas famílias mandavam seus filhos estudarem na capital, passavam no concurso e conseguiam criar com alguma estabilidade suas famílias, enquanto a maioria ficava brutalmente excluída com fome, sem trabalho, sem terra, sem políticas públicas, morreram milhões. Milhões para não morrer de fome foram morar nas periferias em Fortaleza e em outras capitais no Sudeste, Sul e Brasília. As oligarquias exportam os pobres, enquanto roubam e vivem do Estado, usando com incompetência e corrupção o dinheiro do Estado e da cooperação internacional de pai pra filho, os juniores herdam privilégios e o Estado.
Hoje a maioria da população vivendo na extrema pobreza, cercada agora pela criminalidade, perdem seu território ao mudarem de casa e serem ameaçadas pelo crime. Enquanto elites, tecnocratas e oligarquias vão morar em condomínios fechados, os filhos vão estudar no exterior e vivem um padrão de luxo muitas vezes superior às classes altas em economias ricas. Por isso o Brasil é uma das economias mais ricas, desiguais e injustas do mundo, tendo no Ceará uma das maiores concentrações de renda do Brasil e piores salários. Outras economias com muitos menos bilhões que as nossas priorizam suas populações com trabalho, seus direitos e democracia, acesso à educação e saúde, fortalecendo seu mercado interno, reduzindo a pobreza, e não privilegiando uma nobreza que enrica pelo Estado num Estado Sem lei que opera como máfia.
Tenho pesquisado nossos ciclos curtos e longos de pobreza, a maioria que se estendem a 523 anos, enquanto temos famílias que enriquecem e vivem do Estado ou de empresas sustentadas pelo financiamento público e incentivos fiscais há décadas, e alguns na política há séculos. O dinheiro público, uma teia de poder, e não o mercado explica essas comunidades e cidades, seus ciclos de pobreza, exclusão e mortes. Hoje uma nova geração tem a missão de compreender as trajetórias de seus antepassados, visando eliminar as barreiras anti democráticas e democratizar o acesso aos direitos e oportunidades visando eliminar a pobreza e mortes de milhões. Em rede podemos realizar pesquisas, estudos e atuação conjunta ao mesmo tempo, geo localizada e contextualizada por comunidades e cidades, acompanhando a trajetória de vida com dados e pesquisa longitudinal, avaliando o impacto on-line visando inovar, integrar e democratizar as políticas públicas em sinergia com outros setores da sociedade.
Um Banco como o BNB usando bilhões do FNE não pode se omitir do debate sobre pobreza até porque o FNE não se chama Fundo para o Desenvolvimento de grandes empresários. O que é Desenvolvimento no Nordeste com trilhão do FNE há décadas? A aposentadoria é a principal receita do Nordeste há décadas e a pobreza e as violências mata milhares todo ano. O Debate tem que ser aberto com a sociedade e não apenas relatório do próprio Banco sem diálogo com outros economistas e sociedade que pensam diferente baseados nos números da pobreza; e outras estratégias econômicas que com muito menos dinheiro reduziram a pobreza, geram trabalho, mercado e cidadania produzindo ascensão social e econômica para as pessoas. Não uma minoria que concentra renda e poder em estados feudais dominados pela nobreza oligárquica da política e dos órgãos públicos com seus cargos que impõe uma agenda e seus interesses à sociedade com dinheiro público.
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