A vida
também é um biblioteca onde guardamos nossos livros em nossa alma. Cada dia uma
história, uma pagina, e como diria Galeano somos filhos de nossas histórias.
Vivemos as cenas de nosso filme, ao mesmo tempo, que a vida continua com as
mesmas coisas e se abre horizontes múltiplos. Sim as palavras as vezes se comunicam com as imagens e as atitudes que
tomamos no dia a dia mas quando se encontram abre um novo ciclo. Palavras,
imagens, atitudes nos despertam aos caminhos e planos de nossa vida. Porem são
as Histórias que as conectam em estratégias e equações que de alguma forma
mágica define o prioritário e o vital em nosso ser. Entender esta mágica
pedagógica é o desafio de misturar o sonho e real, o individuo e o coletivo,
entender que não há oposições entre elas mas formação de singularidades éticas
e estéticas raras em nossa vida.
Foucault em
um livro que não poderia ter titulo melhor “
A coragem da verdade “nos convida assim como os gregos há ter uma
especie de diário para que possamos escrever sobre si , “seja para coligir e meditar as
experiências tidas ou leituras feitas, seja também para contar a si mesmo, ao
despertar, seus sonhos..”
O que se
busca com este diário é encontrar é um regime de vida que comporte o regime das
paixões ou seja um modo de vida sob todos os aspectos.
O que se
busca é tentar ligar os pontos não em um seta mas em outras formas
tridimensionais aonde cada ponto que se conecta altera a forma/imagem do que
esta ganhando vida. Estes seres se expandem as vezes de forma orgânica ou
caótica. O tempo não existe o que existe é o movimento.
Sim eu
estava numa aula de dança, discutindo o pensar em movimento, e depois fui
dançar na aula de musica para percebe-la não somente com os ouvidos mas com todo
corpo. De lá filmei a cidade observando
o teatro das pessoas ate que cheguei a livraria para encontrar com Galeano que
me dizia que sou filho de minhas histórias. Esta história deu a ideia de fazer
o mesmo que ele, todo dia contar uma história sobre o que vivi , outra história. Outras formas de
contar são filmes .
As imagens de um policial vivendo numa cidade
corrupta a espera de anjos. A imagem de um anjo dominada por um gangster demônio que só pode ser
libertada pelo amor. A imagem de um amor ,
de amigos e de uma causa é o que no fim sobra para vencer uma guerra. As
palavras do livro de Deleuze sobre Foucault me falavam que são estes enunciados
que comandam a vida e que as atitudes que tomamos são construídas de fora para
dentro. Escolhemos resistir ou obedecer aos poderes. E a poesia do sentido do que vivemos ou do não sentido tem
sempre uma camada mais profunda das histórias para entende-las .
A final. Somos filhos de nossas histórias- palavras, imagens e atitudes da vida diária.
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