SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Somos filhos de nossas histórias



A vida também é um biblioteca onde guardamos nossos livros em nossa alma. Cada dia uma história, uma pagina, e como diria Galeano somos filhos de nossas histórias. Vivemos as cenas de nosso filme, ao mesmo tempo, que a vida continua com as mesmas coisas e se abre horizontes múltiplos.  Sim as palavras as vezes se comunicam com as imagens e as atitudes que tomamos no dia a dia mas quando se encontram abre um novo ciclo. Palavras, imagens, atitudes nos despertam aos caminhos e planos de nossa vida. Porem são as Histórias que as conectam em estratégias e equações que de alguma forma mágica define o prioritário e o vital em nosso ser. Entender esta mágica pedagógica é o desafio de misturar o sonho e real, o individuo e o coletivo, entender que não há oposições entre elas mas formação de singularidades éticas e estéticas raras em nossa vida.   

Foucault em um livro que não poderia ter titulo melhor “  A coragem da verdade “nos convida assim como os gregos há ter uma especie de diário para que possamos escrever sobre si  , “seja para coligir e meditar as experiências tidas ou leituras feitas, seja também para contar a si mesmo, ao despertar, seus sonhos..”

O que se busca com este diário é encontrar é um regime de vida que comporte o regime das paixões ou seja um modo de vida sob todos os aspectos. 

O que se busca é tentar ligar os pontos não em um seta mas em outras formas tridimensionais aonde cada ponto que se conecta altera a forma/imagem do que esta ganhando vida. Estes seres se expandem as vezes de forma orgânica ou caótica. O tempo não existe o que existe é o movimento.

Sim eu estava numa aula de dança, discutindo o pensar em movimento, e depois fui dançar na aula de musica para percebe-la não somente com os ouvidos mas com todo corpo.  De lá filmei a cidade observando o teatro das pessoas ate que cheguei a livraria para encontrar com Galeano que me dizia que sou filho de minhas histórias. Esta história deu a ideia de fazer o mesmo que ele, todo dia contar uma história sobre o que  vivi , outra história. Outras formas de contar são filmes .

As imagens  de um policial vivendo numa cidade corrupta a espera de anjos.  A imagem de um anjo dominada por um gangster demônio que só pode ser libertada pelo amor. A imagem de um amor ,  de amigos e de uma causa é o que no fim sobra para vencer uma guerra. As palavras do livro de Deleuze sobre Foucault me falavam que são estes enunciados que comandam a vida e que as atitudes que tomamos são construídas de fora para dentro. Escolhemos resistir ou obedecer aos poderes. E a poesia do sentido do que vivemos ou do não sentido tem sempre uma camada mais profunda das histórias para entende-las .

A final. Somos filhos de nossas histórias- palavras, imagens e atitudes da vida diária.  


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