SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

AS FLORES DO MAL BRASILEIRAS! CORRUPTOS QUE ENRICAM COM AS VIDAS DOS POBRES, OS VOTOS COMPRADOS E A CRIMINALIDADE.



Quais necessidades sociais, políticas, ideológicas, morais e psicológicas servem os pobres no Brasil ? Que motivações podem atuar como um poderoso regulador dos afetos, sensibilidades, falsas moralidades e aspirações sociais que usam os pobres para alcançar seus fins!  Um Brasil de corruptos que são ricos e poderosos de esquerda e direita, doentes, hipócritas, e criminosos que roubam e vivem às custas das mortes e sofrimentos de milhões de brasileiros. Um Brasil sem lei onde a ausência de justiça, assim como os políticos são os maiores corruptos. 



Distinguir o verdadeiro do falso não tem nenhum sentido no Brasil, pois o falso se revela o produtor do verdadeiro no Brasil. É na hipocrisia, corrupção, discursos distantes das práticas que vamos encontrar a verdade. A realidade dos pobres no Brasil, o país mais injusto e desigual do mundo, é tão dura que é preciso romancear a verdade tamanha tragédia de mortes de jovens, miséria e abandono do Estado. A exigência da verdade acompanha essas narrativas sobre a vida e as mortes dos pobres no Brasil , gera conhecimento e denuncia que a corrupção aqui significa a falta de políticas públicas. 



A realidade nua e crua, se tivermos capacidades e coragem de conhecer de perto e denunciar, não inventa nada, não flórea, nem exagera como os discursos mentirosos de nossos políticos sobre seus governos de esquerda e direita que negam e  vivem da corrupção. Nosso realismo histórico pode mostrar a verdade como máfias políticas se organizam da mesma forma que o crime organizado. Revelam as mentiras das atitudes ideológicas vendidas como farsas de gangues partidárias, comportamentos sociais das elites com relação à pobreza, desigualdades e violências que mentem sobre a origem de suas riquezas. Ambos componentes morais e psicológicos que regulam nosso teatro de sensibilidades e discursos para viabilizar as aspirações sociais de chegar ao poder, comprando votos, e fazendo parte do assalto ao Estado público. A verdade da pobreza não desapareceu há séculos, assim como de migrantes que vão morar nas periferias ou em suas casas de taipa no interior do Brasil, populações vulneráveis e reféns do crime e da delinquência.



Nossas elites morrem de medo dos pobres, criam obsessões e fantasmas por suas incapacidades de reconhecer suas ignorâncias. As verdadeiras explicações são fundadas em acontecimentos e indivíduos da vida real. Nos presídios, nos restaurantes populares a um real, nas casas e periferias, nos hospitais e escolas que não são modelos de marketing , mas são a maioria onde os pobres são atendidos ou estudam, ou nos programas policiais e cemitérios.



Nós adoramos classificações e estatísticas que podemos controlar, agora nem pesquisas em campo do IBGE realizamos mais, distribuímos indivíduos de percursos e atividades heterogêneas, todos como criminosos e geramos umas das maiores populações prisionais do mundo.  Ao invés de gerar ordem no universo fragmentado e incontrolável dos considerados criminosos, estigmatizamos todos e geramos um exército a ser contratado pelo crime organizado. Na verdade, a maioria são pequenos ladrões moldados pelas ocasiões. 



O que é verdade é que em uma sociedade em mutação, existe desejo de controle e apreensão que busca meios de enquadrá-los numa divisão do trabalho entre eles, como se tivessem separados do mundo social que todos vivemos nas cidades e nas ruas. Assim unificamos pessoas e grupos heterogêneos que tratamos como inimigos mas os corruptos não ? Os temores, os terrores, as ansiedades, os contextos políticos, as preocupações ideológicas e a corrupção são tão produtores da pobreza e do crime quanto a própria miséria e a pressão do crime organizado. 



Perigos reais ou perigos fantasiados sobre pessoas comuns sem oportunidades de vida nem políticas públicas ! A verdade é que as fontes policiais, judiciárias, políticas, midiáticas, estatísticas, filmes, games, e até científicas se misturam, se respondem, se validam ou invalidam criando outras histórias, outras verdades. É, assim, tanto como produto da crise social quanto expressão das consciências inquietas e das vulnerabilidades das elites corruptas, que é preciso pensar nessas sincronias. Elas exprimem, exacerbam, e eufemizam, simultaneamente, as inquietações sociais. Mas essas relações objetivas são também estratégicas. Exprime-se aí, perspectivas claras de estigmatização, de enquadramento, de moralização. Elas são igualmente teatrais, pensam nas atitudes e comportamentos, suscitam atos, caritativos ou repressivos, horrorizados ou distanciados. O imaginário, como vemos, pesa sem cessar sobre o real. 



A estigmatização do outro é um processo inerente aos nossos delírios e imaginações, enquanto a corrupção, a pobreza e crime são processos reais. Identificar a marginalidade e a pobreza como figura do outro, que não tem direitos nem a vida, difundir suas imagens em falsos discursos, contribui sem dúvida para nossa mentira coletiva como nação. Assim o respeito que nossas elites, políticos e gangues partidárias exigem faz parte desse circo, onde querem que a verdade da corrupção desapareça e a culpa é dos pobres. Assim, para eles a democracia se dá pela eliminação dos pobres e a corrupção como algo normal. Porem o trabalho escravo, o racismo, a prostituição, os presídios, os votos vendidos são uteis a farsa do Brasil real sem lei. Em outros países a denúncia da corrupção das autoridades, do conluio entre polícia e criminosos, da corrupção dos meios econômicos e bancos públicos, há mais de um século foi o caminho que essas sociedades enfrentaram, olhar a verdade de frente ou no espelho, mesmo que fosse os esquemas petrolíferos ilícitos e violentos do Rockefeller. 



Como disse Baudelaire em ``As Flores do Mal.“ Em tudo que repugna uma joia encontramos, dia após dia, para o inferno caminhamos.” 


Um comentário:

  1. Perfeito! Todos nós precisamos acordar e fazer algo para acabar com essa hipocrisia que reina no nosso país.

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