Qual é a sua “rua ao lado”?
No início dos anos 2000, quando presidia o Banco Real na região da Avenida Paulista, algo me incomodava profundamente: a rua lateral do banco, que era só para pedestres naquele quarteirão, havia se tornado suja e insegura.
Certo dia, conversando com o saudoso jornalista Gilberto Dimenstein sobre esse incômodo, ele trouxe uma outra perspectiva. Sugeriu que ocupássemos a rua ao lado e colocássemos luz – no sentido literal e figurado – dizendo “pessoas que vivem nas sombras, não resistem à luz”.
A ideia de como fazer essa mudança veio através da participação ativa da comunidade e de iniciativas de urbanismo. Assim nasceu o projeto Alameda das Flores – um exemplo de como é possível reescrever a história de um lugar, a partir da ação concreta.
Trabalhamos com empreendedores e ali foi aberto uma floricultura, um café e promovemos apresentações culturais. Mudou tudo e para melhor! Até hoje, encontro pessoas que relembram com muito carinho dessa iniciativa.
Por que trago à tona esse episódio? Porque acredito que o Brasil precisa, mais do que nunca, de ação. Iniciativas reais, lideranças que inspiram e mobilizam pessoas.
Ficar apenas na crítica não nos leva a lugar algum. Precisamos ser agentes de mudança — a começar pelo nosso entorno. Sempre há algo que pode ser feito.
Deixo aqui uma provocação: qual é a sua “rua ao lado”?
liderança cidadania capitalcivico
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