Pessoal;
- tu tá ligado no rolê do movimento anti-wolke; não!?- fracasso bem sucedido!
No Brasil, a diversidade corporativa é como novela das nove: tem elenco bonito, figurino impecável e um roteiro que nunca muda — no fim, o vilão branco hétero rico continua mandando. A matéria do G1 sobre a “onda anti-woke” global apenas confirma que o jogo já estava marcado: empresas recuando em políticas de inclusão e vendendo como “natural” um retorno ao velho normal, aquele onde a cor da sua pele define o tamanho da sua chance.
A diversidade fake brasileira é o equivalente empresarial do “meu melhor amigo é negro”: coloca um punhado de fotos no Instagram, contrata um trainee preto para a foto do relatório ESG e mantém todos os cargos estratégicos com sobrenomes europeus.
Pierre Bourdieu já nos avisou sobre essa violência simbólica: quando o discurso não vem acompanhado de redistribuição real de poder, ele serve apenas para legitimar a desigualdade. E Franz Fanon lembraria que, no pós-colonial, a ausência de políticas efetivas não é omissão inocente — é um projeto de manutenção da supremacia branca.
Nesse vácuo, a retórica da meritocracia volta triunfante, vendendo o sonho liberal de que basta “se esforçar” para romper barreiras estruturais erguidas há séculos. O problema é que, como mostram os dados do IBGE, pretos e pardos ainda recebem menos, estudam em piores condições, morrem mais cedo e são minoria absoluta em espaços de decisão. A meritocracia, nesse caso, é como uma corrida em que alguns largam no quilômetro zero e outros já começam 300 metros atrás, com um saco de cimento nas costas — e o juiz, obviamente, é primo do cara da pista livre.
Se as empresas brasileiras embarcarem de vez nessa onda anti-woke importada, não estaremos apenas perdendo campanhas publicitárias coloridas; estaremos legitimando, com certificado ISO e relatório de sustentabilidade, o mesmo país que Darcy Ribeiro chamou de “fracasso bem-sucedido” — um projeto de sociedade que dá certo justamente por manter a maioria na margem. E, convenhamos, nesse projeto, a democracia é apenas uma palavra bonita no Canva do RH.
- oremos!
No Brasil, a diversidade corporativa é como novela das nove: tem elenco bonito, figurino impecável e um roteiro que nunca muda — no fim, o vilão branco hétero rico continua mandando. A matéria do G1 sobre a “onda anti-woke” global apenas confirma que o jogo já estava marcado: empresas recuando em políticas de inclusão e vendendo como “natural” um retorno ao velho normal, aquele onde a cor da sua pele define o tamanho da sua chance.
A diversidade fake brasileira é o equivalente empresarial do “meu melhor amigo é negro”: coloca um punhado de fotos no Instagram, contrata um trainee preto para a foto do relatório ESG e mantém todos os cargos estratégicos com sobrenomes europeus.
Pierre Bourdieu já nos avisou sobre essa violência simbólica: quando o discurso não vem acompanhado de redistribuição real de poder, ele serve apenas para legitimar a desigualdade. E Franz Fanon lembraria que, no pós-colonial, a ausência de políticas efetivas não é omissão inocente — é um projeto de manutenção da supremacia branca.
Nesse vácuo, a retórica da meritocracia volta triunfante, vendendo o sonho liberal de que basta “se esforçar” para romper barreiras estruturais erguidas há séculos. O problema é que, como mostram os dados do IBGE, pretos e pardos ainda recebem menos, estudam em piores condições, morrem mais cedo e são minoria absoluta em espaços de decisão. A meritocracia, nesse caso, é como uma corrida em que alguns largam no quilômetro zero e outros já começam 300 metros atrás, com um saco de cimento nas costas — e o juiz, obviamente, é primo do cara da pista livre.
Se as empresas brasileiras embarcarem de vez nessa onda anti-woke importada, não estaremos apenas perdendo campanhas publicitárias coloridas; estaremos legitimando, com certificado ISO e relatório de sustentabilidade, o mesmo país que Darcy Ribeiro chamou de “fracasso bem-sucedido” — um projeto de sociedade que dá certo justamente por manter a maioria na margem. E, convenhamos, nesse projeto, a democracia é apenas uma palavra bonita no Canva do RH.
- oremos!
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