A cena, digna de uma brincadeira infantil, esconde uma violência que vai muito além da humilhação.
Um professor, em pleno pátio de uma escola municipal em Belo Horizonte, ficou apenas de roupa íntima depois que um aluno puxou sua calça.
A notícia, que viralizou nas redes sociais, é um retrato amargo do descaso com a educação e da precarização do ofício de ensinar.
A pesquisa aprofundada sobre o caso revela que o ato não foi isolado, mas sim o ponto culminante de uma tensão constante.
O professor, que já havia lidado com outros comportamentos agressivos, denuncia o abandono e a falta de apoio institucional.
A agressão, física e moral, é um sintoma alarmante de uma sociedade que perdeu o respeito por seus educadores.
O professor agredido, em seu relato, expõe a dolorosa reflexão que muitos de seus colegas fazem diariamente: "Será que vale a pena continuar fazendo o que faço?".
A pergunta ecoa por salas de aula em todo o país, onde a violência se normalizou, seja ela manifestada em insultos, agressões físicas ou, como neste caso, em atos de pura desmoralização.
A escola, que deveria ser um porto seguro para o aprendizado e o desenvolvimento, se transformou em um campo de batalha.
Enquanto as agressões contra professores crescem, a resposta das autoridades muitas vezes se limita a medidas paliativas.
No caso em questão, o professor foi "acolhido" pela secretaria, e o aluno terá "acompanhamento psicopedagógico".
Embora necessárias, essas medidas parecem insuficientes diante de um problema sistêmico.
Elas não abordam a raiz da questão: a desvalorização do professor e a falência de um sistema educacional que falha em proteger aqueles que dedicam suas vidas a formar as novas gerações.
A verdade é que a violência nas escolas não é apenas uma questão de indisciplina, é um reflexo do colapso de valores em nossa sociedade, onde o professor, o pilar da educação, se torna o alvo mais fácil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário