SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Pag 1- Uma viagem a origem de sua infância e de nossa sociedade.




Vivemos na era do vazio segundo o Sociólogo Francês Lipovetsky, porém me pergunto aonde foram parar nossos heróis, sonhos, brincadeiras, amigos? O eu da criança que carregamos dentro de nós e tudo aquilo que deu forma a nossa infância; que é o alicerce de nossa consciência e inconsciência.
Alicerce profundamente marcado pela Sociedade em que nascemos e vivemos , seus poderes econômicos e políticos , pelos modelos educacionais , espirituais e culturais , pela mídia e pelas gerações que nos antecederam.

Será que se fizemos uma viagem a estas origens “ao invés da Disney” poderíamos encontrar o nosso elo perdido nesta Sociedade? Conseguiremos enxergar a pulsão, a imaginação, às alegrias antes que fossemos acorrentados, antes que aprisionassem o eu, e o tornassem refém do vazio e dos “espetáculos” de nosso mundo. Será que como Neo desvendaríamos a MATRIX e construiremos nossa liberdade? e como Frodo destruiremos o Anel do Poder que nos prende ?

E se você fosse personagem do filme mais importante de sua vida, a sua própria vida, estaria pronto para escrever o roteiro? Ao se tornar personagem de sua própria história, assumindo a direção do filme da vida, conseguiria criar cenários, filmar cenas com os atores que imaginou em sua infância e juventude? Nas utopias e lugares imaginários que sonhamos e vivemos indo além da pobreza/riqueza de nossas realidades, mentes e de nossas almas.

A idéia de um filme como metáfora para modelos de educação baseados no resgate e construção de histórias de vida nos desafia a compreender o eu , o mundo em que vivemos e o “destino” que nos ofertam

Porque se realmente soubéssemos educar nossas crianças e jovens elas não estariam perdidas, entregues as drogas ou como adultas imersas em suas tristezas e sofrimentos.

Porque se conseguíssemos ter as ferramentas necessárias para escrever e interpretar nossas histórias, não seriamos reféns de nós mesmos e de nossa sociedade. Construídos em grande parte, de fora para dentro ou de cima para baixo e muito pouco de dentro para fora ou de baixo para cima. Teríamos o poder de nos libertar. Conhecendo a si mesmo e o mundo que vive nos permite desafiar nossos limites e de nossa sociedade para construir outras histórias reais, mas parecidas com os sonhos de nossa infância e juventude.

Elas serão mais emocionantes e alegres para preencher nossa alma e encher nosso coração de entusiasmo e vida tornando nossa mente mais livre e humana capaz de se libertar desta sociedade que funciona em grande parte para bloquear ou destruir a vida da maioria das pessoas.

Esta mesma sociedade que pratica prostituição infantil, pedofilia, drogas, violência, que incentiva o consumo das crianças ou mesmo as deixa sem casa, escola e cada vez mais sem pais e sem amor.

Se nos tornássemos nossos próprios heróis com a missão de proteger esta infância perdida, a nossa e de outras pessoas, seriamos mais corajosos?
Se tivéssemos formas de lutar e construir caminhos que nos realizem ousaríamos empreender nossos sonhos?
Poderíamos construir uma Sociedade diferente a partir de nossas atitudes?

Se tivéssemos um roteiro com perguntas, reflexões, teorias, a cada passo que damos em nossa vida poderíamos construí-lo de outras formas? Poderíamos encontrar pistas deste labirinto da vida ou mesmo desafios que nos recompensassem com dias melhores.

É verdade que o jogo da vida não pode e nem deve ser enquadrado num manual, mas o roteiro de nossas vidas é personalizado e não devemos prescindir de escrevê-lo como forma lúdica e responsável de viver.
Em busca de caminhos, porque não dizer, mais autênticos e mágicos como a vida deve ser vivida em toda sua intensidade com alma e paixão.

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