SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Pag 21- O CIRCO








No circo da vida num encontro entre um espetáculo e outro as gerações conversam rapidamente, as minhas brincadeiras com as de meu filho se misturam em nossas infâncias. É como se ao ser pai Deus nos dá a oportunidade de voltar a ser crianças e as mães de reencontrarem aquela boneca que tanto amavam e cuidavam, com a magia e o brilho do sorriso de uma criança.


O esconde –esconde e sua busca por perfeição ao descobrir alguns sentidos da vida reverbera em meu futuro presente como pai e no presente futuro de meu filho em sua jornada aqui nesta Terra.

Uma música sempre me marcou profundamente o refrão diz” há o mundo sempre foi , um circo sem igual, aonde todos representam bem ou mal, aonde a farsa de um palhaço é natural . Há no mundo da ilusão entreguei meu coração” Era um retrato da geração de meus pais e da minha , não gostaria que continuasse sendo a de meu filho. Um novo significado para o circo deve brilhar em sua memória.

Lembro-me que a noite, quando o João Victor ia dormir , quando tinha cinco anos, sonhava com palhaços, mágicos, acrobatas, bailarinos... certas noites acordava e continuava sonhando, acordado...

Ele Levantava bem para me contar , o quanto eu tinha colorido seus sonhos com minhas histórias , brincadeiras e ideias. Falava dos palhaços e da alegria que proporcionavam ao seu coração! Imitava os acrobatas em suas estripulias, fingia ser mágico escondendo as roupas de sua mãe...

O sonho era tão intenso e real, que naquele dia, antes de ele dormir, fui até a sua cama e pedi que ele fosse de carro comigo bem ali, logo estariamos de volta.
- Mais pai estou morrendo de sono, respondeu
- Não tem problema, você dorme lá...

Entrou no banco de trás do carro e lá se pôs a dormir. Eu continuei a percorrer meu caminho. Por algum motivo sentia que aquele momento merecia uma história , um livro , era a autobiografia de diálogos entre gerações.

Meu avô e pai também não conseguiriam encontrar algum pintor famoso que o já tivesse pintado, o que logo iria acontecer. Desta vez, não se tratava de nenhum momento histórico ou bíblico, mas, sobretudo, dos objetivos eternos pelos quais estes momentos significam a vida.

Tratava da busca da felicidade, da vida, da perfeição e se nós não poderíamos mudar o mundo, como tantas vezes idealizamos enquanto jovens, poderíamos mudar o mundo de meu filho, construindo um momento repleto de felicidade. Em cada passo que dava até o circo, sentia que também estava conquistando a felicidade de meus pais, ao construir a felicidade de meu filho. Colocava neste mundo alguém que veria a vida com outros olhos. Se meu filho se acostumasse a viver seus sonhos, tornando-os realidade, amanhã teria forças para construir sonhos maiores.
- Acorde filho chegamos!

Ele só conseguia ver os palhaços, os mágicos, os trapezistas todos estavam lá. Era fantástica, a luz, a gargalhada da criançada, seu coração batendo, até hoje ele não sabe ao certo se foi sonho ou realidade. Pois quando acabou o espetáculo, dormiu! Mas isso não importa, é até bom confundirmos sonhos com realidade. Porque só assim, quando quisermos, saberemos transformar sonhos em realidade. E nunca deixaremos de acreditar neles, o mundo será o palco da vida espetáculo que construiremos. Graças a este dialogo entre gerações pela arte aprendemos estas lições!

Nenhum comentário:

Postar um comentário