SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Pag 23- O Baú da infância.


A infância é como um Baú guarda várias coisas e lembranças dentro dele ; para de vez em quando abrir.

Eu nasci em 23 de março, o meu filho no dia 15 de janeiro de 1997. Eu ele as 7horas, 7 minutos e 7 segundos.

Quase não saia da barriga de minha mãe , era muito confortável. Não sei se Freud explica, mas não lembro muito quando era pequeno, até os seis anos. Porque o que vem na memória é o Jardim de infância e a tia Vera. Recordo-me chegando na sala, o lugar de guardar a lancheira e os brinquedos. Recordo-me de ter que tomar vacina na farmácia perto de casa e sair correndo driblando a todos e um extremo pavor pela dor que sempre tive mesmo minha mãe sendo enfermeira.

Neste baú tem muitas roupas que vesti e achava bonito por mais simples que fossem é que nunca me importei com a moda, a roupa para mim sempre foi uma mensagem. E as minhas era o que hoje chamam cool , adequadas a ocasião. Lembro-me que tinha umas camisas que queria vestir todos os dias porque as meninas ficavam olhando para ela principalmente quando tinha uma mensagem do tipo me arrumei para você.

Muitas vezes tinha que me arrumar porque eu lia a primeira e a segunda leitura na missa de domingo na capela de minha vô. Até hoje não sei de quem foi à idéia ou se me ofereci, mas foi muito importante para mim. Tinha momentos únicos de conversa com meu pai do céu (Deus ) , desde criança repito sempre a mesma oração “renovo contigo o pai, a aliança de construir a tua terra, à Terra da Sabedoria” a maior parte ajoelhado seguido de pais-nossos, ave-marias, credos e uma conversa diária com ele.

O nome Terra da Sabedoria me veio num sonho, não consegui acordar dele, era como se fosse o final do mundo, ficava angustiado, pois o que via não era apenas destruição, mas o fim da vida da forma como conhecemos e nos habituamos.Porém no final tive uma paz absoluta como se dissesse tem que atravessar esta ponte mesmo não sabendo o que está do lado de lá, caminhe, e foi o que fiz. Quanto mais caminhava mais a felicidade e a paz preenchiam minha alma, meu coração quando acordei palpitava. Sabia que tinha sonhado, mas tinha sido real compartilhar aquele momento. Estes são os primeiros dias da Terra da Sabedoria. Quanto conheci minha primeira namorada de fato aos 16, já havia alguns anos que planejava minha vida e a Terra da Sabedoria. Ninguém acreditava, ninguém ouvia, mas muitas oportunidades foram acontecendo e eu nunca tive dúvidas que esta era minha missão de vida.

Uma das minhas principais orações se realizou também; pedia a meu pai que me desse um boa namorada, bonita, uma grande mãe, inteligente, feminina e amiga. Foi minha primeira namorada Virginia , que namoramos 7 anos e ficamos cassados 7 . A mãe de João Victor. Porém isso vem bem depois...

Antes dela me apaixonei perdidamente por uma paranaense Samantha Senter, seu pai era do exercito e tinha mudado para Fortaleza. Ele, o pai dela, era o terror do bairro, tinha fama de valente. Criei coragem para me aproximar dele e da Tia Rachel, para assim ter á permissão de brincar com ela na sua casa e na rua. Samantha era mais corajosa que todos os homens da rua, brigava, mandava em todo mundo, mas como seu pai tinha um coração mágico de bondade. Ficamos tão próximos que nos chamavam de irmãos , viajamos juntos, fazíamos as refeições juntos, e brincávamos de tudo até amanhecer . Eu a protegia, sua irmã Cíntia, e tia Rachel dos ladrões e cururus quando Lineu não estava em casa. Inclusive tinha que criar coragem par imitar os Menudos numa festa que fizeram para ela, para poder cantar “ Quero Ser “ Esta foi uma das primeiras festas que organizamos com direito a boate e tive que apreender a ser DJ, mas adorei. Aquelas luzes, fumaças misturadas com batidas de dance, muito rock e música lenta são inesquecíveis. É tanto que quando jovens eu e meu primo Emilio montamos uma empresa de som . A WAR SOM e fizemos muitos bailes e festas em colégios da cidade.

Sempre estava e encontrava os amigos do bairro na rua , entre nossas brincadeiras, nas festas e depois na missa. Imaginamos que poderíamos criar uma Associação de Jovens do Bairro Aeroporto ( AJA ) . Nasceu assim nossa primeira ONG , a AJA com projetos e estatutos discutidos depois da missa em reunião na Igreja. Durante a missa convidávamos os jovens a participar do grupo que além de organizar a missa, fazer as leituras, coletas era a juventude católica.Participávamos de eventos maiores dos casais com nossas Barracas e doações.
Depôs começamos organizar um conjunto de festas nas casas de nossos pais em rodízio, campeonatos esportivos e um campeonato de Surf na Lagoinha.Fizemos a viagem de ônibus até a casa de praia dos pais de Fauber, quando chegamos lá um dos garotos , o Lulinha , que hoje mora em Miami queria comer a comida sozinho. O Edmar Junior, outro amigo, que há 20 anos lutamos juntos na área social, fez questão que ele comesse tudo para nunca mais ser fominha.
Um dos mais valentes e agitados da nossa turma era o Marco Aurélio que depois de anos ganhou o campeonato mundial de vale-tudo. Só tinha estrela e artista. Com esta turma éramos muito convidados para festa de 15 anos mesmo que a aniversariante não soubesse, inclusive na festa de 15 anos da Virginia, minha primeira namorada. Um dia quando voltávamos da primeira comunhão andando na rua, uma senhora que dirigia um buffet disse que estávamos atrasados, e nós os garçons pela roupa que usávamos já eram para estar servindo a bastante tempo. Não tem problema uma bandeja para lá, outra para cá, levamos o bolo para casa.

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